nome desta fronteira deve-se ao facto de existir uma série de marcos fronteiriços na zona de passagem que delimitam a Raia. A linha da fronteira decorre nesta região que separa a Terra de Miranda da região zamorana de Aliste normalmente pelos cumes das pequenas elevações que nunca foram um entrave para as comunicações se exceptuarmos o caso de Villarino Tras la Sierra e Vale de Frades, onde a aldeia espanhola fica do lado de aquém, isto é «isolada» do resto das aldeias espanholas vizinhas. Estas pequenas serras não atingem uma altitude importante. Enquanto as aldeias ficam, no geral, num planalto que oscila entre os 750 e os 780 metros, tanto do lado do Planalto Mirandês como da região alistana, as colinas que servem de limite não costumam ultrapassar os 900 metros. Serve de separação física e até psicológica de um país e outro mas realmente não nas comunicações que, entretanto, sempre foram muito intensas ao longo da História. Famosas são as estórias ligadas ao contrabando e a emigração nas décadas de quarenta até setenta. Um facto que mostra que as relações de um lado e do outro da fronteira é a recente celebração da romaria de Nossa Senhora da Luz, da qual teremos ocasião de falar mais adiante.