Manuel Francisco do Estanco Louro nasceu a 6 de Setembro de 1890, no sítio do Alportel, em S. Brás de Alportel. Iniciou estudos na sua terra natal e desde cedo deu provas de grande inteligência. Terminada a 4ªclasse, prosseguiu os estudos no Seminário de São José, em Faro tendo abandonado o curso de seminarista, por falta de vocação. Licenciado em Filologia Românica (1919) e Direito (1922), cursou Estudos Camonianos na Faculdade de Letras de Lisboa e, durante alguns anos, acumulou a actividade de professor liceal com a de advogado. Jovem sonhador, de elevados ideais, lutou fervorosamente pelo bem da sua terra. Em 1925, após 12 anos de longo e árduo trabalho de investigação, concluiu a obra monumental «O Livro de Alportel – Monografia de uma Freguesia Rural - Concelho», que veio a ser publicada 3 anos depois e constitui, ainda hoje, uma modelo nacional e internacional no seu género. Como referência que continua a ser no mundo das letras, a 8 de Novembro de 2003, a Biblioteca Municipal recebeu o seu nome, como patrono, em homenagem ao ilustre investigador, etnógrafo, linguista e professor são-brasense.
«O Livro do Alportel» é uma monografia constituída por 5 partes que abordam a geografia, a história, a vida económica, a vida mental e a vida social dos são-brasenses, trata-se de uma obra pioneira de pesquisa multi-disciplinar.
Alguns exemplos de vocabulário tipicamente alportelense referido e traduzido na obra:
» baracinha – corda delgada, em regra, feita de palma, torcida em dois ramais;
» cachola – fígado e, quase sempre, pulmões, pâncreas e faringe (carne consumida em dias de matança de porco);
» machuna e machorra – rapariga que não observa os preconceitos do sexo, portando--se como um rapaz;
» pangaio – cobertura de pano ou ramos, sobre estacas, para abrigar de calor.
A cache
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