A Estação Ferroviária de Massamá-Barcarena é uma interface da Linha de Sintra da rede de comboios suburbanos de Lisboa.
Quando a estação foi inaugurada, em 2 de Abril de 1887, o troço em que se encontrava fazia parte da Linha do Oeste, tendo sido, posteriormente, integrado na Linha de Sintra.
Em 1934, esta estação, que na altura apenas se chamava Barcarena, ficou em quinto lugar numa iniciativa de ajardinamento da Linha de Sintra.
A Estação de Barcarena-Massamá serve ambas as freguesias, que lhe legaram o nome.
Massamá está sensivelmente a meio do trajecto Lisboa/Sintra. Era aqui que os antigos guerreiros, caçadores e viajantes costumavam parar, durante as suas viagens, para descansar e para se refrescarem a si e às suas montadas, graças à qualidade das águas que aí brotavam. Região muito fértil, chegou a ser considerada uma das melhores zonas de produção de trigo do país.
Actualmente integrada no concelho de Sintra, assenta em duas zonas bem distintas: a Urbana e a Industrial. Com grande densidade populacional, a sua população é maioritariamente jovem, situando-se na classe etária dos 25 aos 35 anos. Ao nível do património cultural, salienta-se o Chafariz, o Marco do Termo de Lisboa, e os Respiradouros do Aqueduto.
Barcarena, por seu lado, está integrada no concelho de Oeiras. Zona de povoamento muito antigo, pensa-se que foi ocupada por estrangeiros, no povoamento que se seguiu à reconquista cristã. Ganhou grande projecção no reinado de D. Manuel I, quando aí foram instaladas as Ferrarias DEl-Rei que, entre outras funções para-militares, serviram para o fabrico de pólvora.
Actualmente, uma das suas maiores atracções é, precisamente, a Fábrica da Pólvora, palco de eventos culturais com algumas zonas verdes, um parque infantil, bar e restaurante.
Locais de Interesse recomendados para visita com acesso através da estação de Barcarena-Massamá
Capela de Nossa Senhora da Conceição
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A capela foi construída nos finais do século XVII com grande requinte, contém azulejos assinados por Gabriel del Barco, de 1697 e retábulos em mármore do arquitecto João Antunes. Não se sabe a data exacta da sua construção, mas sabe-se que é dedicada a São João Baptista e pertenceu aos Sinel de Cordes que eram cavaleiros flamengos que tinham como função a cobrança de impostos.
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O complexo da Fábrica da Pólvora, em Barcarena, no interior do concelho de Oeiras, conserva as marcas de cinco séculos de indústria produtora de explosivos, sobretudo para fins militares. Graças a um magnífico projecto de musealização, é possível percorrer toda a área onde antes funcionavam as instalações fabris e conhecer o processo produtivo da pólvora, as máquinas e os engenhos. O complexo engloba ainda um extenso parque arborizado, parque infantil e livraria, entre outros serviços.
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Estação Arqueológica do Castro de Leceia
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Trata-se de uma das estações arqueológicas mais importantes do país. As escavações aqui realizadas revelaram estruturas habitacionais e defensivas de um antigo povoado calcolítico pré-campaniforme. Foram identificados níveis de ocupação de diversos períodos, desde o Neolítico Final até ao Calcolítico Final, que indicam que provavelmente existiu aqui uma economia agro-pastoril. Na Fábrica da Pólvora pode ser apreciada a maqueta deste povoado, acompanhada pelos objectos encontrados e respectivos textos explicativos, o que permite compreender o quotidiano do povoado de Leceia, desde as suas estruturas habitacionais e organizacionais, às actividades económicas, aos seus cultos e rituais. Todos os anos em Agosto são feitas aqui escavações arqueológicas durante esses trabalhos já foram encontradas vários objectos como machados em pedra polida ou pontas de lança. (Monumento Nacional)
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