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Patologias da Rocha EarthCache

A cache by J_C Message this owner
Hidden : 10/22/2016
Difficulty:
3.5 out of 5
Terrain:
2 out of 5

Size: Size:   other (other)

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Geocache Description:


Nesta EarthCache propomos-te o desafio de realizar uma análise macroscópica, a “olho nu” procurando as alterações sofridas e apurar as patologias (doenças da pedra) sofridas pelo granito do Porto, nomeadamente no Portal da Sé da cidade Invicta.

Para registares “found it” nesta earthcache desloca-te as coordenadas publicadas e responde as seguintes questões, enviando as respostas para o seguinte endereço: jotace.geo @gmail.com

1. - Nas coordenadas publicadas podemos observar no chão, dois blocos graníticos rectangulares e perfurados. Quantos furos existem em cada um deles?

2. - Qual a denominação dada ao tipo de Pedra que foi utilizada para construir o Portal da Sé do Porto?

3. – Nas coordenadas publicadas podemos observar, na fachada principal do Edifício várias patologias da Pedra. Identifique um local onde evidencie a Lascagem e Arenização.

3.1. –Identifique um local onde evidencie a ocorrência de crostas negras.

4. – No Portal da Sé do Porto, do lado direito da porta, há um exemplo de um remendo, onde o material pétreo foi substituído. Incluí no teu registo uma foto tua a apontar esse “pormenor”.

5. - Uma foto tua no local, ou do teu GPS, ou com algo que te identifique será obrigatório para cumprires com sucesso está tarefa.

Obrigado pela visita!

 


[EN]

1. – At the published coordinates one can see, on the ground, two perforated and rectangular granitic blocks. How many holes are in each one of them?

2. – What is the denomination given to the type of stone used to build the Sé do Porto main gate?

3. – At the published coordinates one can see, at the building main wall, several rock “diseases”. Identify a place that shows flaking and arenisation.

3.1. – Identify a place where one can see some “black crusts” evidence.

4. – At the front gate of Sé do Porto, right hand side of the door, there is an example where the rock material was replaced with another material. Include a photo of you pointing this detail on your log.

A photo at the place will be appreciated. Thank you for your visit!

 


Ao contrário da ideia comummente generalizada, as rochas não são estruturas inalteráveis. Dizemos estruturas, pois não podemos chamar ser ao material pétreo, uma vez que este não é dotado de uma vida como a dos seres vivos (vegetais ou animais).

Dizemos estrutura, pois o material pétreo é constituído por toda uma série de fases (minerais) que o definem, distinguindo-o, mas que são responsáveis pela propensão para que a rocha se altere, em maior ou menor grau.

De facto, é esta estrutura cristalina que ao encontrar-se em desequilíbrio com o ambiente que a envolve vai levar a uma modificação do estado original da rocha por se encontrar mais vulnerável aos agentes endógenos, sejam eles metereológicos, antropológicos ou de uma outra natureza.

 

Portal da Sé do Porto

A Sé / Catedral da cidade do Porto, situada no coração do centro histórico da cidade do Porto, é um dos principais e A Sé do Porto conserva ainda vestígios do primitivo edifício românico construído entre a 1ª metade do século XII e início do séc. XIII. Destaca-se o aspecto de igreja-fortaleza com fachada flanqueada por duas torres e a bela rosácea sobre a fachada principal. Sofreu modificações nos períodos maneiristas e barroco. O claustro gótico é da época de D. João I, rei que celebrou esponsais nesta catedral.
A majestosa fachada principal, que mantém ainda as torres românicas e o óculo original no corpo central, foi remodelada em 1772, numa campanha rococó que substituiu o primitivo portal românico e conferiu ao alçado poente o aspecto cenográfico que hoje possui, com o portal ladeado por duas colunas geminadas que suportam um frontão que termina em nicho, onde se conserva a imagem da padroeira da Sé do Porto, Nossa Senhora da Assunção.

Granito do Porto, Rocha do Portal da Sé do Porto


O Granito do Porto é um granito de grão médio de duas micas com textura hipidiomórfica granular, por vezes com tendência porfiróide. Quando não meteorizado apresenta cor cinzenta clara e aspecto muito homogéneo. É constituído por quartzo, microclina, plagioclase, moscovite e biotite, tendo como minerais acessórios o zircão, a apatite e a silimanite (Begonha, 1997).


Factores de Degradação da Pedra

Agentes endógenos: especificidades inerentes à estrutura interna da própria rocha que a torna naturalmente mais vulnerável à alteração meteorológica devido ao seu relativo grau de alteração de origem endógena e hidrotermal.
Agentes meteorológicos: Sujeitas as agressões do vento ou da chuva.
Agentes antropológicos: à acção do Homem, constrangimentos que se vão afirmando progressivamente à medida que a pedra é extraída da pedreira (extracção, serragem, talhe), sofrendo desde logo uma modificação das suas condições físicas; quer enquanto criador e restaurador de obras de Arte quer enquanto turista ou mesmo enquanto praticante de acções mais ou menos vandálicas

 

A acção conjugada destes factores provoca um decaimento (químico, físico e biológico) das rochas nos Monumentos. Como resultado da acção, separada ou concomitante, mais suave ou mais drástica, dos agentes meteóricos, pondo em jogo mecanismos de alteração diversos, inclusivamente em função do substrato pétreo a ser actuado, geram-se patologias nas rochas.

 

Tipos de Patologias da Pedra

Com efeito, após uma fase de “incubação” de duração variável (anos, décadas ou séculos), podem manifestar-se diversos tipos de doenças da pedra, fenómenos de decaimento que exigem práticas de salvaguarda.


1. Arenização: Trata-se da desintegração da rocha em fragmentos arenosos e pulveriformes de dimensões inferiores a 2mm, que se manifesta pela queda espontânea de material sob a forma de pó ou de grãos.
2. Erosão: É toda a modificação que arrasta a perda de massa à superfície da rocha, regressiva diferencial, originando arredondamentos das faces e perdas significativas de material pétreo. Quando as causas da erosão são mecânicas diz-se abrasão ou corrasão, quando são químicas e biológicas diz-se corrosão, e quando são antrópicas diz-se usura
3. Lascanagem: é a separação da rocha em lascas com alguns centímetros de espessura, paralelas à superfície da rocha e devidas, sobretudo, à insolação e fortes variações de temperatura
4. Colonização Biológica pela presença de plantas superiores, como ervas ou arbustos.
5. Aparecimento de zonas de erosão agravada nas juntas de pedra diferenciada consequência da utilização na construção da Sé do Porto granitos de diversas origens.
6. Lacunas: Degradação que se manifesta pela queda e perda de partes da rocha do monumento fruto de erosão ou de arenização;
7. Remendos: substituição de material pétreo.
8. As crostas são camadas compactas de material diferente do da rocha (pedra) do substrato (v.g., crostas negras, crostas brancas) e formado a expensas deste, por transformações físico-químicas. Têm espessura variável, são duras, frágeis e distinguem-se do substrato pelas características morfológicas e pela cor. Podem, ainda, destacar-se espontaneamente do substrato, que, no geral, se apresenta desagregado e/ou pulverulento

 

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