Herculano José Vieira Mendes nasceu a 11 de Fevereiro de 1904 em Abadim, Cabeceiras de Basto e faleceu a 13 de Janeiro de 1975 na cidade de Vila Nova de Gaia. Foi um grande atleta português em lançamento de dardo, martelo e disco.
Também um exímio praticante e professor do “jogo do pau”, iniciou-se no atletismo em 1926, num torneio particular que se realizou no Porto, representando, na altura, o Sporting Club de Braga, inscrito nas provas de lançamento, Herculano Mendes que, mais tarde, viria a ser dono e senhor daquelas difíceis disciplinas – 351 títulos na sua carreira –, alcançou resultados modestos, nada otimistas quanto ao seu futuro como atleta.
Em 16 de Março de 1927, Roberto Machado, técnico do Académico do Porto, recebeu uma carta de Herculano, oferecendo-se para representar o clube. E foi no Porto, no Académico, que acabou por se tornar num atleta de rara eleição, que à data do seu falecimento ainda era o recordista do Norte do lançamento do martelo.
Durante vinte anos, foi crónico campeão regional e nacional no martelo alcançando, ainda, outros títulos regionais e nacionais no lançamento do disco e do dardo.
Várias vezes foi convocado para a Seleção Nacional, a última das quais em 1950, numa altura em que, praticamente, já havia abandonado a atividade desportiva.
Homem de uma modéstia exemplar, foi durante toda a vida um academista dedicado, contribuindo de forma desinteressada para a iniciação e formação de imensos jovens na prática desportiva, especialmente o atletismo.
Mais que as palavras, os títulos falam deste “homenzarrão” que no lançamento do martelo nunca teve igual.
Internacionalizações
- 1945: Portugal – Espanha
- 1946: Espanha – Portugal
- 1947: Portugal – Bélgica
- 1950: Portugal – Espanha
Recordes Nacionais
- Lançamento do disco – 1927 e 1936
- Lançamento do martelo – 1928, 1929, 1930, 1931, 1936, 1939
Campeonatos Nacionais
- Lançamento do dardo: – 1928 (1 título)
- Lançamento do disco: – 1931, 1933, 1934, 1935, 1936, 1937, 1938, 1939 e 1940 (9 títulos)
- Lançamento do martelo: – 1928, 1930, 1931, 1932, 1933, 1934, 1935, 1936, 1937, 1938, 1939, 1940, 1941, 1942, 1943 e 1944 (16 títulos).
A cache é uma homenagem ao grande campeão cabeceirense e tem um contentor relacionado com a sua atividade, albergando o logbook e esferográfica, não restando espaço para trocas.