Trata-se de um castro que remonta à Idade do Ferro, também ocupado à época da invasão romana da península Ibérica. Terá sido abandonado em finais do século I.
Encontra-se classificado como Monumento Nacional desde 1974
Povoado com origens possivelmente radicadas no Bronze Final, como sucede noutros exemplares desta região, dotado, já em plena Idade do Ferro, de um sistema defensivo composto de duas linhas de muralha construídas com dois paramentos paralelos preenchidos com material pétreo de pequenas dimensões. Quanto às habituais estruturas de funcionalidade doméstica, de planta predominantemente circular, com ou sem vestíbulo lajeado, elas foram encontradas, como é característico deste tipo de povoado, no recinto delimitado pelo troço de muralha interno.
Dos materiais recolhidos durante as escavações destacam-se as cerâmicas atribuídas à Idade do Ferro, bem como romanas (designadamente terra sigillata), a assegurar, no fundo, o cumprimento de um fenómeno recorrente neste tipo de povoado, sobretudo quando auferia de um bom posicionamento estratégico, ou seja, a sua reutilização durante o período de ocupação romana, entre os séculos I e IV d. C., altura em que terá sido destruído. Mas não só, pois a edificação, na parte superior do povoado, de uma capela consagrada a S. Caetano, traduzirá uma prática secular de reutilização simbólica dos mesmos espaços e/ou suas imediações por diferentes comunidades ao longo dos tempos, numa espécie de (re)apropriação e/ou (sobre)posição sucessiva de valores, não tanto materiais, mas espirituais, ainda que decorrente de intuitos político-administrativos bastante bem vincados, mesmo quando incompletamente apreendidos pela totalidade da população.