BARROCA do ZÊZERE
A parte mais antiga da Barroca está implantada ao longo de um pequeno morro, ladeado por duas linhas de água profundamente cavadas, formando um conjunto perpendicular ao curso do Zêzere, com o qual confina.
A Casa Grande, antigo solar do Séc. XVIII onde hoje funciona o Centro Dinamizador das Aldeias do Xisto, acolhe-nos e lança-nos à descoberta. Na Barroca continua a respirar-se um ambiente rural, pautado pelos seus ciclos agrícolas. A paisagem circundante é enquadrada pelo pinhal e pelas pirâmides das escombreiras da Lavaria do Cabeço do Pião, que já pertenceram às Minas da Panasqueira.
No caminho que nos leva à beira do Zêzere descobrem-se antigos moinhos que laboravam com a força do rio. O espelho de água e a paisagem impõem um momento de pausa, antes de se atravessar a ponte pedonal para a outra margem e descobrir as gravuras rupestres que os nossos antepassados ali deixaram gravadas na rocha há milhares de anos. A Casa Grande também alberga um Centro de Interpretação deste património e desafia-nos a percorrer a Rota da Arte Rupestre do Pinhal Interior.
A aldeia possui um conjunto de construções periférico, mais ou menos disperso, edificado nos últimos 30 anos do séc. XX. Na praça central da sua malha urbana, destaque para a parte antiga da aldeia, essencialmente estruturada por três ruas, ligadas por várias ruelas. O material de construção predominante é o xisto, embora uma parte significativa das fachadas dos edifícios esteja rebocada e pintada, predominantemente de branco. Existe um número significativo de construções aristocráticas dos séculos XVIII e XIX, de maiores dimensões, integralmente em xisto, facto pouco comum na rede das Aldeias do Xisto.
Na aldeia pisam-se pavimentos em seixos rolados, mas junto ao rio encontramos as lajes de uma antiga calçada medieval. Nas ruas compactas, as casas possuem por vezes passadiços ao nível do primeiro andar e deixam adivinhar, nos seus pequenos detalhes, a vontade de conferir emoções à construção. Fora do perímetro da aldeia, as construções dedicadas aos trabalhos do campo pontuam caminhos de terra batida, entre as pequenas propriedades disseminadas pelas encostas. Através de passadiços e de belos percursos à beira rios alcançam-se achados arqueológicos que poderão existir há mais de 12 mil e 20 mil anos.
A este património juntam-se belos exemplares religiosos como as capelas de Nossa Senhora da Rocha, São Romão, São Roque e Nossa Senhora da Agonia, salientando-se também a presença da Igreja de São Sebastião. Podem ser também visitadas a Casa Grande (edifício senhorial da família Fabião), um conjunto de casas particulares dos séculos XVIII e XIX, pontes pedonais, lavadouro, açude e moinho, entre outros monumentos.
Capela de Nª Srª da Rocha
Foi instituída pela família Fabião. Está isolada no topo de uma elevação sobranceira à aldeia.
A CACHE
Numa das aventuras pela GRZ resolvemos descobrir este local e colocar este tesouro. Contem logbook, stashnote - levar material de escrita.
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