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#10 PT Cobras e Lagartos Traditional Geocache

Hidden : 1/16/2016
Difficulty:
1.5 out of 5
Terrain:
2.5 out of 5

Size: Size:   other (other)

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Geocache Description:


SARDÃO

Lagarto ocelado, Ocellated Lizard

DISTRIBUIÇÃO GLOBAL
A distribuição da espécie europeia de sardão inclui a maior parte da Península Ibérica (excepto o extremo norte da Cordilheira Cantábrica e os Pirinéus), o Sudeste de França e a Ligúria italiana, assim como algumas áreas isoladas no Sudoeste da costa atlântica francesa. Habita, ainda, algumas ilhas do litoral galego (Sálvora, Ons, San Martín, Monteagudo, Faro, Cortegada, Arosa, Toja Grande, Palomas, Olla) e das Landes francesas (Oléron, Porquerolles).

DISTRIBUIÇÃO NACIONAL
Em Portugal continental o Sardão existe em todo o território, variando a sua abundância e conspicuidade de acordo com o tipo de habitat.Como a maior parte dos répteis, depende da existência de abrigos, que são muito variáveis de habitat para habitat.De uma forma geral, são mais abundantes nas zonas montanhosas e rochosas do Norte do país do que nas planícies do Sul.A norte do rio Douro, pelo menos na região mais atlântica, parece ocorrer a subespécie L. l. iberica, mais pequena e de tons mais escuros, enquanto L. l. lepida se distribui pelo restante território. Na ilha da Berlenga, a espécie terá permanecido isolada desde há cerca de 9.000-10.000, eventualmente adaptando a sua morfologia, estrutura social e comportamento às condições insulares. Na década de 80 do século passado ainda existiam cerca de 200 indivíduos mas o seu declínio era já detectável. Em 2001 deixaram de se fazer censos regulares e a sua observação na ilha é, actualmente, muito esporádica (A.C. Luz e J.P. Amaral, comunicação pessoal).

CONSERVAÇÃO E AMEAÇAS
Sendo um dos maiores lacertídeos europeus, apresenta populações de baixo efectivo e, por isso, de maior vulnerabilidade à perturbação dos habitats.A espécie está em clara regressão por quatro razões principais: i) a destruição do habitat resultante da expansão urbana e da ocupação do solo para múltiplas actividades humanas; ii) a fragmentação dos habitats, que promove a extinção local das populações mesmo quando o habitat ocupado não é destruído; iii) a utilização massiva do território permitida pela expansão da rede viária, pelos veículos de todo o terreno e pelas actividades de lazer; e, finalmente, iv) a actividade agro-florestal industrial intensiva, que leva à redução do habitat e à perda de refúgios e de recursos alimentares. Uma observação comum é a persistência da espécie num determinado habitat acompanhada da clara redução do tamanho dos indivíduos, o que sugere uma crescente mortalidade dos adultos, com incidência nas classes de maior tamanho corporal e, por consequência, de idade. Este facto poderá estar ligado ao aparecimento de um novo factor de mortalidade, inexistente há cerca de 20 ou 30 anos, como a induzida pelas vias rodoviárias. Esta espécie é já rara em muitas zonas do Sul e Centro do país, mas as populações de montanha, sobretudo no Norte, são as menos afectadas.A população da ilha da Berlenga apresentou, desde 1994,um declínio acentuado, tendo por isso sido sujeita a um plano de recuperação que consistiu na criação em cativeiro de ovos e juvenis de fêmeas trazidas da ilha já grávidas, ou cruzadas em cativeiro com machos de origem insular.A criação em cativeiro revelou-se um sucesso, tendo sido libertado na ilha um total de 21 juvenis e subadultos, e mantidos dez outros exemplares em cativeiro.A interrupção do projecto de recuperação e a ausência de medidas de gestão do habitat terão levado a que população da ilha da Berlenga passasse de um total de 10-20 indivíduos, em 2001, para uma situação de extinção eminente, ou mesmo real.

TAXONOMIA E FILOGEOGRAFIA
O sardão é o maior lacertídeo existente em Portugal. Espécies próximas estão descritas para o Norte de Africa, com Lacerta tangitana em Marrocos e Lacerta pater na Tunísia e Argélia (Mateo et al., 1996). Na Europa, são aceites quatro subespécies de Lacerta lepida: L. l. iberica, no Norte de Espanha, L. l. oteroi, na ilha de Sálvora, Norte de Espanha, L. l. nevadensis, nas montanhas Béticas, e L. l. lepida, que ocupa a restante área de distribuição (Mateo & Castroviejo, 1990; Mateo et al., 1996; Castroviejo & Mateo, 1998). Foi sugerido que o nome do género mudasse de Lacerta para Timon, o actual subgénero (Mayer & Bishoff, 1996). Nestas condições, os novos nomes seriam, então, Timon lepidus, Timon tangitana e Timon pater. Contudo, esta sugestão não tem sido adoptada de forma generalizada e a nomenclatura anterior continua a ser aceite. Paulo et al. (2001, 2008) realizaram a análise filogeográfica da espécie europeia baseada em DNA mitocondrial, nomeadamente nos genes citocromo b, 12S e 16S, e em dois genes nucleares, o beta-fibrinogénio e o C-Mos. Os resultados mostram uma diferenciação considerável da subespécie L. l. nevadensis em relação aos restantes grupos ibéricos, a que corresponderá um tempo de divergência de 8 a 10 milhões de anos. Existe, ainda, uma diferenciação acentuada do clado que inclui a subespécie L. l. iberica em relação aos clados correspondentes à subespécie L. l. lepida (cerca de 1 a 2 milhões de anos). Nesta última subespécie detectaram-se vários clados com uma clara associação geográfica e sucessivos níveis de diferenciação.O primeiro ocupa a região do Algarve e o sul do Alentejo, o segundo ocorre na região do Sistema Central Ibérico, o terceiro estende-se por todo o sul da Península até ao Oeste e Sul de França e, provavelmente, o Norte de Itália, e finalmente o quarto terá derivado deste último e ocupa o Oeste de Portugal, entre o rioTejo, a sul, e o rio Douro, a norte. Ficou, também, evidente que não existe uma justaposição geográfica perfeita entre o tipo morfológico que corresponde à subespécie L. l. iberica e a linhagem genética que lhe está associada, sendo esta mais ampla na sua distribuição do que a subespécie referida.

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