Esta cache faz parte da série «Aldeias e Capelas de Oliveira de Frades», que pretende dar a conhecer as povoações do concelho e seus recantos.
Foi honra pertencente ao Alcaide Cerveira, de Coimbra; no tempo de D. Afonso Henriques. Em 1258, estava dividida pela Ordem do Hospital, por um fidalgo e pelo Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra.
No século XVI, no Cadastro das Populações do Reino (1527), é designada por Syqueiros e tem 5 fogos.
Do ponto de vista patrimonial, destaca-se o Solar de Sequeirô, um dos mais belos imóveis do concelho, mas em avançado estado de ruína.
«Perdida nas brumas do passado ergue-se uma casa majestosa e bela em forma de “U”. À entrada um enorme terreiro. Depois, do lado direito a cozinha imponente, diz-se que uma cópia da grandiosa cozinha do Mosteiro de S. Cristóvão, com as chaminés enormes e o forno imenso. Em toda a volta da casa um varandim majestoso em granito lavrado e com colunas também em granito. Lá dentro as salas com tectos em estuco trabalhado. Os quartos muito pequenos como manda a tradicional arquitectura da casa tradicional beirã. Do lado esquerdo, ao fundo, ergue-se então a capela cujos altares são em talha dourada. Esta capela teria sido começada a construir nos princípios do século XVIII, ficando nessa altura somente com as paredes, o seu acabamento seria depois realizado por um Sr. Padre que viria a ser irmão do trisavô do actual proprietário o Sr. Dr. António Falcão, pois num testamento de 1799, em que explicava que tinha dotado a capela com os altares e todo o interior da capela, doava todos os seus bens a um sobrinho, também, padre. O padroeiro da capela é o Santo António. Ainda outra curiosidade é que no interior da capela existem 3 túmulos: o do padre que fez o testamento, o do seu sobrinho, também, padre, e, ainda outro cujo ocupante não foi identificado. Era e é uma casa agrícola que foi habitada até 1930 quando a avó do Dr. Falcão morreu, depois só de visita até 1970, altura em que foi praticamente abandonada. Esta casa sofreu várias modificações. Da primitiva resta a cozinha e a parte da direita, nomeadamente, o varandim e a capela. Mas quando o avô do proprietário casou (com uma senhora da Casa de Torneiros) fez uma grande remodelação aumentando-a muito – fazendo um verdadeiro casarão. Até ao seu avô a sucessão decorreu sempre de pais para filhos. Esta família tinha grande ligação com a Casa de Fornelo e com a Casa de Torneiros, porém, as suas origens eram de Sejães.»
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