O conhecimento ardeu entre o fogo da indústria. A humanidade perdeu-se do seu passado e já não existe memória no mundo. Desde a revolução industrial, século após século, os recursos do planeta foram diminuindo num ritmo cada vez mais acelerado, até que se esgotaram. O primeiro a desaparecer foi o petróleo; durante as primeiras décadas ainda se pensou que a energia renovável resolveria o problema mas a crescente demanda, numa população que não parava de aumentar, tornou-se insuportável. Séculos depois esgotaram-se o carvão e o gás natural. Pelo meio, o planeta atravessou uma era de obscuridade em que as doenças proliferaram; a recorrente poluição tinha destruído a camada do ozono e a atmosfera tornou-se tremendamente hostil.
A humanidade sobrevive entre as sombras do medo, à beira da extinção. Os países foram desaparecendo aos poucos até ficar apenas o mundo, Distopia. Contudo, a memória das palavras perdeu-se, sobretudo após o longo inverno nuclear. Os poucos humanos que resistem comunicam por sussurros animalescos. Os sentimentos também desapareceram; o rosto humano tornou-se fechado e já ninguém sabe o que é um sorriso. A natureza que resiste envolveu as antigas construções da humanidade. As árvores crescem agora no meio das ruínas, entre quatro paredes de solidão.
Apesar do cenário catastrófico, ainda existe esperança no mundo! Em alguns locais as florestas começam a ganhar espaço perante o avanço inexorável dos desertos. Existem ainda murmúrios sobre a existência de um estranho pergaminho onde foi guardado o conhecimento sobre o período áureo da humanidade, antes de entrar em decadência. Poderá estar escondido num local que já estava em ruínas no ano 2015 da primeira era de Cristo, numa altura em que ainda se contava o tempo. O lugar já anunciava assim o futuro distópico do planeta. Terá sido um local de exploração de minérios: As Minas da Bejanca! Encontrou-se inclusive um papel com a seguinte mensagem:
“Esta antiga mina de estanho e volfrâmio ocupa uma área de cerca de 30ha e fica localizada na freguesia de S. Miguel do Mato, em Vouzela. Na época áurea do “ouro negro”, as Minas da Bejanca chegaram a ter uma esquadra de polícia e uma prisão. Décadas depois do fim da exploração restam apenas os edifícios devolutos e o gigante torreão, construído em betão armado e que servia para a expansão dos fumos da combustão de toneladas de madeira para aquecimento das caldeiras de água, que pelo vapor acionavam potentes geradores da central elétrica, produzindo força motriz suficiente para todas as intensas atividades ali desenvolvidas. Nas proximidades existe ainda um enorme lago.”
Aguarda-se por intrépidos aventureiros para desbravar o local e salvar a humanidade do fim anunciado! A descoberta do Pergaminho das Sombras poderá encerrar o conhecimento necessário para salvar a espécie. Supõe-se que a aventura decorra em dois locais distintos, sendo que no primeiro deverá existir uma pista para encontrar o Pergaminho. Por vezes, o local certo poderá estar a uma parede de distância; o desafio é chegar lá! Mesmo estando nos locais certos, pode não ser fácil encontrar o que se deseja; é necessária perspicácia! Para facilitar (e evitar acidentes que pudessem acelerar a extinção da espécie), supõe-se que não é necessário entrar em buracos apertados ou andar pendurado em paredes perigosas.
Não publiquem fotos dos recipientes, e/ou dos locais onde estão escondidos, nem revelem dados sobre os mesmos!
Desfrutem da descoberta e protejam a Natureza e o Património!