O atual templo foi erguido por iniciativa do padre Manuel Pereira, abade no período de 1901 a 1918. As obras foram iniciadas a 18 de abril de 1910, com projeto de Manuel Soares de Almeida.
A Implantação da República Portuguesa (outubro de 1910) frustou a obtenção dos recursos solicitados à Monarquia pela Câmara Municipal, tendo se registado ainda, durante as obras, o falecimento do padre Manuel Pereira (1916). Ainda assim o esforço da comunidade logrou alcançar a conclusão do templo, inaugurado solenemente pelo novo abade, padre José Maria Francisco dos Santos, em 18 de agosto de 1918.
A fachada do templo foi revestida com azulejos no período de 1921 a 1923.
Ao longo das décadas, foi objeto de beneficiações, entre as quais se destacam, à época do abade João Gonçalves Marinheiro (1937-1943), a douração dos altares e, na do padre Joaquim dos Santos Cunha (1943-1969), o acréscimo de dois altares, um com a imagem de Nossa Senhora de Fátima, ofertada por Alfredo Rola (1953), e outro com a de Nossa Senhora da Assunção, oferta de Jovelino Costa (1959). Em 1956 foi construido um novo batistério, onde se destaca um painel deazulejos representando o batismo de Cristo, oferta de João Violas. Na mesma época foram aplicados dois painéis de azulejo na capela-mor, um representando a 'Ceia do Senhor', oferta de Joaquim Rola, e outro a 'Pesca Milagrosa', oferta de Jovelino e Norberto Costa. O mesmo abade mandou construir um altar 'versus populum'.
Sob o abade Manuel Dias, todo o exterior do templo foi revestido a azulejos.
O templo sofreu intervenção de conservação e restauro, sendo reaberta ao público, com a presença do bispo do Porto, em 9 de maio de 1993. Foram substituídas a armação do telhado e a abóbada da capela-mor e da nave principal, de estuque, por outra, em cimento armado.
Encontra-se classificada como Imóvel de Interesse Público, juntamente com os jazigos do Cemitério Velho, ao lado da igreja.17 Este últimos foram executados entre o final do século XIX e o início do XX e caracterizam-se pela utilização de um vocabulário revivalista, nomeadamente pelo trabalho escultórico das suascantarias, pelos gradeamentos em ferro forjado e, também, pelo recurso ao revestimento azulejar, configurando um conjunto de grande homogeneidade.
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