Dados históricos:
A história e vida da Caranguejeira perderam-se nos tempos. Sabe-se que esta região acusa já a presença humana desde tempos imemoriais, nomeadamente na Paleolítico – ou seja na Idade da Pedra -, como o atestam os achados arqueológicos do Vale do Lapedo com mais de 25.000 anos, aqui mesmo ao lado.
O achamento de objectos de cobre, entre os quais dois machados chatos, nas margens da Ribeira de Caldelas do período Calcolítico – período entre a Idade da Pedra e a Idade do Bronze – dá conta da ocupação humana também neste período.
A existência de um Castro – nunca explorado – no Souto do Meio, que poderá ser da Idade do Bronze, da Idade Pré-Romana ou mesmo Romana, vêm-nos confirmar que a ocupação da Caranguejeira pelo Homem se manteve, pelo menos, desde o Paleolítico até à ocupação Romana que aqui deixou importantes vestígios e, consequentemente, até aos nossos dias.
Por volta dos séculos XII ou XIII, certamente por razões ligadas à Reconquista Cristã das terras ocupadas pelos Mouros a sul do Mondego, esta região terá ficado despovoada, pelo que houve necessidade de proceder ao seu repovoamento e acourelamento.
Não se sabe qual a origem do seu nome, se romana ou posterior. Pinho Leal, no seu livro “Portugal Antigo e Moderno”, diz que o nome se deve ao facto de aqui existirem em abundância ameixas da espécie “Caranguejeira”.
A Caranguejeira pela sua orografia é uma terra de contrastes e recantos paradisíacos, com um vale verdejante onde ocorrem duas ribeiras que ao juntarem-se formam a ribeira da Caranguejeira, alimentadas por dois abundantes olhos de água: o Olho da Fonte e o Olho do Seixo, no Vale Sobreiro, um pinheiral imenso e a Serra da Caranguejeira, onde se situa uma parte importante da zona habitacional da Freguesia, das faldas da qual se espraiam os olhares no colorido da ribeira, na brancura do casario e na mancha verde escura do pinhal que se estende a perder de vista até ao horizonte.
Igreja Matriz - Património histórico
A principal igreja da freguesia conta com cinco altares: o primeiro é dedicado a S. Miguel, com as imagens deste santo, do Divino Espírito Santo, S. Cristóvão e S. Sebastião; no segundo está encerrado o Sagrado Coração de Jesus; o terceiro é consagrado a N. Sra do Rosário, onde estão também as imagens de S. António e S. Brás; o quarto sustenta a imagem de N. Senhora da Conceição, feita em 1628; no quinto venera-se além de S. Miguel, Santa Catarina e S. Vicente.
A cache: Pretendemos dar a conhecer a igreja Matriz da Caranguejeira. De referenciar que nos dias de maior afluência religiosa em Fátima, os arredores da igreja enchem se de tendas e peregrinos, fazendo da vila da Caranguejeira um local de passagem e descanso para os milhares de peregrinos.
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Esperemos que apreciem a igreja e todo o seu espaço envolvente!