Geração X, também abreviado como Gen X, é o termo que se refere a geração nascida após o 'Baby boom'. Embora não haja acordo em relação ao período que a expressão abrange, ela geralmente inclui as pessoas nascidas a partir do início dos anos 60 até o final dos anos 70, podendo alcançar o início dos anos 80, sem contudo ultrapassar 1984.
O problema decorre da dificuldade em definir exatamente uma geração em função do ano de nascimento.
O termo, também, foi usado em diversos tempos e lugares para referir-se a várias subculturas e contraculturas diferentes desde 1950. O termo Geração X foi inventado pelo fotógrafo da Magnum, Robert Capa, em 1950. Ele iria usá-lo mais tarde como título de um ensaio fotográfico sobre homens e mulheres jovens que cresceram imediatamente após a Segunda Guerra Mundial. O projeto emergiu em “Picture Post”, Reino Unido, e “Holiday”, EUA, em 1953. Descrevendo a sua intenção, Robert Capa disse: “Nós nomeamos esta geração desconhecida como Geração X e, mesmo no nosso primeiro entusiasmo, percebemos que tínhamos algo muito maior do que os nossos talentos e bolsos poderiam lidar”. O escritor John Ulrich explica: 'Desde então, Geração X sempre significou um grupo de jovens, aparentemente sem identidade, a enfrentar um incerto, mal definido, talvez hostil, futuro. Aparições posteriores do termo, em meados dos anos 1960 e meados de 1970, mudaram a sua abrangência de geração global, atribuída por Robert Capa, para conjuntos específicos de subculturas da juventude britânica, constituídos principalmente de homens brancos da classe trabalhadora, desde os mods e seus rivais os rockers até à subcultura punk, mais abertamente contestadora'.
O termo foi usado, por Jane Deverson, num estudo em 1964 a respeito da juventude britânica. Jane Deverson foi convidada pela revista Woman's Own para entrevistar os adolescentes da época. O estudo revelou uma geração de adolescentes para quem era normal manter relações sexuais antes do casamento, que não acreditavam muito em Deus, que não gostavam da Rainha Elizabeth II e não respeitavam os pais. Antes mesmo de ter-se cunhado o termo Geração Apática, ou Slacker Generation, a peça foi considerada inadequada para a revista. Jane Deverson, numa tentativa de salvar a sua pesquisa, trabalhou com o jornalista Charles Hamblett para criar um livro a partir do estudo. Hamblett decidiu nomeá-lo Geração X.
O termo foi popularizado pelo romance “Geração X: contos para uma cultura acelerada”, 1991, do autor canadense Douglas Coupland, sobre os jovens do final dos anos 1980 e seu estilo de vida. Enquanto o livro de Coupland ajudou a popularizar a expressão “Geração X”, um artigo de uma revista em 1989, erroneamente, atribuiu o termo ao músico inglês Billy Idol. Na verdade, Billy Idol foi membro da banda punk Generation X de 1976 a 1981, cujo nome foi adotado após a publicação do livro de Deverson e Hamblett, em 1965, uma cópia do qual foi adquirida pela mãe de Billy Idol.
Nos EUA, Generation X originalmente referia-se a 'baby bust', geração assim nomeada por causa da queda da taxa de natalidade após o “Baby boom”.
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