O Aventureiro é uma pesoa simples. Sempre cumpriu os seus deveres, mas sentia que aquela não era a sua vida. Sempre que podia corria para os bosques. Sentia-se livre. Sentava-se no topo de uma árvore e ao longe conseguia avistar coelhos e raposas a levarem a sua vida normal.
"Eu posso ser assim!"
De regresso a casa, o Aventureiro sentou-se numa cadeira e, durante 2 horas, olhou-se no espelho. Nada daquilo fazia sentido.
Juntou as suas poupanças e comprou tudo o que necessitava para mudar a sua vida: uma tenda, um saco-cama, 9 kg de arroz, 5 navalhas, um guião de plantas comestíveis e algumas sementes.
Durante a noite pensou em tudo: nos amigos e família que ficavam para trás mas que, na verdade, sempre o ridicularizaram sempre que falava nas suas aventuras pelas florestas e montanhas.
"Este é o meu destino. Esta é a minha vida. Este é o meu sonho."
O Aventureiro arrumou tudo o que precisava na sua mochila e saiu, sem olhar para trás. Caminhou durante vários dias por estradas desertas, abasteceu-se de água e comida. Adorava a sua nova vida.
Começou a pedir boleias e contava os seus planos a quem lhe oferecia viagem. Era algo que fascinava os automobilistas.
"Vou até ao fim. Você já imaginou? Já parou para pensar sobre a quantidade de coisas boas que a Natureza tem para nos dar?
Os pequenos paraisos escondidos no nosso planeta?
Coisas magníficas mesmo à nossa frente e nem sequer usufruimos dessas pequenas coisas?"
O Aventureiro não imaginava nem de longe o que lhe esperava. A única coisa que sabia é que, acontecesse o que tivesse de acontecer, jamais voltaria para trás. O Aventureiro sentia-se especial, sentia-se feliz, mas também sentia que, apesar de muito sofrimento, seria ainda mais feliz.
NOTA: Esta história foi escrita por mim, para que este PT seja diferente, e desperte o lado aventureiro de cada um de nós.