Se hoje qualquer um pode circular impunemente sob as árvores da Praça Brigadeiro Sampaio, no fim da Rua dos Andradas, no passado, pisar no local era a certeza do fim para algumas pessoas. Da segunda metade Século XVIII até parte do Século XIX, eram levados para lá os escravos condenados à morte, para serem enforcados.
Devido à prática recorrente no tempo em que existia pena de morte no Brasil ‒ extinta no fim do Império ‒, a praça ficou conhecida como Largo da Forca. Em 1857, ocorreram as últimas execuções na área, que passou a ser conhecida como Praça do Arsenal. Com o fim da Guerra do Paraguai, em 1860, mudou de nome mais uma vez: tornou-se Praça da Harmonia.
A Praça Brigadeiro Sampaio foi rebatizada outras vezes antes de receber o nome definitivo, em 1965. É uma homenagem ao patrono da infantaria brasileira.
Em 2010, o local onde os escravos eram enforcados recebeu o primeiro marco escultural do Museu de Percurso do Negro em Porto Alegre: um tambor gigante, pintado em amarelo e com símbolos da cultura afro.
Fonte: Jornal Zero Hora