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forno de cal de cabeço de montachique [loures] Multi-cache

Hidden : 12/20/2017
Difficulty:
1.5 out of 5
Terrain:
2 out of 5

Size: Size:   regular (regular)

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Geocache Description:


(english description at the end of the page)
História e importância da cal

Sendo desconhecidas as primeiras utilizações da cal, pensa-se que poderá ter surgido com a descoberta do fogo pela calcinação da pedra em redor das primeiras fogueiras, havendo conhecimento de revestimentos com cal desde a época neolítica. Foi empregue pela civilização na construção de muralhas, pirâmides, pontes e monumentos milenares, sendo ainda hoje utilizada para as mais diversas funções, pela sua evolução e dinâmica de aplicação. Foi durante séculos o principal ligante das argamassas nas suas mais variadas vertentes (calcítica ou magnesiana), utilizado simples ou composto, como material estruturante das edificações ou como material nobre de acabamento e pintura.

Em Portugal, os fornos de cal estavam presentes por todo o país, sempre que existisse uma bolsa de pedra calcária, calcário margoso ou dolomítico à superfície e a lenha e o mato necessários para o fogo da cozedura. A cal era produzida localmente para a construção, diferenciando a cal de obra da cal para acabamentos. Os meios de transporte eram escassos e os processos de produção rudimentares. Os fornos eram poços de área reduzida com formato cilíndrico e paredes construídas pela própria pedra a calcinar, erguendo-se numa abóboda, onde, no seu interior, se introduzia a lenha e o mato para a cozedura, que se prolongava durante semanas consecutivas até à desidratação da pedra estar concluída. O mestre forneiro nunca abandonava a boca do forno, garantindo, assim, que o fogo não amainava para não haver variação no processo de cozedura. A alimentação do fogo era contínua, sendo para isso necessário que o núcleo familiar de produção se mantivesse semanas a fio junto ao forno.

Já nos finais dos anos 70 apareceram os primeiros fornos edificados em tijolo refratário, denominado na altura “tijolo de burro”, sendo notória uma evolução significativa na produção. Foi possível produzir várias fornadas sem haver necessidade de reconstruir as paredes. Isto permitiu fixar o forno a um local, dando início a uma mecanização do processo com a introdução de tratores e pequenos camiões para o transporte de pedra e madeira deixando a produção de ser feita junta à matéria-prima. Durante anos, a produção de cal foi uma atividade de elevada importância local devido à quantidade de mão-de-obra necessária para todo o processo, chegando o produto a grandes obras como o Santuário Nossa Senhora de Fátima, o Palácio da Justiça e Comércio de Lisboa e o Casino Figueira da Foz, entre outras.
 
calobidos calcapelaalcacovas calaldeiamatapequena

A imagem poética de muitas cidades portuguesas está associada à cal: uma tradição que marca a arquitetura de forma singular e caracteriza a identidade e a paisagem locais; simples texturas conferidas pela aplicação de sucessivas camadas de cal transmitem ao edifício mais singelo uma riqueza impossível de obter com outros materiais. A cal faz parte do nosso património material e imaterial. Para preservar essa arte milenar teremos de continuar focados na valorização e reconhecimento dos produtos da cal produzidos artesanalmente pois, para além de serem parte integrante da nossa cultura, são elementos diferenciadores, ecológicos e únicos que tornam a cal polivalente e dificilmente igualável.


Forno e técnica

A cal era obtida cozendo o calcário a uma temperatura de cerca de 700ºC. A rocha calcária, submetida a tal aquecimento no forno de cal, transformava-se assim em cal viva. Este produto final era misturado com água tornando-se em cal apagada, que era usada para caiação e tratamento fito-sanitário na agricultura. Ou misturado a cal com terra preta – uma qualidade que possui muita goma – era utilizada para fazer a célebre «cal de andorinha», espécie de argamassa bastante consistente que fazia o lugar do actual cimento.
 
calforno calretirar

A pedra proveniente das pedreiras era descarregada no exterior do forno e depois de selecionada de acordo com o seu tamanho, era atirada para o interior pela abertura superior. Primeiro colocavam-se as pedras de maior dimensão, para fazer a “enforma”, que é a construção de uma abóbada de modo a permitir manter a fogueira no seu interior. Depois desta abóbada feita com as pedras maiores, acabava-se de encher o forno com as restantes pedras até à abertura superior. Para o forno ficar mais estável, a pedra mais pequena era depositada junto às paredes do forno.
calesquemafornoDe modo a permitir alimentar o fogo, mantinha-se uma passagem na “enforma” para a abertura inferior. A abertura superior era tapada com barro amassado para conservar o calor no interior do forno. O forno precisava de ser aquecido muito lentamente para as pedras calcárias não rebentarem, ficando estas inicialmente com uma cor negra (operação de “defumação da pedra”). Com o aumento gradual da temperatura, as pedras calcárias passam a apresentar um tom vermelho vivo (a pedra está em “calda”). Quando a pedra passa a ficar com um aspeto mais amarelado, o fogo já pode ser aumentado porque a amálgama de pedra recém-caldeada, já suporta temperaturas superiores. Quando o fumo que saía pelos orifícios superiores passava da cor negra para o branco, significava que a pedra estava cozida e o fogo não precisava mais de ser alimentado. Normalmente a “fornada” demorava três dias e três noites em que era necessária uma constante manutenção do fogo. O arrefecimento do forno demorava cerca de um dia. Normalmente, a cal resultante da cozedura do calcário era peneirada para remover impurezas antes de ser vendida.
Texto adaptado de um atrigo em http://www.gecorpa.pt

Forno de Cal de Cabeço de Montachique

FornoA comunidade local de Cabeço de Montachique viveu também da produção de cal, dadas as condições geológicas e florestais desta zona saloia. Este é um dos fornos de cal da região, e talvez um dos mais conhecidos pela sua localização e por estar integrado no parque municipal, onde tem estado protegido, apesar de atualmente o seu acesso não estar divulgado.

Um passeio pelo parque vai-te levar até às portas do forno, onde será recolhida a seguinte informação:
A=Numero da placa pendurada na árvore
B=Qt de espaços da grade que proteje a entrada do forno

Com o que calculas as coordenadas da cache final:
N38 54.[Ax10-B-B/2]
W009 11.[Ax8-B-1]


Lime kiln at Cabeço de Montachique

The local community of Cabeço de Montachique once lived from the production of lime, given the geological and forest conditions of this area. This is one of the region's lime kilns, and perhaps one of the best known for its location and for being integrated into the municipal park, where it has been protected, although currently its access is not disclosed.

A walk through the park will take you to the kiln doors, where the following information should be collected:
A = Number of the plate hanging on the tree
B = Qty of spaces from the iron grid that protects the oven inlet

With what you'll calculate the final cache coordinates:
N38 54.[Ax10-B-B/2]
W009 11.[Ax8-B-1]
Horário | Timetable:
Verão | Summer: 08h30 › 20h00
Horário em contexto COVID-19
10h00 > 12h30 | 14h30 > 19h00

Inverno | Winter: 08h30 › 17h00

Additional Hints (No hints available.)