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Tanque dos Cavalos (Bairro de São João) - Beja Multi-cache

Hidden : 10/28/2015
Difficulty:
1 out of 5
Terrain:
2 out of 5

Size: Size:   small (small)

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Geocache Description:


TANQUE DOS CAVALOS (BAIRRO DE S. JOÃO) “BEJA”

O Tanque dos Cavalos, situado no centro do pequeno Bairro de S. João era um dos grandes tanques da entrada da cidade, junto à movimentada estrada para Serpa que, saindo da cidade pela atual Rua Prof. Bento de Jesus Caraça, por aqui passava. O percurso da estrada é do tempo dos Romanos. Local constituído por um grande tanque, uma fonte, pias para os animais saciarem a sede e um lavadouro. Local muito frequentado nos seculos XIX e XX por aguadeiros, lavadeiras, pastores a dar de beber aos gados e também servia para dar banho aos cavalos e muares do exército.

Em 1835 terminava em Beja a tradição da cavalgada de S. João Baptista. Festa antiga, pré-cristã, solsticial, sob o signo do sol, da água e da terra.

A cavalgada, segundo a obra referida, consistia num cortejo a cavalo, precedido da bandeira real e de numeroso publico a pé ( na manhã de S. João), partindo da casa do Juiz ou do Alferes que guardava a bandeira ( ponto inicial era a praça). De seguida dirigiam-se ao tanque dos cavalos, pela estrada do Alcoforado.

O tanque encontrava-se decorado com muita verdura e flores, formando uma alameda ( abóbada verde) por onde os cavaleiros passavam. Ai eram brindados com um grupo de músicos com charamelas ( instrumento de sopro).

Este grupo de músicos acompanharia o grupo de cavaleiros até à cidade. Junto ao tanque estava uma mesa com muitos doces.

Depois de comerem os doces, enramavam-se com a verdura, que tinha sido colocada na noite anterior pelos "hortelões" do tanque. Ou seja pelos agricultores que se serviam da água desse tanque.

Assim disfarçados dirigiam-se à praça onde eram presenteados com novo banquete.

Daqui seguiam para o convento de Santa Clara (atual cemitério).

Aí assistiam a missa em louvor de S. João.

Voltavam depois à praça (uma terceira vez) onde se envolviam em torneios, escaramuças e outros jogos equestres.

Pela tarde "novos folguedos" que constavam normalmente de corridas de touros. Se por acaso não houvesse touros para fazer a corrida, a cavalgada dirigia-se novamente à horta de Santa Clara onde as religiosas lhes davam um copo de água de vinho, frutas e doces. E assim foi até 1835.

LAVADOURO DO TANQUE DOS CAVALOS

Fig. 2 Lavadouro do Tanque dos Cavalos 1948

Primeiro nas margens dos rios e poças, mais tarde em tanques, a lavagem de roupa suja foi uma tarefa exclusiva das mulheres as lavadeiras. Os lavadouros públicos surgiram em finais do século XIX, passando a ser muito concorridos por lavadeiras de mister e outras mulheres que só lavavam a sua própria roupa. Os lavadouros eram lugares de encontro onde se falava da vida alheia; eram os “pasquins” da aldeia.

    Os lavadouros são património representativo de uma época, não muito longínqua, em que as práticas comunitárias eram mais frequentes.

    Criados como estrutura de apoio á população, numa época em que a distribuição domiciliária de água era escassa e a rede de esgoto quase inexistente, os lavadouros públicos, nos nossos dias, vão tendendo a acabar.

AGUADEIRO DE BEJA

Em finais do século XIX, princípios do século XX a distribuição de água ao domicílio em Beja era efetuada por aguadeiros, «que continuamente percorriam as ruas de Beja, na sua interminável tarefa, das fontes até às casas de cada um que, além do mais, os novos hábitos de higiene, nas classes mais ricas, começavam a exigir.

O seu esforço era muito, e pode pois compreender-se porque sempre tentavam negociar um pouco mais de ganho para lá do tabelado. A Câmara, claro, não o consentia, [e] estabelecia que "o custo de água despejada no sítio que o consumidor indicar, quer haja ou não escada para subir, é o seguinte: 10 litros ou uma talha $01 (um centavo), 20 litros ou duas talhas $01,5 (...) excetuam-se os dias 9 a 15 de Agosto em que os preços poderão ser elevados ao dobro." (Jornal O Porvir, 16 de Junho 1917)»

Fig. 3 Aguadeiro de Beja 1883

 

Para encontrar a cache final é necessário visitar os locais nas coordenadas publicadas e recolher os dados pedidos e fazer as contas seguintes:

XXX = A - 1671

YYY = B - 1079

N 38º 00.XXX W 007º 50.YYY

Additional Hints (No hints available.)