Fatias de Tomar (Ribatejo)
Existem relatos de que a doçaria tradicional portuguesa tem grande parte da sua origem nos conventos e mosteiros portugueses no século XVI.
Com as enormes quantidades de açúcar que invadiu Portugal quando começou a exploração de cana de açúcar na Ilha da Madeira, os frades e as freiras criavam verdadeiras iguarias juntando-lhes amêndoa ou outros frutos secos. A base de quase todos os doces é açúcar e ovo, ou melhor, a gema do ovo. Dizem que essa história começou porque as claras dos ovos eram usadas para engomar os hábitos dos padres e freiras.
Existem também receitas com origem nas famílias aristocráticas de onde provinham os segundos filhos sem herança, quase todos destinados a uma vida de clausura e outras foram reproduzidas e adaptadas do lado de fora da clausura, por antigos trabalhadores dos conventos, tornando-se típicas de determinada região.
Ingredientes:
24 gemas de ovo
1Kg de aúcar
Preparação:
Separam-se as gemas das claras só na altura em que se vão bater.
Batem-se as gemas durante 1 hora à mão ou 20 minutos na máquina batedeira.
Deita-se a massa numa forma oval com tampo, muito bem untada. Introduz-se a forma em banho-maria, já a ferver, e deixa-se cozer durante 1 hora sem nunca parar a fervura da água. Desenforma-se o bolo e corta-se às fatias (ao alto, nunca horizontalmente) com a espessura de um dedo.
Tem-se já o açúcar ao lume a ferver com 1 litro de água e com um ponto muito baixo (basta 102ºC).
Introduzem-se as fatias nesta calda, deixando-se ferver e virando-as.
Colocam-se as fatias numa travessa e regam-se com a calda.
Fonte: livro “Cozinha Tradicional Portuguesa” Maria Lourdes de Modesto
Nota:
Vem fazer um pequeno passeio pela doçaria tradicional portuguesa a pé ou de bicicleta.