O historial do edifício remonta, de certo modo, aos idos de 1919.Ao que se supõe, primeiramente terá existido um desenho da autoria do Arquitecto Jorge Segurado, com destino a ser construído nas proximidades de Richebourg L’ Avoué, na Flandres francesa e integrado no grandioso plano geral de constituição de uma Aldeia Portuguesa. Esta Aldeia, não só devolveria a pátria lusa aos nossos soldados mortos durante a I Grande Guerra em terras estrangeiras (sobretudo em La Lys, Pas-de-Calais), como proporcionaria a todos, em simultâneo, o contacto com a História e com a Cultura nacionais. O projecto, concebido para sediar, especificamente, um Museu Etnográfico Português, ficou-se, tão-só, pela sua intenção.O historial do edifício remonta, de certo modo, aos idos de 1919.Ao que se supõe, primeiramente terá existido um desenho da autoria do Arquitecto Jorge Segurado, com destino a ser construído nas proximidades de Richebourg L’ Avoué, na Flandres francesa e integrado no grandioso plano geral de constituição de uma Aldeia Portuguesa. Esta Aldeia, não só devolveria a pátria lusa aos nossos soldados mortos durante a I Grande Guerra em terras estrangeiras (sobretudo em La Lys, Pas-de-Calais), como proporcionaria a todos, em simultâneo, o contacto com a História e com a Cultura nacionais. O projecto, concebido para sediar, especificamente, um Museu Etnográfico Português, ficou-se, tão-só, pela sua intenção.Através da intervenção de Mestre Leal da Câmara, foi essa mesma planta arquitectónica reabilitada e adaptada a Escola, a qual veio, efectivamente, a erigir-se, tendo funcionado como tal durante mais de cinco décadas (de 1939-1940 a 1990).Frequentaram o estabelecimento várias centenas de crianças de ambos os sexos, e de todos os escalões sociais, provenientes de diversos lugares das redondezas.Em 1990, e na sequência da construção de um novo edifício para alojar a Escola Básica N.º 1 da Rinchôa, o antigo estabelecimento foi desactivado e o seu equipamento transferido, na totalidade, para o novo espaço, como atestam alguns documentos municipais.Depois de desocupada, foram ministrados, no local, alguns cursos de formação, entre 1990 e 1991, restando então o seu uso adstrito à Divisão de Habitação e Acção Social da Edilidade.Nos dois anos seguintes, serviu de atelier artístico e de plataforma de apoio a alguns espectáculos infantis e animações de rua, a par, também, de área destinada a cursos formativos. Entre Setembro de 1994 e Julho de 1995, foi usada como sede e como local de trabalho à equipa coordenadora da criação do Centro Lúdico de Rio de Mouro (Divisão de Educação da Câmara Municipal de Sintra).A partir daqui funcionou como depósito de equipamento vário da Autarquia, tendo persistido esta ocupação até ao início das totais e profundas obras de restauro e de remodelação (finais de 1997), a fim de, na antiga Escola Primária da Rinchôa, poder vir a ser instalado um novo Núcleo Museológico (Pólo da Casa-Museu de Leal da Câmara).A fixação de figuras, vivências e costumes saloios na obra de Mestre Leal da Câmara abarca um período vasto dentro da produção geral da obra do artista – dezoito intensos e proveitosos anos.Apesar de se inserir numa conjuntura de ‘declínio’, quer a nível da criação artística, quer a nível da sua própria existência, a ‘Fase dos Saloios’ (1930-1948) de Leal é, sem dúvida, das mais prolíficas e das mais importantes, pelo seu significado e por operar, de certo modo, a ‘reabilitação’ social do indivíduo saloio.No acervo do Complexo Museológico da Rinchôa, contam-se, assim, às centenas,os esboços, os ‘croquis’, os desenhos e os ‘produtos acabados’, alguns deles de elevada qualidade, embora algo distantes, é certo, do traço genial de algumas caricaturas e paisagens dos períodos lisboetas, madrileno e parisiense.Os Saloios caricaturados de Câmara não são jocosos, nem depreciativos. São captados em atitudes de trabalho, ou, então, de ordeiro convívio ou de merecido descanso, conferindo-lhes sempre o Mestre características sérias, de reconhecimento e de respeito, quer sejam homens, mulheres ou crianças, e independentemente de qual seja a sua condição social(...)O Núcleo dos Saloios pretende mostrar ao visitante, no geral, e à população escolar (discente e docente), em particular, parte de uma significativa colecção já inventariada e tratada museologicamente na Casa-Museu de Leal da Câmara – cuja grandiosidade e importância justificou um legítimo e há muito aguardado destaque – tendo-se optado por expor, a par de obras conhecidas, outras peças praticamente nunca vistas, entre aguarelas e guaches, desenhos feitos a lápis e a tinta-da-china, ou, ainda, executadas em cerâmica e tecido sobre projectos seus.Pelo facto de o Núcleo dos Saloios se situar na Freguesia de Rio de Mouro e, ainda, pela circunstância de algumas das suas localidades mais emblemáticas terem sido fixadas basta e magistralmente pelo Mestre, optou-se por denominar as três salas de exposição pública como ‘Espaço Rio de Mouro’, ‘Espaço Rinchôa’ e ‘Espaço Mercês’, não se registando, porém, uma correspondência total entre estas denominações e as peças expostas.Nos dois anos seguintes, serviu de atelier artístico e de plataforma de apoio a alguns espectáculos infantis e animações de rua, a par, também, de área destinada a cursos formativos. Entre Setembro de 1994 e Julho de 1995, foi usada como sede e como local de trabalho à equipa coordenadora da criação do Centro Lúdico de Rio de Mouro (Divisão de Educação da Câmara Municipal de Sintra).A partir daqui funcionou como depósito de equipamento vário da Autarquia, tendo persistido esta ocupação até ao início das totais e profundas obras de restauro e de remodelação (finais de 1997), a fim de, na antiga Escola Primária da Rinchôa, poder vir a ser instalado um novo Núcleo Museológico (Pólo da Casa-Museu de Leal da Câmara).