O Banco do Pastor
Numa época de novas tecnologias onde tudo se faz à distância de um clique e onde as redes sociais tomaram em parte conta das nossas vidas, ainda existem homens que levam uma vida simples em contacto com a natureza.
Os pastores serão, porventura, os últimos redutos da ligação que une o homem à terra.
Homens de uma força física e espiritual invejável que lutam pela sobrevivência do gado que está a seu cargo. Uma luta desigual contra as intempéries da montanha, contra a falta de pastos, contra as vicissitudes e os chamamentos de uma vida moderna.
O silêncio é o seu conselheiro e o cão que guarda o rebanho, a sua companhia. É nas estrelas que ele confia os seus anseios e frustrações. No horizonte raiado de vermelho pelos últimos raios de sol deposita as suas esperanças. Pede que o mundo moderno não lhe roube o espaço…não lhe roube o tempo que ainda é dele e não precisa partilhar com ninguém.
Em tempos de renovação e com novos desafios que nos vão a todos pôr à prova, talvez valha a pena seguir o exemplo destes homens que contra tudo e contra todos ainda sobem à montanha e guiam o seu rebanho.