«O Doiro sublimado. O prodígio de uma paisagem que deixa de o ser à força de se desmedir. Não é um panorama que os olhos contemplam: é um excesso de natureza.
Socalcos que são passados de homens titânicos a subir as encostas, volumes, cores e modulações que nenhum escultor pintou ou músico podem traduzir, horizontes dilatados para além dos limiares plausíveis de visão. Um universo virginal, como se tivesse acabado de nascer, e já eterno pela harmonia, pela serenidade, pelo silêncio que nem o rio se atreve a quebrar, ora a sumir-se furtivo por detrás dos montes, ora pasmado lá no fundo a reflectir o seu próprio assombro.
Um poema geológico. A beleza absoluta»
Miguel Torga in "Diário XII"
"Bixos" um dos livros escritos pelo poeta conta com (_X_) edições de autor. (Usa a imagem de Miguel Torga)
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N 41º 9.(309-X) W 7º 38.(239+X)