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A radiação cósmica de fundo, teorizada por Gamov em 1948 e refinada por Dicke, foi descoberta por acaso por Penzias e Wilson em 1964, nos laboratórios Bell.
Os físicos, pretendiam comprovar que a temperatura correspondente ao brilho da radiação que emanava da Via Láctea era inferior a 0.1 K para um comprimento de onda de 7 cm, mas depararam-se com um irritante ruído de fundo que adulterava as suas medições.
Aquando da sua descoberta, a origem desconhecida de tal radiação foi extremamente perturbadora pois não parecia provir de fontes de ondas rádio de origem humana, do Sol, ou de qualquer outro planeta, ou fonte celeste que pudessem identificar. Em desespero de causa, os cientistas afugentaram o casal de pombos que nidificava na antena e rasparam os seus dejectos... Em vão! Concluíram então que o ruído teria de ser de origem cósmica.
Em 1965, Penzias deparou-se com o artigo de Dicke, que levou à confirmação experimental da radiação cósmica de fundo.
Em 1978, Penzias e Wilson receberiam o Prémio Nobel da Física por tal descoberta.
Arno Penzias (esquerda) e Robert Wilson, em 1993, em frente à antena dos laboratórios Bell com a qual descobriram, em 1964, a radiação cósmica de fundo.
A radiação cósmica de fundo é, ao lado do afastamento das galáxias e da abundância de elementos leves, umas das mais fortes evidências que suportam a teoria do Big Bang.
É também uma das radiações responsáveis pelo ruído estático que é captado pelas televisões analógicas.
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