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Difficulty:
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Terrain:
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A história de uma cana de bambu
Adélio Torres Neiva
Era uma vez, não me lembro bem onde. Só sei que havia lá um lindo jardim que só de vê-lo era um sonho. Ficava ali mesmo em frente da casa do Senhor, que não resistia à tentação de por ali passar todas as tardes a saborear a brisa e a sombra.
No jardim, quase ao centro, uma cana de bambu chamava logo as atenções. Alta, elegante, bela como poucas. Não admira que o senhor tivesse um fraco por ela. Por ser bela, mas talvez também por crescer mais que todas as outras plantas, talvez por se manter rectilínea e graciosa, não obstante os ventos do inverno e os calores do verão.
A cana bem sabia desta preferência do seu senhor e toda se lisonjeava. Um belo dia, o senhor avizinhou-se dela, um pouco contrafeito, como se tivesse más novas para dar. E quase sem levantar o olhar, disse-lhe a medo: - ‘ Caro bambu, preciso de ti’. Foi ouro sobre azul. – ‘ Senhor’, diz o bambu, feliz como nunca o vistes, ‘ sou todo teu; faz de mim o que quiseres’. Bom de ouvir, se não fosse o que vem a seguir: -‘ Bambu’ – o senhor não sabia mesmo por onde pegar – ‘ para usar os teus serviços, vou precisar de te abater!’. – ‘Abater-me?!’... O senhor não podia estar a falar a sério. Então para que fez de mim a mais bela árvore do seu jardim? – ‘ Não, por favor, tudo menos isso!’.
O senhor não se zangou. Quem é que aceita uma coisa destas sem barafustar? Mas também não desarmou: - ‘Meu caro bambu, se não te abater, não posso usar-te!’. E ficaram os dois em silêncio, sem nenhum saber o que mais dizer. Até o vento parou e os pássaros se detiveram sem pio para cantar. Lentamente, muito lentamente, o bambu inclinou as folhas, lindas que eu sei lá e disse, muito baixinho, quase como um segredo que custa a dizer: -‘Senhor, se não podes usar-me sem me abater, faz de mim o que quiseres e está bem, abate-me!’. – ‘Meu caro bambu’, disse de novo o senhor, ‘ eu ainda te não disse tudo: não devo só abater-te, mas preciso de tirar-te as folhas e os ramos’. – ‘ Ó senhor, não me faças isso; deixa-me, ao menos, as folhas e os ramos! Sem folhas e sem ramos, que farei eu no jardim?’.
E outra vez o senhor: -‘Se não posso tirar-te as folhas e os ramos, não poderei usar os teus serviços’. Então o sol não quis ouvir mais e escondeu-se; os pássaros fugiram do jardim para não saberem do resto. E, a tremer, o bambu conseguiu ainda dizer: -‘Está bem, senhor, corta-as’. –‘ Meu caro bambu, tenho ainda uma coisa que me custa muito a pedir-te. Trei de te cortar em dois e tirar-te o miolo. Sem isso, não poderei usar-te’.
O bambu já não pôde falar; inclinou-se por terra e ofereceu-se todo ao seu senhor. Assim, o senhor do jardim abateu o bambu, tirou-lhe os ramos, cortou-lhe as folhas, partiu-o em dois e extraiu-lhe o miolo. Depois, levou o bambu para junto de uma fonte de água fresca que ficava perto dos seus campos, que há muito morriam de sede ali á beira da fonte. E com todo o carinho, ligou uma ponta do bambu á fonte e a outra ao campo.
A fonte dava água, o bambu começou a levar a água para o campo que há tanto tempo esperava por ela. E o campo começou a reverdecer. Quando a primavera chegou, o senhor semeou ali arroz e os dias foram passando até que a semente cresceu, o tempo da colheita chegou e o senhor pôde alimentar toda a sua casa.
Quando era grande, belo e gracioso, o bambu vivia e crescia só para si e gostava de se ver assim, esbelto e elegante. Agora, humilde e deitado por terra, tinha-se tornado um canal que o senhor usava para alimentar a sua casa e tornar fecundo o seu reino.
É uma parábola que nem precisa de comentários.
Foi apenas usada esta parábola porque as canas existentes no local fazem lembrar as canas de bambu, daí o nome da cache!
Esta cache permite a troca de objetos e apenas precisam de estar atentos para a encontrarem.
Tenham bastante cuidado com o pessoal a passar para não ser descoberta.
Cache que não dá muito que puxar pela cabeça, apenas pelos olhos! A cache não contém material de escrita, portanto levem algo para escrever por favor.
E por favor, deixem tudo muito bem escondido porque é um local onde passam pessoas para ir para a praia e podem ver algo estranho e estragar a cache, por isso, deixem o mais escondido possível.
Additional Hints
(Decrypt)
[PT]
- BOFREIN ORZ R CEBPHEN NVAQN ZRYUBE CBEDHR ARZ GHQB B DHR CNERPR É
[EG]
- YBBX JRYY NAQ GEL GB QBHAQ ORGGRE ORPNHFR ABG NYY JUNG FRRZF VF