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#04 PT Cobras e Lagartos Traditional Geocache

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Hidden : 1/16/2016
Difficulty:
1.5 out of 5
Terrain:
2.5 out of 5

Size: Size:   other (other)

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Geocache Description:


COBRA-RATEIRA

Culebra bastarda, Montpellier Snake

DISTRIBUIÇÃO GLOBAL
Malpolon monspessulanus é o réptil cuja área de distribuição melhor se ajusta ao domínio biogeográfico do Mediterrâneo Ocidental (Carranza et al., 2006b). No Sudoeste da Europa apresenta uma típica distribuição ibero-occitana, pois encontra-se na Ligúria italiana, regiões mediterrânicas francesas, Península Ibérica (excepto na Cordilheira Cantábrica), e no Noroeste de África ocupa quase todo o território de Marrocos e a franja norte, não-Saariana, da Argélia. Os machos destas populações apresentam no seu desenho a “mancha em sela de montar”, e incluem-se na subespécie nominal. O limite norte da sua distribuição está provavelmente marcado pela existência, nos machos, de um ciclo espermatogénico primaveril, que é apenas eficaz nas regiões com primaveras longas e quentes, nas quais a temperatura média do mês de Julho é igual ou superior a 22ºC (Saint Girons, 1982; Feriche et al., 2008). A comparação inter-populacional de sequências de DNA mitocondrial poderá sugerir que as diferenças genéticas são suficientemente importantes para considerar que as formas orientais constituem uma espécie distinta (M. insignitus) da forma ocidental (M. monspessulanus) (Carranza et al., 2006b).

DISTRIBUIÇÃO NACIONAL
Em Portugal distribui-se amplamente em todo o território, sendo apenas escassa ou mesmo ausente nas zonas de menor altitude da faixa costeira de influência atlântica entre Leiria e o Porto. A elevada precipitação e os frequentes nevoeiros que caracterizam esta região, poderão provavelmente, limitar a capacidade de termoregulação desta espécie termófila que alcança um considerável tamanho corporal. Em consequência, a espermatogénese nos machos poderá ser limitada, pois esta faixa costeira coincide, exactamente, com a existência de linhas isotérmicas inferiores a 22ºC no mês de Julho (C.N.A., 1983). Esta hipótese é suportada pelo facto de a espécie ser mais frequentemente encontrada nas colinas e montanhas da Beira Litoral, onde os nevoeiros são menos comuns. Em altitude distribui-se desde o nível do mar até aos 1520 m, na Serra da Estrela, embora possa atingir os 2200 m de altitude no Sudeste ibérico e no Alto Atlas marroquino (Schleich et al., 1996; Pleguezuelos, 2003).A sua termofilia é evidente quando se observa que a maior parte dos registos se situa abaixo dos 800 m. No entanto, no norte prefere altitudes entre os 600 a 750 m (Malkmus, 2004e), talvez pelos motivos anteriormente apresentados para explicar a sua escassez nas zonas atlânticas de baixa altitude. Habita todos os biótopos mediterrânicos presentes em Portugal sempre que não sejam meios florestais fechados: pastos secos, matos de porte reduzido ou médio, dunas litorais, montados, clareiras e margens de azinhais, sobreirais e pinhais (Crespo & Sampaio, 1994; Malkmus, 1997b). Nestes ambientes tende a seleccionar as encostas orientadas a sul, com abundantes refúgios (pedras, tocas de mamíferos, muros). Adapta-se bem às alterações na paisagem produzidas pela agricultura, pois esta actividade tende a aumentar a área de espaços abertos que, em geral, apresentam uma elevada disponibilidade de presas (Pleguezuelos, 2003). Embora o esforço de amostragem não tenha sido homogéneo ao longo do ano, a distribuição temporal das observações recolhidas neste projecto sugere que a cobra-rateira: i) apresenta um amplo período de hibernação, desde meados de Outubro até meados de Março, ii) tem um ciclo anual claramente unimodal, com metade das observações concentradas no mês de Junho, na sua maioria correspondendo a machos durante o período de acasalamento, e iii) apresenta um ligeiro aumento das observações durante os meses de Setembro e Outubro, produzidas pela eclosão dos ovos e dispersão dos recém-nascidos. A confirmar-se este padrão fenológico (reduzida ou nula actividade invernal, acasalamento tardio na primavera, actividade anual marcadamente unimodal), e por comparação com observações noutras regiões do Mediterrâneo Ocidental, poderá inferir-se que, em Portugal, a cobra-rateira se encontra próximo dos seus limites termoclimáticos.

CONSERVAÇÃO E AMEAÇAS
Embora muitos exemplares morram atropelados e outros sejam mortos deliberadamente pelo homem, as suas populações podem considerar-se estáveis na maior parte do país. Sendo uma espécie tipicamente mediterrânica e ecologicamente generalista, parece adaptar-se às alterações produzidas na paisagem pelo homem (Santos et al., 2007). Desapareceu das zonas reflorestadas com cobertura arbórea densa e contínua, ou das zonas queimadas, embora volte rapidamente a colonizar estas últimas. Também pode ocorrer em meios urbanos,como por exemplo em áreas de matos degradados em cidades.Estudos fenológicos em populações de outras regiões ibéricas sugerem que a espécie poderá ser favorecida, a médio e longo prazo, por anos climatéricos mais quentes (Moreno-Rueda & Pleguezuelos, 2007), havendo evidências de que a amplitude do seu ciclo de actividade anual está a aumentar com o incremento das temperaturas médias das últimas três décadas (Moreno-Rueda et al.2008).Isto poderá levar a um aumento da dominância desta espécie nas comunidades mediterrânicas de colubrídeos (Segura et al., 2007).

TAXONOMIA E FILOGEOGRAFIA
O género Malpolon está incluído nos Psammophinae, sub-família monofilética de origem africana que abrange ofídios opistoglifos, diurnos, de corpo delgado e movimentos rápidos. Nas análises filogenéticas realizadas até ao momento a partir de sequências de DNA,o grupo irmão de Malpolon é Psammophis (Nagy et al., 2005). Os Psammophinae (Malpolon e Psammophis) não estão directamente relacionados com os colubrídeos e constituem, de facto, uma família independente, pelo que mantê-los como colubrídeos tornaria esta família parafilética relativamente aos Atractaspidae. Embora o género seja de origem africana, colonizou a Europa em várias ocasiões entre o Mioceno e o Pleistoceno. Considera-se tradicionalmente a existência de apenas duas espécies, M. monspessulanus e M. moilensis, a primeira de distribuição mediterrânica e a segunda de distribuição mais meridional. Recentemente, as populações orientais de cobra-rateira (desde o Nordeste de Itália e da fronteira Argelino-Tunisina até ao mar Cáspio) foram elevadas ao estatuto específico como M. insignitus, pois apresentam uma distância genética de 8,4% em dois genes mitocondriais combinados (cytb e 12S; Carranza et al., 2006b). M. monspessulanus é de origem norte-africana e terá colonizado a Europa por diversas vezes, durante o Pleistoceno, como atesta a presença de fósseis (Pleguezuelos, 2003; Blain & Bailon, 2006).Apesar disto, a baixa diversidade do DNA mitocondrial da actual população ibérica sugere o desaparecimento da espécie, nesta Península, durante as glaciações do Quaternário, e a sua posterior recolonização, há cerca de 83.000 -168.000 anos (Carranza et al., 2006b).

Additional Hints (Decrypt)

Neohfgb/Áeiber

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)