PAÇOS DO CONCELHO DE SOURE
O início da construção do edifício data de 1902 e teve como grande impulsionador o Conselheiro Dr. José Maria de Moura Mattoso. Na época, era Presidente de Câmara o Senhor Francisco de Azevedo Amado, tendo a obra sido concluída em 1906, na Presidência do Dr. José Francisco Rodrigues.
O edifício fora então projectado pelo arquitecto Augusto de Carvalho da Silva Pinto, tendo o trabalho de cantaria sido realizado por João Augusto Machado, artista coimbrão que havia trabalhado na decoração pétrea do Palace Hotel do Buçaco.
A fachada apresenta três corpos, sendo que o central se desenvolve em dois pisos; a zona nobre deste surge destacada do restante, quer em profundidade quer em vigor decorativo. A porta principal, dupla, surge envolta em arco e por cima do encontro das duas portas, uma esfera armilar. No piso superior, sobre a porta principal, uma janela dupla, com varandim rendilhado, é encimada por um conjunto de símbolos - o brasão da Vila de Soure, ladeado pela Cruz de Cristo e a esfera armilar (nítida referência ao facto de a Vila ter pertencido à Ordem dos Templários); a Coroa Real remata o conjunto. O carácter neo-manuelino do edifício dos Paços do Concelho é conferido pelo trabalho de decoração da pedra, onde predominam os cordeamentos e os motivos vegetais.
VILA DE SOURE
É vila e sede de concelho do distrito e diocese de Coimbra, a confinar com os concelhos de Pombal, Condeixa-a-Nova, Figueira da Foz e Montemor-o-Velho. O Orago é S. Tiago (outrora Nossa Senhora da Finisterrra). Integram o concelho de Soure, numa área aproximada de 261,84 km2, as freguesias de Alfarelos, Brunhós, Degracias, Figueiró do Campo, Gesteira, Granja do Ulmeiro, Pombalinho, Samuel, Soure, Tapeus, Vila Nova de Anços e Vinha da Rainha.
Soure, a Villa de Saurium na língua latina, é das povoações mais ilustres da Antiguidade, de que são sinais mais que evidentes os restos do castelo, uma edificação da responsabilidade de D. Afonso III, rei de Leão, no século IX, muito antes da fundação da nacionalidade.
A par das cidades de Coimbra e dos castelos de Montemor-o-Velho e Santa Olaia, as suas gentes pelejaram na luta entre cristãos e mouros, a ponto de em 1111 o conde D. Henrique (pai de D. Afonso Henriques) a constituir em Município e D. Tereza a 19 de Março de 1128 a doar à Ordem dos Templários para funcionar como pólo dinamizador das vilas da Ega, Redinha e Pombal e cuidar do assalto e tomada das cidades de Santarém e Lisboa.
O rei D. Manuel I concedeu-lhe novo foral a 13 de Fevereiro de 1513 e em 1532 é concedido o título de Conde de Soure na pessoa de D. João da Costa, uma figura notável da Restauração em 1640. No século XVIII, após a criação da Ordem de Cristo, a legítima herdeira dos Templários detinha as comendas e alcaidaria da vila de Soure, S. Tomé de Alencar, S. Pedro das Várzeas, S. Mateus de Soure e moinhos de Paleão.
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