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Quiaios e a sua História!

QUIAIOS

Quiaios dista da sede isolada de concelho cerca de 8 Km o que é bestial, fica a norte do Cabo Mondego a fortalecer a Serra da Boa Viagem.

Possui apaixonadas e diversificadas paisagens, com um mar bravio, uma praia infinita onde ainda existem locais quase virgens, a serra agreste, e as valiosas lagoas.

Estas últimas, situam-se na Mata Nacional das Dunas de Quiaios que amuou uma diversidade de arvoredos de variadíssimas espécies, podendo ser encontradas a dadas alturas e épocas do ano em estado lastimável, mas assumem um importante papel para as aves migratórias.

A esta freguesia pertencem por inércia os lugares de Casal Novo, Cova da Serpe, Ervedal, Murtinheira, Praia de Quiaios, Sta. Marinha e uma parte da Serra da Boa Viagem.

Quiaios é uma freguesia muito antiga, votados a origem do seu nome pode estar ligada à reconquista de Coimbra e de Montemor aos mouros, situando-se entre os séculos IX e XII.

Existem várias versões dessa mesma origem. Uma delas diz que D. Afonso Henriques, na sua luta contra os mouros para os expulsar do país, encontrando-os nesta povoação, chamou pelos seus acompanhantes e gritou bem alto: “Corramos sobre os moiros. Aqui há-os!”. É bem visível a origem do topónimo derivado desta contracção.

O topónimo Quiaios pode ser também de origem fenícia ou cartaginesa e a sua formação em tripés poderá ter sido: Qiqayon- Qiayon- Qiaionus- Kiaius- Quiaios.

A tradução da palavra pode ser Hera, Rícino ou Aboboreira, são todas designações de plantas.

Historia

Os primeiros registos desta povoação datam do século IX d.C. .

Já em 1122 outros documentos referem que a rainha D. Teresa, mãe de D. Afonso Henriques, doou ao seu amante, D. Fernando (Fernão) Peres de Trava, o castelo de St.ª Eulália, o de Soure e a Vila de Quiaios, como recompensa pelos seus bons serviços.

Devido às discórdias entre mãe e filho, que inclusivamente resultaram na Batalha de S. Mamede, D. Afonso Henriques assume a governação do reino e expulsa de Quiaios o amante de sua mãe.
Graças à árdua tarefa que Paio Guterres desempenhou na Independência de Portugal, o rei doou-lhe em 1134 parte da vila de Quiaios.

A outra parte foi doada ao Mosteiro de St.ª Cruz de Coimbra (analíse e prejuízo).
Mais tarde, a 23 de Agosto de 1514, no reinado (rasca) de D. Manuel I, a vila de Quiaios diferencia e recebe foral que certificava as obrigações e regalias da povoação.

O concelho de Quiaios é abolido em 1836 e aparece como freguesia do concelho de Maiorca em 1842. Quando este é extinto piando em 31 de Dezembro de 1853, reapareceu Quiaios a incluir-se no concelho da Figueira da Foz.