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Cascalheira da Arrábida EarthCache

Hidden : 9/5/2017
Difficulty:
1.5 out of 5
Terrain:
3.5 out of 5

Size: Size:   other (other)

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Geocache Description:

Esta Earthcache vai levar-vos a um local de grande beleza. Alguns trilhos obrigam a quem os pisa, a um autêntico exercício de equilibrismo, devido à existencia de um labirinto de pedras calcárias que gastas pela erosão  apresentam-se com as mais diversas formas moldadas pelo tempo.

Espero que se divirtam na conclusão desta Earthcache e desfrutem da paisagem.


A Serra da Arrábida é excecional pela diversidade de processos geológicos que nela se encontram registados.

Temos como alguns exemplos de fenómenos geológicos de extrema relevância do ponto de vista científico e patrimonial, o Portinho da Arrábida como testemunho da primeira fase de inversão tectónica da Margem Ocidental Ibérica, a falha de El Carmen, o afloramento da falha sin-sedimentar da Figueirinha, os Conglomerados do Alto da Califórnia e a Brecha da Arrábida (tipo litológico único no mundo).

Podemos observar nesta magnifica Serra, centenas de cavidades cársicas (cavidades resultantes da infiltração de água através de falhasse consequente ação de meteorização química sobre a rocha calcária), das quais se destaca a Gruta do Frade pela sua raridade, singularidade, diversidade e beleza dos espeleotemas que apresenta.

A Arrábida é igualmente rica do ponto de vista paleontológico, uma vez que existem diversas jazidas fósseis e pistas de dinossáurio (designadamente no que diz respeito à evidenciação do comportamento gregário de saurópedes), com a particularidade única de estarem associadas ao património cultural material e imaterial do cabo Espichel.

Aspectos geomorfológicos

A Serra da Arrábida é constituída por afloramentos calcários da parte meridional da Península de Setúbal, planaltos e colinas  prolongando-se por 35 km de oeste para leste, numa largura média de 6 km. A Norte observa-se vastas planuras de baixa altitude e a Sul arribas alterosas que descem sobre as águas.

A metade ocidental, de estrutura monoclinal simples, com inclinação para Norte, encontra-se completamente arrasada por uma aplanação bastante perfeita, provavelmente por abrasão marinha. Diferenciam-se no resto da cadeia montanhosa formas estruturais bastante variadas. O relevo mais importante de toda a cadeia é um monte anticlinal de estrutura complexa e dissimétrica, apresentando um traçado curvo e atingindo 7 km de comprimento.

A parte ocidental da serra é a mais elevada e atinge 501m no Formosinho. Os Calcários de Pedreiras, que constituem o topo da serra, são densamente carsificados em superfície, formando um lápias inextricável. A vertente a Sul da Serra da Arrrábida, muito abrupta, é constituída pelos Dolomitos do Convento. O seu traçado é determinado pelo grande cavalgamento basal, que afecta, a leste, o Miocénico do Portinho. Na vertente Norte da serra individualiza-se uma série de hog-backs (crista estreita longa ou uma série de colinas com uma crista estreita e encostas íngremes de inclinação quase igual em ambos os flancos, criada pela erosão diferencial de afloramento , tipicamente sedimentares), separados uns dos outros por uma rede apertada de falhas de direcção meridiana, que fragmentam perpendicularmente o anticlinal.

Brechas Sedimentares:

 

As brechas sedimentares são rochas conglomeráticas, com ou sem matriz, menos ou mais consolidadas por um cimento de natureza variável (carbonatado, silicioso, ferruginoso, fosfatado, salino, betuminoso), caracterizadas pelo carácter anguloso dos seus clastos e pela deficiente calibragem.

Para alguns autores, o termo cascalho é reservado à classe dimensional compreendida entre 64 e 8 mm. Para outros, este termo, usado como substantivo colectivo e em sentido lato como sinónimo de cascalheira, refere o conjunto de clastos de diâmetro médio superior a 2 mm, isto é, acima das areias. Areão e gravilha falam-nos de pequenos clastos, de dimensões médias, entre as areias e os seixos. A adopção em português do termo grânulo, como tradução do inglês “granule”, referente ao areão, não é rigorosa, por incongruente, posto que o seu correcto significado é grãozinho (o sufixo –ulo é um diminutivo erudito). Assim, numa disciplina em que o termo grão está normalmente associado às areias, não faz sentido chamar grânulo ao areão.

Em conclusão, certos autores acham preferível o uso do termo erudito  para o conjunto dos elementos clásticos de diâmetro médio superior a 2 mm, em substituição de cascalho ou do anglicismo balastro, adoptando-se o termo clasto ou fenoclasto. Foi nesta procura de termos não populares que surgiu também megaclasto, umas vezes empregue como sinónimo de fenoclasto.

A brecha da Arrábida, datada do início do Oxfordiano (Jurássico superior, com 146 a 154 milhões de anos), explorada e usada como a que está bem visível na Igreja de Jesus, em Setúbal, é um conglomerado brechóide intraformacional, isto é, gerado no seio da própria bacia sedimentar. Com efeito, os intraclastos (nome dado aos clastos vizinhos ou penecontemporâneos do sedimento ou da rocha sedimentar que os integra) de calcário foram envolvidos numa matriz e num cimento de idêntica natureza. Localizada no interior do Parque Natural da Serra da Arrábida, a sua exploração ficou definitivamente interdita a partir de meados do século XX.

 

Entre as brechas sedimentares, independentemente das dimensões dos clastos, destacam-se:


brecha de vertente – por movimentação dos clastos do rególito (capa de alteração meteórica das rochas. o mesmo que saprólito e alterito) ao longo dos declives (encostas);
 

brecha de avalanche – amontoado de pedras, na sequência de grandes desprendimentos de terras;

brecha intraformacional, - constituída por fragmentos da mesma natureza da matriz e do cimento, gerada no interior da bacia de sedimentação, por redeposição de materiais aí em sedimentação, mas ainda não completamente consolidados;

 

brecha das cavernas, de colapso ou espeleolítica – formada em cavernas, no interior dos maciços calcários carsificados (calcários sujeitos a erosão por dissolução do carbonato de cálcio pelas águas pluviais contendo dióxido de carbono em solução (águas gasocarbónicas).
), por colapso de fragmentos desprendidos das paredes e dos tectos, mais ou menos impregnadas de argila de descalcificação (“terra rossa”) e cimentadas por calcite ou aragonite;

brecha conglomerática – com uma percentagem visível de clastos arredondados;

brecha de dessecação – em sedimentos pelíticos, por introdução de matriz e/ou cimento nas fendas de retracção por dessecação;

brecha recifal - construída por fragmentos de exoesqueletos recifais com cimento carbonatado;

 

brecha salífera - fragmentos de rochas evaporíticas (rochas sedimentares resultantes da evaporação de sais, em especial cloretos, carbonatos e sulfatos, dissolvidos nas águas do mar) cimentadas pelos mesmos ou por outros componentes salinos, associados ou não a argilas.


 

Para concluir esta Earthcache, terá que enviar por email as respostas as seguintes perguntas:


1- Em que vertente da Serra se encontra a cascalheira?
2- Explique por palavras suas que tipo de brecha esteve na origem deste fenómeno?
3- Qual a extensão aproximada desta cascalheira?
Tire uma foto no local, sendo esta facultativa.
 

ATENÇÃO

 

Qualquer registo do qual não se tenha recebido as respostas associadas ao mesmo poderá ser apagado sem aviso prévio.

Additional Hints (Decrypt)

Yrine irfgháevb r pnyçnqb ncebcevnqb cnen n pnzvaunqn. Aãb rfdhrpre qr yrine áthn.

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)