Arqueologia
Em Vila Ruiva, a necrópole medieval que se desenvolve em torno à Capela do Anjo constitui um importante elemento patrimonial, o qual, contudo, se apresenta mal preservado. De facto, com excepção do núcleo de cinco sepulturas mais perto da capela, as restantes encontram-se distribuídas por terrenos envolventes, chegando à periferia do aglomerado urbano. As sepulturas espalhadas encontram-se hoje praticamente invisíveis pela vegetação e algumas estão enterradas. E se parte estão em zonas de acesso mais difícil para o visitante, outras concentram-se junto a um caminho onde, inclusivamente, se encontram as únicas sepulturas de criança, escavadas na rocha, conhecidas no concelho.
O acesso faz-se por um estradão de terra batida, que sai daquela povoação e se dirige para a Carrapichana. As sepulturas, num total de 22, encontram-se relativamente dispersas em torno da Capela do Anjo, estando duas já no interior da povoação. Com um padrão de distribuição disperso e apresentando uma grande variedade de tipologias nas sepulturas (não antropomórficas e antropomórficas com variantes), esta necrópole parece ter tido maior período de utilização, com várias fases de construção que, possivelmente, atingiram os séculos X/XI.