Há muito tempo atrás...muito antes de eu e você, antes mesmo de nossos avós... A pirata mais famosa do Atlântico reinava. Não havia barco, rei ou almirante que ela não houvesse saqueado, mas como tudo tem um fim, os dias de pirataria também tiveram.
O nome dela era Mary Read.
Não vamos nos prolongar aqui em sua história de terror dos mares e sim de como ela veio parar nestes cantos do Brasil.
Mary Read era uma feminista antes de seu tempo, uma mulher que lutou e provou seu lugar ao lado dos homens e que com sua força influenciava jovens a se libertarem da opressão de suas famílias e buscarem ser independentes. E foi uma dessas jovens que foi a chave da nossa história.
A jovem Maria Josefa, que muitos dizem era da nobreza portuguesa, conheceu a pirata em uma festa em Versalhes e o amor foi à primeira vista. As duas passaram a se encontrar e manter este amor secreto, pois além dos prêmios pela cabeça da pirata, seria inconcebível esta relação no século XVIII.
Mas não seria sociedade que impediria estas duas jovens de viverem seu amor.
Então Mary Read reuniu seus comandados e contou o plano. Maria Josefa iria viajar ao Brasil, e quando este navio estivesse perto da costa brasileira, os piratas iriam atacar e afundar o navio, sequestrando Maria Josefa no processo, mas deixando a corte certa da morte da mesma.
Como compensação pelo risco que estavam assumindo, Mary lhes prometeu metade do seu tesouro e seu navio, pois ela iria ficar no Brasil e com um barco pequeno iria subir o Itajaí-Açú e viver seu amor no que hoje conhecemos como Santa Catarina.
E assim aconteceu, e para garantir seu futuro e dos seus, Mary e Maria esconderam parte de seus tesouros no que ficou conhecido como Morro do Baú, pois a lenda conta de um enorme baú com joias e ouro ali escondido.
E conto tudo isso pois conseguimos localizar alguns destes tesouros, mas em homenagem a Mary Read e Maria Josefa, deixo um pequeno mistério para vocês resolverem antes de achar o tesouro.
Para desvendar este mistério, basta usar a palavra por qual tudo vale a pena.
Ah...E o que houve com nossas heroínas? Viveram um grande amor, mas a dureza da vida longe dos grandes centros europeus ceifou rapidamente a vida da pobre menina portuguesa, e uma depressão profunda se abateu sobre a pirata que se juntou a ela não muito depois.
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