Eis que chega o Verão,
e a paisagem se prepara para acolher o descanso (...)
A azenha está fechada,
fechada para balanço!
O moleiro já lá não vem,
para elevar aquele ritmo vertical
de levantar a pijadoura ,
e esvaziar a levada...
A freguesia sente falta da fornada,
daquela farinha tão fresca e macia!
São as férias forçadas pelo tempo,
no seu andar veloz e constante!
é o descanso eterno do moleiro,
e da sua vontade de moer!
é o sussurro do momento,
numa pausa de uma vida sempre a correr!
É o rio,
contando histórias a cada instante,
é a pequena pausa
e o descanso,
dos anos e anos de trabalho,
de que são feitas as Azenhas do Minante!
(Poema de Duarte Neiva Ferreira, Antas)
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