CONSIDERAÇÕES:
Deste belo felino europeu, restam poucos exemplares. E, sendo um felino recatado, precisa de paz e sossêgo.
- OBSERVE E TIRE FOTOS. APENAS!
- NÃO ENTRE NO CORREDOR!
- NÃO PERTURBE! (Com um bocadinho de sorte (quem sabe?), ainda consegue avistar algum lince … ou, outro qualquer animal da sua dieta)
COMO CHEGAR?
Em Vila Verde de Ficalho (no chamado IP8, ou seja na EN-260), seguir as placas indicativas “Mourão, Safara”. Percorridos 4.56 Km e depois de descer a Serra de Ficalho, virar à direita para Leste. Sempre em asfalto (em mau estado) e após 2,3 Km, chegará à cache.
A CACHE:
Encontra-se no início do corredor de forma a não perturbar o Habitat do Lince, bem como da sua dieta.
FACTOS
O lince-ibérico (Lynx pardinus):
- é o parente menor do lince-eurasiático;
- distingue-se dos outros linces pela cor do nariz (rosa-acastanhado) e pelo tamanho das barbas (maiores); tem pincéis nas orelhas e cauda curta;
- é acastanhado com riscas pretas, barbas negras e brancas e a cauda é curta com ponta negra; as orelhas são triangulares com pequenos tufos no topo;
- pode pesar até 12 quilos na vida selvagem e em cativeiro 15 quilos;
- come entre um a três coelhos por dia;
- tem o coelho-bravo como principal alimento - constitui 85% a 90% da sua alimentação, sem esta presa não pode sobreviver; a sua dieta é complementada com perdizes, pombos e codornizes e alguns pequenos ungulados;
- caça principalmente durante o nascer do dia e o crepúsculo;
- dorme dentro de troncos ocos, dentro de grutas pequenas, etc.;
- é maior quando se trata de um macho;
- acasala em média cerca de 50 vezes por ano;
- tem apenas uma época de cria por ano, sendo a sua reprodução sazonal (acontece no Inverno);
- tem, normalmente, entre 2 e 4 crias em cada ninhada.
O lince-ibérico é uma das espécies mais ameaçadas do planeta, a espécie de felídeo (ou felino) mais ameaçada do mundo e o carnívoro mais ameaçado da Europa. Em Portugal, a espécie vive numa situação de "pré-extinção.
A urbanização, a caça, os atropelamentos e sobretudo duas epidemias virais que atingiram os coelhos - a principal fonte de alimentação do lince-ibérico - provocaram a quebra dramática da população de linces na Península Ibérica.
Estima-se que existam cerca de 200 linces-ibéricos a viver em estado selvagem, a maioria em parques naturaisno sulde Espanha.
A conservação do lince-ibérico em Portugal rege-se pelo Plano de Acção para a Conservação do Lince Ibérico em Portugal, de 2008 (até 2012), com o objectivo de viabilizar a conservação da espécie em território nacional, invertendo o processo de declínio que conduziu à situação de pré-extinção.
O Plano de Acção para a Conservação do Lince Ibérico aponta como áreas prioritárias de intervenção, para futura reintrodução do lince-ibérico in-situ em Portugal: Moura-Barrancos, Malcata, Nisa, São Mamede, Guadiana,Caldeirão, Monchique e Barrocal.