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O Cálice de D. Gueda Mendes Traditional Geocache

Hidden : 10/19/2014
Difficulty:
2 out of 5
Terrain:
2 out of 5

Size: Size:   other (other)

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Geocache Description:


No Museu Nacional Machado de Castro, em Coimbra, está exposto um precioso cálice de prata dourada, oferecido em 1152 ao mosteiro beneditino de S. Miguel de Refojos de Basto por D. Gueda Mendes, nobre senhor que se movimentou na corte do conde D. Henrique e de D. Teresa e que acompanhou D. Afonso Henriques na batalha de S. Mamede. Três anos depois deste combate, D. Gueda recebeu do jovem governante do Condado Portucalense, em recompensa da sua ajuda e fidelidade, uma carta de couto para o mosteiro de Refojos, de que era patrono. Aproximadamente pela mesma altura, passou a desempenhar funções político-administrativas como tenente de Celorico, e mais tarde veio também a governar a terra de Panoias.

O cálice é uma peça românica, quer pela forma e proporções, quer pela técnica, quer pelo simbolismo da decoração. Não se sabe onde e por quem foi feito. Tem sido posta a hipótese de uma origem francesa, mas atualmente os historiadores da arte consideram mais provável a sua execução nacional, por um qualquer monge ourives de um dos mosteiros do norte de Portugal ou por um artista itinerante, religioso ou laico.

Em relação aos raros exemplares do século XII que se conhecem no nosso país, todos posteriores, o cálice de D. Gueda distingue-se pela riqueza do programa decorativo. Na base circular, além de uma inscrição dedicatória em latim de que consta o nome do ofertante e a data da oferta, apresenta quatro medalhões com o Tetramorfo, ou seja, com os símbolos dos quatro evangelistas: o touro (S. Lucas), o anjo (S. Mateus), o leão (S. Marcos) e a águia (S. João). O volumoso nó em forma de esfera achatada está recoberto por um minucioso trabalho de filigrana. Na larga copa semiesférica, sob uma arcaria sustentada por colunas, distribuem-se as imagens de Cristo e de onze apóstolos, identificados pelos respetivos nomes. Todos são figurados de pé, em posição frontal, num esquema repetitivo e convencional, mas em que o ourives procura já um tratamento individualizado na caraterização de cada personagem. O relevo é pouco acentuado; as imagens são quase planas superiormente, como é próprio da escultura da época e da técnica do esmalte. Os fundos reticulados, porém, permitem o destaque das figuras.

No seu conjunto, a iconografia do cálice de D. Gueda Mendes evoca um tema que também está presente em iluminuras de manuscritos medievais – a “Majestade Divina”: Cristo Rei na eterna glória (as arcadas representam simbolicamente o Paraíso), acolitado pelos apóstolos e pelos evangelistas (estes sob a forma dos “quatro viventes” que o Apocalipse refere).

A oferta de D. Gueda ao mosteiro de Refojos pode ser entendida como uma obrigação do patrono, mas também como um ato de piedade pessoal. Feita “em honra de S. Miguel” segundo se diz na legenda da base, a dádiva constituiu uma forma de louvar a Deus, que visa, pela intercessão do Arcanjo, garantir a remissão dos pecados do doador e a sua eterna bem-aventurança.

Testemunho dos sentimentos religiosos e da ourivesaria artística de uma época, o cálice que pertenceu ao mosteiro de Refojos é uma obra única, que mereceu em 2006 ser incluída na lista dos “tesouros nacionais” classificados.


O contentor está relacionado com o tema e contém logbook, lápis e tem espaço para troca de pequenos objectos.

Tentem ser discretos, para prolongar a durabilidade da cache.

Additional Hints (Decrypt)

N 2 zrgebf qn ivaun!

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)