O guerreiro tinha partido.. Para trás deixou a sua aldeia, a tribo e a sua amada.
Partiu sem olhar para trás....
Com o coração triste e pesado, afastou-se de tudo o que amava.
Por instantes, fechou os olhos e recordou o rosto angelical da sua amada.
Cerrou os punhos e apertou as mãos com tamanha força até sentir as unhas cravarem-se na carne!
- Não!!!! - Os inimigos teriam de passar por ele antes de conseguir chegar á aldeia que o viu nascer.
Cheio de bravura, e, de passo decidido, avançou em direcção ao poente onde uma horda de inimigos tinha sido avistada a desembarcar.
Alguns dias depois, finalmente, chegou ao campo de batalha não muito longe de uma aldeia recém saqueada.
E em segundos viu-se envolvido numa nuvem de pó repleta de armas (espadas, foices, lanças,...) brandidas no ar e de onde se ouviam alguns gritos de morte.
Sacou a espada herdada dos seus antepassados e desafiou os deuses do céu e toda a orla invasora.
- Que o sangue corra incansávelmente por esta espada! E este que seja o dos inimigos!
Deu um passo para o campo já em si, banhado de sangue... E atirou-se com toda a fúria contra a frente inimiga.
Ela revia mentalemente estes últimos longos dias passados no cimo do monte enquanto esperava pelo seu regresso.
Noites de vigia à janela... Noites de solidão no seu humilde lar.
Fechava os olhos e recordava as suas feições, os seus olhos e o seu sorriso. E a saudade batia com toda a força no peito.
A noite caía cada vez mais cedo e o frio chegava mais incisivo a cada dia. Lentamente, ela cobria os ombros com um xaile e regressava a casa.
Acendia o lume na lareira e colocava uma candeia junto à janela. Deitava um olho ás estrelas cintilantes e á lua em fase minguante na espera de um sinal do seu amado.
Mais uma vez, rezou aos deuses para que o protegessem naquela nova investida.
Já um mês tinha passado e ela não tinha qualquer notícia do seu guerreiro.
De novo fechou os olhos e tentou recordar-se do seu rosto, mas as brumas da memória teimavam em toldar a imagem do rosto do seu ente querido. Uma efêmera imagem cravada na sua mente que como um fantasma vagueava sem destino.
Os dias e as noites sucediam-se de forma imperturbável... Como se nada estivesse a acontecer.
Como se não houvesse uma invasão algures a oeste. Como se aquele silêncio nocturno apenas entrecortado pelo piar de um mocho próximo fosse a única realidade imutável.
Mesmo ali ao lado, o lume crepitava na chaminé.
Ela encostou-se então na cadeira revestida a pele de raposa e já cossada e desgastada pelo uso. E dobrada sobre si mesma, adormeceu num sono profundo.
Um sono que a levou bem longe até ás extensas planicies do oeste onde a batalha se desenrolava.
Séculos passaram... Mas a lenda do guerreiro que lutou ferozmente até ao último inimigo sobreviveu ao longo dos tempos.
Não existem relatos concretos sobre o ocorrido mas, sabe-se que a aldeia foi poupada á invasão inimiga.
Apenas fica a história da bravura de um heroí que deu a vida pela sua aldeia.
Heis aqui o monumento a a este bravo guerreiro!
Estarás tu à altura do guerreiro? Fica aqui o desafio?
Vini, vidi, vici!;)
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Boas cachadas!