Skip to content

Produtos da Nossa Terra - Cortiça Traditional Geocache

Hidden : 11/15/2014
Difficulty:
2 out of 5
Terrain:
1.5 out of 5

Size: Size:   micro (micro)

Join now to view geocache location details. It's free!

Watch

How Geocaching Works

Please note Use of geocaching.com services is subject to the terms and conditions in our disclaimer.

Geocache Description:


Produtos da Nossa Terra - Cortiça



HISTÓRIA DA CORTIÇA

Apesar das suas múltiplas utilizações, há séculos que o mais fiel embaixador da cortiça no mundo é a rolha natural, esse vedante de qualidade excecional ainda hoje preferido e requisitado pelos grandes produtores de vinho. Mas ao longo da História, muitas são as referências a este produto e às suas variadas aplicações. No ano 3000 a.C, a cortiça já era utilizada na China, no Egipto, na Babilónia e na Pérsia para fabrico de aparelhos destinados à pesca. Em Itália encontraram-se vestígios datados do século IV a.C, de vários artefactos como boias, tampas para tonéis, sapatos de mulher e telhados de casas. É também desta época que temos uma das primeiras referências feitas ao sobreiro e escrita pelo filósofo grego Teofrasto que, nos seus tratados sobre Botânica, refere, maravilhado, “a faculdade que esta árvore possui em renovar a casca quando esta lhe é retirada”.

Vinho e cortiça são dois produtos que há muito se complementam. Assim o prova uma ânfora datada do século I a.C e encontrada em Efeso: não só estava vedada com uma rolha de cortiça como ainda continha vinho. Mais tarde, já no século I, o conhecido naturalista romano Plínio faz uma nova e extensa referência ao sobreiro na sua célebre História Natural. Explica que na Grécia este era adorado como símbolo da liberdade e da honra, razão pela qual só os sacerdotes o podiam cortar. Também na mesma obra pode ler-se que o sobreiro costumava ser consagrado ao Deus olímpico Júpiter e que as suas folhas e ramos serviam para coroar os atletas vencedores. Já em Pompeia, a cidade romana destruída pela brutal irrupção do Vesúvio, foram encontradas ânforas de vinhos vedadas com cortiça.

Portugal pode orgulhar-se de ter sido pioneiro em matéria de legislação ambiental, pois as primeiras leis agrárias que protegem os montados de sobro surgem no início do século XIII, em 1209. Mais tarde, durante as Descobertas, os construtores das naus e caravelas portuguesas que partiram à descoberta de novos mundos, utilizavam a madeira de sobreiro no fabrico das partes mais expostas às intempéries. Defendiam que o “sôvaro”, como então se dizia, era o que havia de melhor para o liame das naus: além de super resistente, jamais apodrecia.

No século XVIII, enquanto em Inglaterra o físico Robert Hooke conseguia obter a primeira imagem microscópica da cortiça usando um microscópio que ele próprio desenvolvera, em França, o monge beneditino francês Dom Pierre Pérignon, tesoureiro da Abadia de Hautvillers, iniciava-se no uso da cortiça com a qual vedava as garrafas do seu famoso champanhe Dom Pérignon. Uma escolha que se prolongou no tempo e que ainda hoje se mantém.

Mas o princípio da exploração sistemática dos grandes sobreirais que caracterizam a Península Ibérica e que ainda hoje subsistem na Catalunha e em Portugal, só se dá a partir do século XVIII, quando a produção de rolhas de cortiça se torna o principal objetivo. É também nesta altura que surgem os primeiros trabalhos sobre a sua constituição química desenvolvidos por um químico italiano de nome Brugnatelli, bem como o primeiro compêndio sobre a subericultura (o cultivo de árvores da família Suber). Azinheiras, Sovereiras e Carvalhos da Província de Além-Tejo, é publicado em 1790 e assinado por um português, Joaquim Sequeira.

Durante o século XIX, a França, a Itália e a Tunísia resolvem aderir à exploração sistemática dos montados de sobro e países tão diferentes como a Rússia ou os Estados Unidos dão também início ao plantio destas árvores. Este será um século marcado pelo enorme desenvolvimento da indústria rolheira: no Reino Unido é patenteada a primeira máquina de fabricação de rolhas, surgem os novos equipamentos auxiliares como as máquinas para as contar e calibrar e, pela primeira vez, utilizam-se novas aplicações industriais para a cortiça como o aglomerado simples ou branco para parquet descoberto pelos americanos. Já nos últimos anos, em Reims, França, inicia-se o fabrico de rolhas de duas peças de cortiça natural coladas.

No século seguinte, a indústria corticeira dos vários países produtores investe cada vez mais em inovação e desenvolvimento lançando para o mercado produtos variados. Logo em 1903, aparecem as rolhas com discos de cortiça natural e corpo de aglomerado. Alguns anos mais tarde, são registadas patentes para a utilização da cortiça em correias de transmissão e em pneus e, durante a Segunda Guerra Mundial, este material passa a ser utilizado em múltiplos equipamentos militares. Nos anos cinquenta, uma empresa americana produz os primeiros ladrilhos de cortiça aglomerada para revestimento coberto com película vinílica. Já nas últimas décadas, surgem diversas iniciativas que visam a investigação e a definição de normas internacionais para a indústria corticeira e onde se destaca a Confédération Européenne du Liége (C.E. Liége), fundada em 1987. Formada por federações de cortiça pertencentes a vários países, esta organização apresenta em 1996, o Código Internacional de Práticas Rolheiras, um documento essencial para o controle de qualidade na produção de rolhas. Este documento descreve e regula os respetivos processos de fabrico e ainda hoje continua a ser permanentemente revisto e atualizado segundo um nível de exigência cada vez maior.

Apenas dois anos antes, começava uma outra iniciativa, o Programa Quercus, um projeto sustentado pela Comissão das Comunidades Europeias e pela C.E Liége, destinado a diagnosticar e eliminar as causas e os componentes passíveis de causar o detestado “sabor a mofo”, claramente um problema em vias de ser ultrapassado.

Por fim, tudo indica que no século XXI, a cortiça voltará a gozar o respeito e a admiração que os gregos e os romanos lhe devotavam enquanto matéria-prima nobre e multifuncional. Não só a reputação das rolhas naturais como vedantes de excelência permanece imaculada, como neste século em que a preocupação ambiental se tornou uma constante, o recurso a um material ecológico, reciclável e biodegradável como a cortiça tem vindo a crescer, sobretudo em áreas inovadoras como o Design para a Sustentabilidade e o Eco-Design. Cada vez mais, novas gerações de artistas procuram criar objetos do quotidiano - artefactos de mesa, de cozinha, de lazer, mobiliário…- a partir de “frutos da terra”, materiais cem por cento naturais e que contribuam para a sustentabilidade ambiental. Em Portugal, por exemplo, o aproveitamento das potencialidades da cortiça tem vindo a crescer de forma exponencial. Recentemente, foi apresentado ao mercado uma inovação absoluta: um banco de automóvel com o assento feito em cortiça que reduziu para metade o seu volume e tornou-o três vezes mais leve que os bancos tradicionais. O extraordinário desta invenção é que cada um destes novos bancos consegue subtrair 45 quilos a um carro normal, ajudando assim a resolver dois dos grandes problemas do sector automóvel, o peso e o volume. Constituída em 60% por cortiça moída, esta almofada além de oferecer mesmo conforto com metade do volume, tem ainda a vantagem de poder ser reciclada. O banco é um projeto nacional concebido a partir de know how inteiramente português – design, suporte técnico-científico…-, e, embora ainda esteja em fase de protótipo, já seduziu a Magna, a líder mundial de componentes automóveis que efetuou encomendas de mais de 300 milhões de euros.

 

 

HISTORY OF CORK

Despite its many different uses, for centuries the most faithful ambassador of cork to the world has been the natural cork stopper, that seal of exceptional quality that is still today preferred and demanded by the great wine producers. However, throughout History there have been numerous references to this product and its varied applications. In 3000 BC, cork was already being used in fishing tackle in China, Egypt, Babylon and Persia. In Italy remains dating from the 4th century BC have been found that include artefacts such as floats, stoppers for casks, women's footwear and roofing materials. Also dating from that period is one of the first references to the cork oak, by the Greek philosopher Theophrastus who, in his botanical treatises, referred in wonder to “the ability that this tree has to renew its bark after it has been removed”.

Wine and cork are two products that have long been companions. Proof of this is an amphora from the1st century BC found in Ephesus: it was not only was sealed with a cork stopper but also still contained wine. Later, in the 1st century CE, the Roman naturalist Pliny the Elder made extensive reference to cork oaks in his celebrated Natural History. He explained that in Greece the trees were adored as symbols of liberty and honour, for which reason only priests were allowed to cut them down. In the same work, we can read that cork oaks were consecrated to the god of Olympus, Jupiter, and their leaves and branches were used to crown victorious athletes. In Pompeii, the Roman city destroyed by the brutal eruption of Mount Vesuvius, wine amphorae sealed with cork have also been found.

 Portugal can be proud to have been a pioneer in environmental legislation, the first agrarian laws protecting cork forests having been enacted in the early 13th century, in 1209. Later, during the Age of Discoveries, the builders of the Portuguese ships and caravels that set sail in search of new worlds used cork oak wood for the parts that were most exposed to inclement weather. They claimed that the “sôvaro”, as it was called then, was the best wood for masts and yards: besides being exceptionally strong, it never rotted.

In the 18th century, while in England the physician Robert Hooke obtained the first microscopic images of cork using a microscope that he himself had designed, in France, the monk Dom Pierre Pérignon, treasurer of the Hautvillers Abbey, began to use cork to seal bottles of his famous Dom Pérignon champagne. A choice that continued over the years and is still maintained.

However the systematic cultivation of the great cork forests that characterise the Iberian Peninsula and can still be found in Catalonia and Portugal, dates only from 18th century, when the production of cork stoppers became the main objective. This was also when the first studies were made of its chemical composition by the Italian chemist Brugnatelli, and the first compendium on cork oak culture, "Azinheiras, Sovereiras e Carvalhos da Província de Além-Tejo", was published in Portugal in 1790 by Joaquim Sequeira.

In the 19th century, France, Italy and Tunisia invested in the systematic planting of cork forests and countries as different as Russia or the United States also started planting cork oaks. It was a century marked by significant developments in the cork stopper industry: in the United Kingdom the first cork stopper manufacturing machine was patented, and auxiliary equipment was invented, such as cork stopper counting and calibrating machines. For the first time, new industrial applications for cork were used, such as simple or white agglomerate for flooring discovered by the Americans. In the last years of the century, in Reims, France, the first two piece glued natural cork stoppers began to be manufactured.

In the next century, the cork industry in the different cork-producing countries began to invest more in innovation and development, launching various new products onto the market. In 1903, cork stoppers with natural cork discs and a body of agglomerate first appeared. Some years later, patents were registered for the use of cork in transmission belts and tyres and during the Second World War, this material was used in many pieces of military equipment. In the 1950s, an American company produced the first agglomerated cork tiles with a vinyl film covering. In recent decades, various initiatives have emerged aimed at research and the definition of international standards for the cork industry, including the Confédération Européenne du Liège (C.E. Liège), founded in 1987. Formed by cork federations from various countries, this organisation presented in 1996 the International Code of Cork Stopper Manufacturing Practice, a key document for quality control in the production of cork stoppers. This document describes and regulates the corresponding manufacturing processes and is still being permanently revised and updated in accordance with increasingly demanding levels of quality. 
Only two years earlier, another initiative, the Quercus Programme, had been set up with the support of the European Commission and C.E. Liège, to diagnose and eliminate the causes and components of the detested “taint”, clearly a problem that is being solved.

Finally, all the signs are that in the 21st century, cork will again enjoy the respect and admiration that the Greeks and Romans afforded it as a noble and adaptable material. Not only has the reputation of natural cork stoppers as the quintessential seal remained untouched, but in this century in which environmental concerns have became a constant, the use of a ecological, recyclable and biodegradable material such as cork has increased, particularly in innovative areas such as Design for Sustainabilityand Eco-Design. Increasingly, new generations of artists seek to create everyday objects - articles for the table, kitchen, leisure, furniture - from the “fruits of the earth”, materials that are one hundred per cent natural and contribute to environmental sustainability. In Portugal, for example, interest in the potential of cork has grown exponentially. Recently, the market was presented with an absolute innovation: a car seat with a base made from cork which halved its volume and made it three times lighter than traditional seats. The extraordinary thing about this invention is that each of these new seats can reduce the weight of a normal car by 45 kilos, thus helping to resolve two of the major problems of the automotive industry, weight and volume. Made from 60% ground cork, this cushion, besides offering the same comfort with half the volume, has the added benefit of being recyclable. The seat is a national project conceived entirely by Portuguese know-how – design, technical and scientific support –, and although it is still at a prototype stage, it has already captivated Magna, the world leader in automotive parts which has made orders worth more than 300 million euros.

Fonte: http://www.apcor.pt/artigo/historia-cortica.htm

A Cache


Esta é uma cache numa zona com algum movimento no período laboral, tenha atenção aos Muggles!!!

Esta cache contem inicialmente apenas o logbook e material de escrita, que não é objeto de troca.

Tenha atenção para deixar a cache como encontrou, bem fechada e aconchegada, para não desaparecer!

This is a cache in an area with some movement in the labor period , note the Muggles !!!

This cache initially contains only the logbook and writing , which is not subject to exchange material.

Take care to leave the cache as found , well closed and snug , not to disappear!

Additional Hints (Decrypt)

CG: Yrinenz b cebqhgb, svpbh hzn rzonyntrz! byrn rhebcrn RA: Gbbx gur cebqhpg fgnlrq n cnpxntr! byrn rhebcrn

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)