Diabásio (do grego diábasis, 'travessia', e diabaínein, 'cruzar')
Estas rochas são conhecidas popularmente por “pedra-ferro”, por serem muito duras e escuras.
Em Curitiba, nas décadas de 50 a 80, algumas pedreiras de pequeno e médio portes de diabásio, serviram para fornecimento deste material rochoso para usos diversos, principalmente calçamento.
De cor negra, melanocrática, textura granular fina, mas possui muitas vezes textura granular mais grosseira.
Se forma quando um magma de composição basáltica é injetado em fraturas e diáclases nas rochas encaixantes. Estas diáclases podem ser originadas pelo fraturamento hidráulico causado pelas intensas pressões do magma de uma câmara magmática. A rocha assim constituída forma diques e outras formas concordantes e discordantes. Os diques podem variar de alguns centímetros até vários metros de espessura.
É uma rocha ígnea hipoabissal (intrusiva em outras rochas preexistentes), relativamente pobre em sílica e rica em plagioclásio cálcico.
Os cristais são equigranulares (tamanhos semelhantes), com dimensões submilimétricas a milimétricas, intermediárias entre os cristais maiores do gabro e os menores do basalto, respectivamente rochas plutônicas (profundas) e vulcânicas (extrusivas) geradas pelo mesmo magma que origina o diabásio.
Estas rochas testemunham intensa atividade ígnea vulcânica, durante a fragmentação do antigo continente Gondwana, no Mesozóico.
Diques de diabásio
Há cerca de 130 milhões de anos, quando a América do Sul e a África estavam se separando e os dinossauros dominavam a Terra, grandes fraturas atravessavam a crosta e chegavam até o manto
terrestre, permitindo a ascensão do magma líquido.
O resfriamento desse magma deu origem ao diabásio, uma rocha ígnea de coloração escura, constituída principalmente por feldspato e piroxênios.
Estas fraturas nas rochas encaixantes ficaram preenchidas e seladas pelo diabásio, em forma de grandes paredes ou diques verticais, com espessuras de até algumas centenas de metros por vários quilômetros de comprimento.
Os diques são encontrados em todo o Paraná, com uma disposição característica de alinhamento no sentido noroeste-sudeste. São facilmente visíveis no mapa geológico do planalto curitibano, incrustados nos gnaisses e migmatitos como “finas faixas verdes”, mais ou menos paralelas nesta direção predominante.
Decomposição
As rochas que afloram à superfície da Terra estão sujeitas a várias que levam à sua alteração, à sua fraturação, ao seu transporte e à sua deposição. É a partir da decomposição e do transporte destes materiais, que se formam à superfície, os solos.
Os fenômenos de alteração superficial das rochas são muito importantes, porque é a partir da erosão, transporte e sedimentação que a superfície da Terra sofre modificações relevantes, que nunca são estáveis, sempre em evolução.
Na desagregação das rochas há dois tipos de ações:
- Ações físicas e mecânicas, do que resulta a desagregação ou alteração física (Ações térmicas - Ação da água por gelivação - Intumescência - Ação física da água como simples dissolvente)
- Ações químicas que conduzem à decomposição ou alteração química (Ação química da água como simples dissolvente - Fenômenos de hidratação - Fenômenos de Oxidação - Hidrólise de silicatos - Caulinização de Feldspatos)
Fontes: Geoturismo em Curitiba (Mineropar) - Wikipedia - UEP