O Sobreiro era designado pelos romanos de Suber e foi dai que veio a sua denominação científica em latim do seu género sendo a sua espécie Quercus Suber. Atinge 10 a 20 m de altura. Copa ampla e pouco densa. Tronco ramificado em grossas pernadas e revestido por casca acinzentada, algo enegrecida, espessa e fendida: a cortiça. Quando explorada, aparece uma casca lisa e vermelho-escura. Folhas persistentes, verde-escuras na página superior, esbranquiçadas na inferior, alternas, simples, mais ou menos ovadas ou lanceoladas, com 2 a 10cm de comprimento, de margens inteiras, remotamente serradas ou denticuladas. Flores masculinas e femininas dispostas em amentos interrompidos. Floração de Abril a Maio, prolongando-se até ao Outono com menos intensidade. O fruto, bolota, apresenta várias épocas de maturação: de Setembro a Fevereiro, da floração de Abril e Maio; e até ao final da Primavera, da floração outonal.
SOBREIRO
LOCALIZAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO Espontâneo em Portugal. Tolerante quanto a solos, desde que não sejam calcários e compactos. Exigente em humidade, não suporta geadas. Encontra-se em quase todo o país, espontânea ou cultivada, nas encostas pouco elevadas, principalmente no Alentejo Litoral, Bacia do Tejo e Terra-Quente de Trás-os-Montes. Está frequentemente associado à azinheira e ao carvalho cerquinho, mas também existe em matas estremes (onde só habita uma espécie)
OBSERVAÇÕES O sobreiro é explorado essencialmente pela cortiça. Bom isolador térmico e acústico, ela é utilizado com diversas finalidades: cortiços de abelhas, rolhas, tapetes, palmilhas, etc; os desperdícios são utilizados nas indústrias de linóleo, serradura de cortiça, fabricação de aglomerados e outras. Em Portugal, as tiradas de cortiça fazem-se de 9 em 9 anos. A bolota serve de alimento para o gado suíno. A madeira dá boa lenha. Desmatações, podas e descortiçamentos abusivos e excessivos do sobreiro têm contribuído para o desequilíbrio ecológico. Hoje, as lentas modificações que se têm verificado no sector suberícola, aconselham determinadas medidas de reabilitação do montado: A epiderme do caule e dos ramos do sobreiro é constituída uma camada geradora que, ao diferenciar-se, constitui um tecido de proteção, designado por cortiça. Em cada ano, os sobreiros produzem uma espessura de cortiça variável, de 1 a 10 mm, conforme as idades da cortiça e da árvore, o seu estado de saúde e as condições ambientais. A floração, que ocorre num período prolongado (normalmente de Abril a Junho), durante o ciclo vegetativo anual da árvore que se manifesta por períodos alternados de atividade e repouso, dá origem a flores masculinas delgadas e longas (os amentilhos) e as flores femininas que dão origem a frutos (as glandes). O sobreiro começa a fortificar de forma alternada por volta dos 15 a 20 anos e, em virtude do muito prolongado período de floração, os frutos não amadurecem simultaneamente (mas sim por camadas, com diferentes designações) requerendo cerca de nove meses para amadurecer e assumindo formas e dimensões muito diferentes de árvore para árvore.
A Cache: Está envolvida na natureza por isso preserva bem, leva com que escrever e diverte-te com as paisagens.