Casas da Gandarinha
Neste local existiu o antigo Convento de Nossa Senhora da Piedade, construído por iniciativa do IV Conde de Monsanto, D. António de Castro, que nele desejava instalar o primeiro Colégio Português de Filosofia, tendo as obras sido concluídas em 1641. Arruinado quase totalmente pelo terramoto de 1755, o Convento não foi reconstruído ainda que os frades continuassem a habitá-lo. A história do Convento, até 1834, está descrita na Crónica dos Carmelitas Descalços, ordem religiosa que o ocupou até essa data. Quando, nesse ano, as ordens religiosas foram extintas, o Convento ficou votado ao abandono e em ruína. Depois de passar por diversos proprietários foi adquirido pelo Visconde da Gandarinha, em finais do século XIX, que ali mandou instalar o seu palácio de veraneio.
Já em meados do século XX o edifício foi adquirido pela família Espírito Santo e, em 1977, a Câmara Municipal de Cascais tomou posse, por escritura de doação, da Sociedade Casas da Gandarinha SARL, com a salvaguarda da utilização da capela com actos de carácter religioso pela autoridade eclesiástica local sempre que para esse efeito fosse requisitada.
Algumas adversidades levaram a sucessivos adiamentos da recuperação do antigo convento, que começou a ser executada em Março de 1994, num projecto faseado. Reconstruído segundo projecto do Arquitecto Jorge Silva a partir das chamadas “Casas Cor-de-Rosa da Gandarinha”, e de linhas inspiradas no antigo convento, o Centro Cultural de Cascais veio a ficar concluído praticamente na viragem do milénio.
O Centro Cultural de Cascais estende-se por 3 amplos pisos. No piso térreo, além do espaço de Recepção, articulam-se 4 salas de exposições, uma das quais na nave central, geralmente dedicada à exibição de gravura, que é precedida por pequena sala de espera e zona de bar, que por sua vez dá acesso ao pátio interior do antigo convento.