A água é, como todos sabemos, muito importante para a nossa vida. Sem eia os seres vivos não poderão resistir. Arganil, há muitos anos atrás, não tinha distribuição domiciliária de água e as pessoas, para se abastecerem desse tão precioso liquido, deslocavam-se às fontes e aos chafarizes. Eram vários os locais onde se podia ir a água nesta vila pois havia várias fontes e chafarizes:
- Fonte de Amandos
- Fonte da Bica
- Fonte do Sapatinho
- Fonte do Senhor da Agonia
- Fonte do Asno
- Fonte do Mourão
- Fonte do Prazo
- Fonte da Porteiinha
- Fonte do Campanário
- Chafariz do Cimo do Paço
- Chafariz da Barreira
Com o crescimento da vila as fontes e os chafarizes foram sendo construídos por bairros para assim abastecerem a população local.
Na década de 50 foram quatro as fontes construídas em Arganil: Mourão, Prazo, Sapatinho (junto à casa dos magistrados) e Barreira. Estas foram obras que obedeciam a um modelo nacional e foram construídas por uma empresa de fora de Arganil, a Rui Miller, em colaboração com a Câmara Municipal de Arganil. Esta empresa deu trabalho a pessoas de Arganil que, pelo facto de neste serviço irem ganhar o dobro do salário auferido nos locais onde trabalhavam, não hesitaram em abandonar o patrão e partir. Estas foram obras feitas no mandato do dr. António Luís Gonçalves então presidente da Câmara Municipal de Arganil.
Cada vez que havia uma fonte nova, era motivo de festa, regozijo e inauguração onde, quase sempre, havia o tradicional corte de fita peias entidades oficiais. As fontes e os chafarizes foram durante muitos anos, locais privilegiados, sempre limpos e estimados.
Os anos passaram, os tempos mudaram e as fontes quase desapareceram.
Em Arganil ainda podemos encontrar as seguintes fontes:
Fonte da Bica
Esta era uma fonte de chafurdo. O seu nascente vinha dali perto, das profundezas do chão. Ali as raparigas, partiram muitos cântaros de barro, pois, ao retirá-los da fonte, cheios de água, batiam com eles nas pedras do bordo e...pum! A fonte era o sumiço dos cântaros! Para combater isto alguns pais mandaram fazer canecos de madeira ao tanoeiro da Barreira.
A água que a fonte deitava para fora quando estava cheia era aproveitada para um pequeno tanque lateral e utilizada para rega ou então, ia para um em frente, onde os animais bebiam e que ainda hoje existe. Hoje esta fonte está diferente, já não é de chafurdo mas é tipo chafariz, onde a água chega através da rede pública.
Fonte do Asno
Esta era a fonte dos amores. Dos vários pontos da vila de Arganil vinham as raparigas para ali se encontrarem com os rapazes e até arranjar namoricos. Era um prazer, uma alegria e até um divertimento vir à fonte buscar água. Quantas vezes se chegava a casa, despejava-se o cântaro para o pátio e... lá se vinha de novo à fonte. Era mesmo uma alegria!
A água que abastecia esta fonte vinha da nascente, no Cabeço do Gato na serra da Aveleira, chamada fonte do Asno. As valas para a canalização da água desta fonte e de outras, foram abertas por 22 presos da Cadeia Penitenciária de Coimbra que eram vigiados por 2 guardas prisionais. Eram homens que tinham cometido pequenos delitos e que eram recrutados para estes serviços. Para evitar a sua fuga nem lhes era permitido afastarem-se para fazer as necessidades fisiológicas e, assim, traziam uma espécie de guarita que era colocada na vala. cada vez que era necessário, enterrando—se depois os excrementos.
Hoje a água da fonte do Asno já neto vem dessa nascente mas sim do depósito das Costeiras que recebe a água que é bombeada do rio.
Fonte do Mourão
Construída em 1948. o seu modelo era nacional com telhado de telha e teclo jorrado a madeira, parecia uma casa em miniatura. Tinha bancos laterais em cimento para pousar o cântaro e descansar um pouco, ou até para namoriscar ao domingo à tarde.
A sua água vinha do depósito do Cimo do Paço, nas Costeiras, onde chegava vinda das minas n°I e 2 das Boiças e da Maria Domingas ao cimo da Nogueira. Era água que sofria um tratamento com calcário e. ao longo do percurso, a canalização tinha caixas de limpeza. Nestas canalizações foram usados os primeiros tubos de amianto fabricados pela Cimianto de Vila Franca de Xira. mas não ficou aprovado pois. análises feitas mais tarde, revelaram partículas do matéria! na água. Hoje a água das minas não é aproveitada e a fonte é abastecida pela rede pública.
Fonte ou mina do Sr. da Agonia
Esta fonte de chafurdo tinha a sua nascente muna mina que passa debaixo do Paço. Hoje está quase abandonada.
Fonte do Prazo
Construída junto ao campo de futebol, era abastecida por água vinda do depósito das costeiras. Foi também das construídas peta empresa Rui Miller no ano de 1948. Hoje está lá mas descativada. pois . há alguns anos atrás, a água era ali fortemente desperdiçada e usada para fins que não o abastecimento e. face a isto. a autarquia mandou retirar-lhe a torneira.
Chafariz do Cimo do Paco
Construído em 1937 é hoje abastecido pela água do depósito situado na encosta das Costeiras, ao cimo do Paço. onde vem ter a água bombeada do rio.
O progresso é por vezes o principal inimigo do património locai e assim aconteceu com algumas fontes e chafarizes de Arganil :
Fonte de Amandos
Desapareceu com a construção do Parque e a sua água tornou-se imprópria para consumo devido a infiltrações no terreno, de alguns agentes nocivos vindos do Hospital que acabaram por poluir a água.
Fonte do Sapatinho
Destruída peto alargamento da estrada.
Fonte da Portelinha
Desapareceu por duas fases: A primeira, aquando do alargamento da estrada quando lhe foi tirado o tanque e cortada a conduta que a abastecia: a segunda, fez desaparecer por completo o pouco que dela existia para dar lugar a obras de alargamento de uma via de acesso à Escola de 2o e 3" Ciclo.
Chafariz da Barreira
Construído segundo um modelo dos anos 60, foi destruído por actos malfeitores.
Fonte da Barreira
Destruída para fazerem habitações e permitir o alargamento da via.
Fonte do Campanário
Removida aquando das modificações feitas na arquiteclitra daquela zona da vila. Hoje está no Santuário do Mont'Alto no recinto junto ao coreto.
As fontes são obras que tiveram muita importância no bem estar das populações e, assim sendo, devemos conservá-las como peças vivas de um grande Museu que é o património,
Trata-se de um container pequeno tipo rolo fotografico contém logbook é necessário levar material de escrita.
Pode-se estacionar mesmo em frente à Fonte.
Esta é uma zona com alguns mugles por isso pede-se para serem discretos. A cache não está a vista mas basta olhar bem e não necessita de muitos movimentos.
Possibilidade de troca de objetos
Boas caches :)
