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"Ponta Garça" Traditional Geocache

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marcobraga: Obrigado a todos os visitantes.

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Hidden : 4/16/2018
Difficulty:
1.5 out of 5
Terrain:
1.5 out of 5

Size: Size:   other (other)

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Geocache Description:


Geografia

Distando cerca de 8.70 km da sede município, Vila Franca do Campo, a freguesia de Ponta Garça fica situada numa planície junto à costa da ilha de São Miguel, confrontando com o mar e com as freguesias de Ribeira Quente e Furnas (a leste), Lomba da Maia (a nordeste), Maia (a norte) São Brás (a noroeste) e Ribeira das Tainhas (a oeste).

Urbanismo e demografia

A freguesia de Ponta Garça é um povoado essencialmente linear, com as suas habitações dispostas em banda quase contínua em ambos os lados de uma estreita e sinuosa estrada que percorre a freguesia de leste a oeste, sensivelmente paralela à costa, entre o termo da Ribeira das Tainhas e o extremo leste da povoação, no lugar das Grotas Fundas, situado sobre as falésias sobranceiras à fajã que abriga a Ribeira Quente.

Essa configuração do povoamento dá à freguesia uma linearidade apenas interrompida pelas sinuosas curvas impostas pela travessia de ribeiras e grotas e pelo declive localmente mais acentuado do terreno. Excepto nas proximidades da igreja e nos Dois Moios, as poucas canadas e ruas transversais têm pouca expressão populacional, já que vasta maioria das 1 054 moradias recenseadas (2001) se localizam ao longo da estrada longitudinal.

Em 2001, ano da realização do último recenseamento da população, Ponta Garça tinha 3 574 residentes, o que representa um crescimento de 1,3% em relação a 1991, sendo uma das poucas freguesias dos Açores onde a população residente cresceu. Naquele ano, a população com idade igual ou inferior a quinze anos era 28% do total, os adultos em idade activa (16 a 65 anos) correspondiam a 56% e o número de idosos (> 65 anos) a 16%.

Em 2001, estavam inscritos em Ponta Garça 2 797 eleitores.

Economia

A agro-pecuária, com destaque para a bovinicultura de leite, é a actividade económica dominante em Ponta Garça. Na ilha de São Miguel, a freguesia é apenas suplantada pelos Arrifes na quantidade de leite produzido e no número de bovinos vendidos.

A construção civil e as actividades a ela ligadas, incluindo o fabrico e a comercialização de materiais de construção, tem vindo a ganhar expressão em Ponta Garça, empregando quase o mesmo número de trabalhadores que a agro-pecuária. O comércio, em especial o retalhista e os bares e cafés, tem alguma expressão na freguesia.

Está em construção uma nova escola. A Escola Básica Integrada de Ponta Garça. O edifício estrutura-se ao longo de um eixo que acompanha o declive natural do terreno na sua maior dimensão unindo as entradas norte e sul ( Norte - Rua Professor Eduíno Vargas e a Sul - Rua da Igreja).

Ao longo desse eixo existem um conjunto de unidades onde se estrutura o programa da escola.

Ao longo destas unidades desenvolve-se um percurso mais longo, serpenteante, com rampas de declive suave, que permite o acesso a pessoas com deficiencia a todos os níveis do edificio.


História

O povoamento das terras vizinhas ao pequeno promontório da Ponta Garça, naquele que é hoje o território da freguesia de Ponta Garça, iniciou-se durante a década de 1470, de oeste para leste, a partir do núcleo de povoamento sito na actual Vila Franca do Campo. Seriam casas esparsas, localizadas na zona mais baixa das dadas, os blocos de terra entregues em regime de sesmaria aos colonos que se iam fixando naquela região do sul de São Miguel. Essas casas foram-se alinhando ao longo do carreiro que paralelamente à costa se dirigia de Vila Franca do Campo para leste, num processo de lenta densificação que levou à formação do actual povoado.

Embora se desconheça a data de constituição formal da freguesia, se é que esse momento existiu, é certo que na década de 1480 já existia pároco nomeado, o que faz a criação da paróquia, hoje freguesia, remontar ao último quartel do século XV.

Formada a partir de Vila Franca do Campo, com cuja paróquia de São Miguel confinava, Ponta Garça esteve desde o início do seu povoamento ligada a Vila Franca do Campo, constituindo o seu natural prolongamento para leste. O limite oriental da freguesia, coincidente ainda hoje com o termo do concelho, corresponde à fronteira natural imposta pelas altas falésias resultantes do interceptar da linha de costa com o bordo do vulcão das Furnas. A resultante zona inóspita e desabitada, apenas interrompida pela fajã da Ribeira Quente, separa a freguesia do concelho da Povoação.

O nome da freguesia parece resultar da pequena ponta que penetra mar adentro na zona nas imediações do Cinzeiro ter lembrado aos povoadores da ilha o vulto de uma garça. É essa a explicação aceite por Gaspar Frutuoso, nas Saudades da Terra, dizendo: [...] A que chamaram os antigos Ponta Garça por lhe parecer de longe Garça ou vulto o de lhe aparecia, de outra parte, branco com ela, por um buraco de vão que a mesma ponta tem na rocha [...].

Outra explicação, menos fantasiosa e por isso com maior verosimilhança, assenta no significado, hoje quase perdido, da palavra garça, ao tempo utilizada como sinónimo de esbelta: a estreita ponta, na realidade um dique basáltico, que forma o pequeno promontório teria sido baptizada simplesmente Ponta Garça, por ser alta e estreita, num processo semelhante ao que levou o também delgado promontório da Ponta Delgada a dar o nome à cidade homónima.

Associado à fundação da paróquia aparece o escudeiro Rui Vaz de Medeiros, mais conhecido simplesmente por Rui Vaz, um dos povoadores da ilha de São Miguel, onde chegou acompanhado pela família, criados e escravos no ano de 1474. Amigo de Rui Gonçalves da Câmara, então o capitão-do-donatário, recebeu boas terras de sesmaria na zona que corresponde à actual vila da Lagoa, onde se estabeleceu.Tendo enriquecido, adquiriu mais terras, incluindo uma vasta parcela no território da actual freguesia de Ponta Garça. Tendo enviuvado e tendo os filhos todos casados, decidiu fazer-se romeiro na Terra Santa, razão pela qual se desfez dos seus bens e partiu par o Mediterrâneo Oriental. Contudo, ao chegar a Veneza, foi obrigado a retroceder por terem os turcos cortado o acesso dos cristãos a Jerusalém.

De volta a São Miguel foi-se fixar nas suas terras da Ponta Garça, as terras de Reivás (corruptela de Rui Vaz), onde construiu uma ermida votada a Nossa Senhora da Esperança, perto da ponta do mesmo nome. Por seu falecimento, a ermida foi legada ao povo da zona, constituindo o primeiro centro de culto e o núcleo agregador em torno do qual se estruturou a paróquia.

Ponta Garça foi uma das localidades duramente atingidas pelo grande sismo que na noite de 21 para 22 de Outubro de 1522 provocou grandes movimentos de terra e destruição generalizadas das habitações na ilha de São Miguel, em especial na vizinha Vila Franca do Campo, então a capital da ilha. Com a subversão de Vila Franca, a Ermida de Nossa Senhora da Esperança ficou arruinada, o que associado ao crescimento da população tornou necessária a construção de novo templo, desta feita melhor centrado em relação ao povoado. Foi assim que em 1530 se construiu, por iniciativa de Lopo Anes de Araújo, genro de Rui Vaz, e no local onde hoje se situa a igreja paroquial, a igreja de Nossa Senhora da Piedade, ainda hoje o orago da paróquia católica de Ponta Garça.

Reconstruída várias vezes, aquela igreja deu origem ao actual templo, datado dos anos 1920 e 30 do século XIX. No seu interior merecem nota os retábulos, os vitrais e os altares do Santíssimo Sacramento e de Santo António, que remontam aos séculos XVII e XVIII. A igreja sofreu grandes obras de restauro e beneficiação entre 1924 e 1928, sob a orientação do pároco Francisco de Medeiros Simas. Em 1996 foi concluída nova intervenção, com consolidação da estrutura, sob a orientação do Pároco José Gregório Soares de Amaral.

Gastronomia típica

Lapas molho de afonso, caçoula de porco, molho de feijão com toucinho, cavalas recheadas assadas no forno, sopa de funcho, sopa de hortelã, sopa branca, caldo de couves, debulho, morcela com ovo e ananás, desfeito de carnes com pão, favas guizadas com chouriço, chicharros escalados ao sol fritos com molho de vilão, cozido da cabeça com bolo de "sertã".

A especialidade mais famosa da doçaria da freguesia é a Massa Sovada de Ponta Garça. No entanto, confeccionam-se outros saborosos doces típicos, como as malassadas, arroz doce, tigelada, biscoitos de água-ardente, sopas albardadas ou sopas douradas, bolo racado, pão de ló, suspiros de açúcar, cavacas, queijadas de feijão, tarte de ananás com vinho abafado, queijadas de côco, queijadas de leite e queijadas de natas.

Como doce típico da época do Carnaval, confeccionam-se os afamados coscorões, povilhados de açúcar e canela, e as tradicionais rosas do Egipto.

Heráldica

O brasão de Ponta Garça tem a seguinte constituição: escudo de azul, farol de prata iluminado de ouro, com lanterna de vermelho; em chefe, balança de prata, com os pratos de ouro, tendo sobreposta espada de ouro, com lâmina flamejante de prata e garça de parta bicada e sancada de ouro e animada de vermelho. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com legenda a negro.

A bandeira é de cor amarela, tendo o brasão ao seu centro.

Fonte: Wikipédia

Observação:

Esta cache foi construída no âmbito do Curso para professores "Geocaching - uma farramenta educativa", realizado na Escola Secundária de Lagoa em abril/maio de 2018.

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