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(Campo da) Feira de Barcelos Mystery Cache

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Bitaro: Olá nodgob,
Esta geocache foi arquivada por falta de uma resposta atempada e/ou adequada perante uma situação de falta de manutenção.
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O dono da geocache é responsável por visitas à localização física.

Você é responsável por visitas ocasionais à sua geocache para assegurar que está tudo em ordem para funcionar, especialmente quando alguém reporta um problema com a geocache (desaparecimento, estrago, humidade/infiltrações, etc.), ou faz um registo "Precisa de Manutenção". Desactive temporariamente a sua geocache para que os outros saibam que não devem procurar a geocache até que tenha resolvido o problema. É-lhe concedido um período razoável de tempo - geralmente até 4 semanas - dentro do qual deverá verificar o estado da sua geocache. Se a geocache não estiver a receber a manutenção necessária ou estiver temporariamente desactivada por um longo período de tempo, poderemos arquivar a página da geocache.

Se no local existe algum recipiente por favor recolha-o a fim de evitar que se torne lixo (geolitter).

Uma vez que se trata de um caso de falta de manutenção a sua geocache não poderá ser desarquivada. Caso submeta uma nova será tido em conta este arquivamento por falta de manutenção.

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Hidden : 1/23/2014
Difficulty:
3.5 out of 5
Terrain:
3 out of 5

Size: Size:   small (small)

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Geocache Description:

A cache não se encontra nas coordenadas publicadas. Nesse local encontrará um importante e belo chafariz da cidade de Barcelos que aconcelho a visitar e se possível fotografar para incluír no seu log.

(Campo da) Feira de Barcelos

A Feira de Barcelos é realizada semanalmente, às quintas. Representa uma das mais mediáticas de Portugal, onde se podem encontrar vários tipos de artigos: Artesanato, vestuário, legumes, fruta, animais, entre outros.

 

Esta feira dá o nome (popular) ao campo onde se realiza, o Campo da Feira. O espaço amplo permite que semanalmente naquele lugar se levante quase uma nova cidade dentro da cidade, tal é a quantidade de tendas que se montam nesses dias, organizadas em labirínticos corredores. A feira está dividida em várias zonas, consoante o tipo de artigos que os feirantes vendem. Não há barcelense que não tenha orgulho na mesma, ocupando esta um espaço que já ultrapassou a simples tradição, sendo já um marco cultural da cidade. Para os que gostam de fotografia é um espaço rico em diversidade, não só nos produtos que a caracterizam e pintam com cores vivas e diversas, como também numa convivência de várias etnias, uma característica mais notória na altura em que realizam as Festas das Cruzes. Estas festas, que se realizam no início de Maio atraem à cidade milhares de pessoas, não só de Barcelos, como de outros pontos do país e norte de Espanha, que fazem questão de visitar a cidade. Nessa altura, é instalada uma feira que dura vários dias, onde não faltam tendas, restaurantes e as diversões ao estilo da Feira Popular, com os já famosos carroceis, casas assombradas, carrinhos de choque, matraquilhos e outras diversões que fazem as delícias de miúdos e graúdos. Esta relação do Campo da Feira com as festividades acontece de forma inevitável: O templo do Bom Jesus da Cruz aparece elevado perante a largura do espaço, com a Igreja da Misericórdia em pano de fundo. Terá aliás, segundo reza a lenda, sido aqui que o sapateiro João Pires avistou a cruz negra, com um tamanho considerável, no dia 20 de Dezembro de 1504, sendo o palco daquele que ficou conhecido como o Milagre das Cruzes. Toda a cidade se altera nesta altura e são erguidos arcos evocativos de cada uma das freguesias do concelho de Barcelos, que se apresentam a quem passa na Avenida da Liberdade. É todo um espaço que se ocupa, em torno do qual se une a necessidade de celebrar histórias e estórias de outros tempos, onde realidade e ficção se misturam. O campo da Feira, que em tantos outros dias do ano se apresenta como uma solução da cidade para o estacionamento de viaturas, acaba por contrastar quando é ocupado por todo um reboliço humano, onde se promovem encontros e desencontros, tanto entre os que já se conhecem à muito tempo, como aos que acabam de se conhecer. Percorrer o campo num dia de feira é uma experiência que nos prende os diversos sentidos. Seja pelo burburinho constante, do qual nunca nos conseguimos alienar, aos cheiros que pairam pelo ar, ou às vozes dos vendedores, que fortes, se fazem sentir e não nos deixam indiferentes. O pulsar de sensações na zona convida a que nos envolvamos nas diversas histórias que por lá se colocam à disposição de quem as queira seguir, sempre envoltas num ambiente que nos aguça os sentidos: Uma sucessão hipnótica de imagens, sons, aromas, sabores e texturas que nos leva, a viajar pelos muitos anos de tradição desta feira. Apesar de ser denominado pelos locais como Campo da Feira, o nome oficial do mesmo é Campo da República. Ao seu centro está situado um chafariz de construção barroca, com secção hexagonal e assente em pódio de dois andares, desenhado em 1621 pelo Arquitecto João Lopes de Amorim, que foi um representante notável do Renascimento e Maneirismo no noroeste de Portugal.De importante valor arquitectónico é também de salientar o Jardim dos Assentos, ou Jardim das Barrocas, que como o nome indica se trata de um espaço eminentemente barroco, construído entre 1780 e 1783 para dotar a zona envolvente de um cenário que se ajustasse às construções vizinhas, nomeadamente o templo do Senhor Bom Jesus da Cruz. Jardim disposto de forma harmoniosa, com fachadas rasgadas por janelas. Há elementos que quando analisados remetem para uma possível inspiração de origem maçónica e iluminista, como é o caso do chão, que apresenta um padrão em xadrês e dos obeliscos que se apresentam nos lados da escadaria em estilo João V, muito apreciada por estudiosos da área. Este jardim apresenta duas fontes e uma série de percursos sempre acompanhados de pequenas sebes exemplarmente cuidadas e arranjadas.

Ainda a propósito da Feira de Barcelos, a mesma tem origem num pedido de D. Afonso I, conde Barcelos ao regente D. João, que a concedeu em carta a 19 de Fevereiro de 1412. No início a mesma tinha periodicidade anual e duração de 15 dias, começando ao dia 1 de Agosto. Apesar da falta de documentos, a mesma terá sido feita de início dentro do espaço muralhado, à imagem do que terá acontecido em muitas outras localidades, tendo ao longo do seu crescimento sido deslocada para espaços exteriores, com mais área. A mesma terá também passado por diversos locais próximos da zona muralhada até se fixar onde está actualmente.

A Feira de Barcelos é sem sombra de dúvidas uma das maiores riquezas do concelho: além de todos os factos que já foram referidos, convém sempre lembrar que representa um importante ponto para a economia regional, movimentando negócios não só dentro de si própria, mas também para o comercio local, tal é a quantidade de pessoas que a ela se deslocam todas as semanas.

Fica desde já o convite a todos que ainda não visitaram a Feira de Barcelos que o façam, e aproveitem para se embrenharem na sua diversidade e riqueza únicas.

 

A Feira de Barcelos e seus espaços envolventes servem também de inspiração a artistas e autores da zona e de fora, que nela se inspiram para a produção de trabalhos, pensamentos e histórias, de importante valor.

 

Por aquela zona dita 'mágica' teriam passado artistas de renome, que cá se vieram inspirar. Caminhavam pela azáfama de tendas e bancas amontoadas, onde tudo poderia estar, ou quase tudo. Naquele dia andavam à procura de algo que ainda não sabiam bem o que era, apenas com a certeza que lá, naquele local poderiam encontrar algo de inestimável valor.

Seguiram decididos o seu caminho conversando sobre temas que tanto podiam tratar de arte, como de filosofia, ou até mesmo de linguagens que ainda não tinham sido inventadas. Falaram sobre o desenho, como uma linguagem universal, pictórica. E nesses desenhos se perderam. Ao olhar as recentes fotografias de satélite da zona onde se deslocavam, repararam que há elementos que por si sós representam corpos ou formas singulares, mas que quando se encontram em proximidade com outros representam um todo, que pode fazer parte de um outro todo. Dedicaram-se a contar as arvores que conseguiam observar do céu. Depois contaram os ramos, as ruas e as pedras que as cobrem. Contaram até ao número do infinito e depois do infinito para o zero.

No seu caminho foram absorvendo com perícia todos os factores de subjectivação que lhes apareciam. Encontraram galos, feitos em barro e pintados à mão, símbolos daquela localidade. Existiam em todos os tamanhos que se possam imaginar. Existia até um que se conseguia ver da lua, que teria sido cozinhado e se teria levantado para cantar e salvar um pobre peregrino que seguia a sua demanda em direcção a Santiago de Compostela.

Conversaram sobre a matemática que há para além da razão. Trocaram ideias até ao ponto em que as ideias de um se fundiam com as do outro e geravam novas ideias.Inevitavelmente conversaram sobre a cultura visual. Qual a relação das palavras com os signos visuais? Como tem a nossa capacidade de problematizar vindo a ser aniquilada pelo crescente bombardeamento a que somos sujeitos com imagens? Como fomos perdendo a capacidade de ver para além do que é óbvio?

Chegaram à conclusão que estavam a colocar demasiadas questões e que as respostas não seriam imediatas. No local, foram recolhendo experiências e um misto de sensações. Encontraram um homem que expunha uma banca vazia. Ao início achavam que já teria vendido todos os artigos que trouxera para a feira naquele dia. Mas não. Aquele estranho homem, cuja pele estava carregada de rugas, ganhas com anos de vivência e exposição ao sol fazia a sua vida a vender silêncios e não coisas. Tinha decidido que não iria tratar os objectos como algo cujo valor se media em moedas ou notas. Achava aliás parvo que Fenícios, Gregos e Cartagineses através das suas trocas comerciais tivessem dado às trocas comerciais de produtos o advento do grande mal que hoje consumia a humanidade. Nunca tinha aprendido a ler, ou a escrever, daí que tratava os signos escritos e números como simples imagens, desenhos. Uns eram feitos à mão com materiais que riscam uma superfície, outros eram impressos por grandes máquinas. O alimento diário eram sonhos que guardava à noite numa caixa forte à qual só ele sabia aceder. Sabia contar os números, as palavras e as letras que compunham as palavras, mas não sabia escrever por extenso o valor das palavras, das letras ou dos números. Nem sabia que valor lhes devia atribuir, nem porque os homens faziam guerras à custa deles.

Após uma longa troca de silêncios decidiram seguir a sua demanda, na busca de algo que não sabiam o que era. António, era um pintor da cidade que naquele dia se preparava para mais uma pintura. Debaixo do braço levava um velho cavalete de madeira, uma caixa com tintas e pincéis e uma tela, tão grande quanto o espaço que queria representar. O seu olhar via o que outros não vêm. Ficaram para ver o que se iria passar ali e foi com a naturalidade de quem diz um bom dia que não precisa de ser dito, que viram tintas de óleo misturarem-se com terebintina, numa fusão de aromas que se confundiam com as imagens que nunca ninguém pintou.

O pintor iniciou o seu ritual e a cada pincelada que era dada perceberam que não havia muito que enganar: individualizando e adicionando, perceberam como se chega a um todo. Essa totalidade apresenta-se igual a todos, mas cada um poderá percorrer caminhos vários para se aperceber da mesma: Uns olharão directamente para ela e perceberão as suas estruturas, outros, construirão essa totalidade através de pequenas parcelas que vão empilhando até que o todo possa ser visto do nada.

Nunca satisfeitos, prosseguiram, como se nada os pudesse afastar do caminho certo. Continuaram a conversar e a trocar ideias, que tanto se tocavam aqui e ali, como se afastavam completamente. Decidiram que era altura de separar os caminhos que percorriam para transformar aquela numa experiência rizomática ao estilo do que haviam teorizado Gilles Deleuze e Félix Guattari. Sabiam que os seus caminhos se cruzariam novamente no final, com novas experiências e uma subjectivação pessoal dos conceitos que haviam construído até aquele momento. Fizeram as despedidas sem dizer adeus. Olharam nos olhos um do outro fixamente durante alguns segundos, sabendo que se preparavam para embarcar numa nova demanda, pessoal. Houve no entanto tempo para um final pensamento conjunto, que não seria já só deles, mas de todos os outros que os rodeiam. Antes de terminarem a sua demanda conjunta, sentiram que era altura de deixar um legado a todos os que se interessaram pela sua estranha aventura e pensamentos gerados pela mesma. Pediram para transmitir a mensagem, que, agora afortunado se prepara para terminar a leitura deste texto, já terá lido ao cair do ponto a localização de tão desejado tesouro.

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Additional Hints (Decrypt)

An gbpn. Rfgvpn-gr, yrin hz nzvtb bh hz onapb!

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)