Message in a Bottle Mystery Cache

A mais velha mensagem numa garrafa tem 98 anos
(imagem em cima)

Um pescador escocês encontrou a garrafa nas suas redes quando pescava ao largo da costa norte da Escócia. Segundo o Livro do Guinness, é a mais antiga mensagem encontrada numa garrafa, batendo o recorde anterior por seis anos.

A garrafa encontrada a 12 de abril tem o número 646B e foi posta nas águas a 10 de junho de 1914 pelo capitão CH Brown da Escola de Navegação de Glasgow, como parte de um conjunto de 1890 garrafas destinadas à investigação científica, construídas para afundar e ficar perto do fundo do mar. Ao mapear o local onde as garrafas eram recuperadas, era possível mapear, pela primeira vez, as correntes submarinas em redor da Escócia.

Dentro da garrafa está um postal que pede a quem a recupere que envie a data e a localização para o diretor de pescas da Escócia, sendo oferecida uma recompensa de 'seis pence'. Do grupo de garrafas lançadas em 1914, foram encontradas 315. O livro de registo original do capitão Brown é atualizado cada vez que uma nova descoberta é feita. A última foi descoberta em 2006.

Uma mensagem numa garrafa é uma forma de comunicação que consiste em lançar uma mensagem ao mar ou oceano, porém, devidamente acondicionada no interior de um recipiente flutuante e à prova de água, em geral uma garrafa de vidro
Muitas garrafas são encontradas passadas semanas ou meses outras demorarm anos ou decadas, muitas não são encontradas.
Dentro das garrafas vão pedidos de socorro, histórias, divertimentos, cartas de amor... coisas saidas do coração e atiradas ao mar na esperança que alguem as encontre e conforte a alma de quem eternamente espera uma resposta. 

Fazia frio naquela manha, Rose levantou-se e foi a janela da sua casa da praia. ja fazia 2 semanas que a deitara ao mar e nenhuma resposta.
dirigiu-se á cozinha, em cima da mesa ainda estava a caneca de café que tomara na noite anterior deitada na cadeira no lado de fora da casa.
Lá fora um leve vento abanava as folhas das palmeiras, e os primeiros raios de sol iluminavam os recolhedores de lixo que vaguevam pela praia.
Jack tinha ligado na noite anterior, cada vez mais ela se arrependia de o ter deixado com a tia Mary, sentia saudades dele e isto de se isolar por uns tempos era uma tolice, Jack nascera sem conhecer o pai e agora estar longe da mãe... onde ela tinha a cabeça? mas ela precisava disto! tinha de lhe lembrar de como eram felizes juntos, tinha de o encontrar.
A garrafa ainda tinha ficado meia hora á vista a derivar, mas logo desapareceu da vista de Rose, e já lá vão 2 semanas... será que já alguem a encontrou, será que ELE a encontrou? A espera era muita e não suportava mais, estava decidida ia voltar para casa, para junto da sua familia, e viver com o que tinha e com o que lhe fazia feliz.
Mas antes releu a mensagem, a cópia da mensagem mandada na garrafa, antes de a destruir e já não haver mais nada para além da memória. 

 

Olá Kevin

Não sei se esta carta vai ter até ti, mas tenho esperança que sim, só queria-te lembrar de como éramos felizes juntos, podias voltar…
Lembras-te daqueles passeios que nós dava-mos ao longo do rio? Eu posso-te relembrar!
Sentávamonos no cais com os pé na água a ver ao longe os Barcos Rabelos passarem, muitas vezes ficávamos lá até ao anoitecer, vendo o sol a pôr-se na serra, ou então quando ficávamos com os pés gelados dávamos as mãos e caminhávamos, sempre para o mesmo sítio. Caminhávamos de costas para a foz e lá íamos nós entre risinhos e abraços e depois de uns bons metros, sempre poucos quando estava na tua companhia, entravamos em terra batida e seguíamos ao que nós chamávamos de rotunda de árvores: estrada dos dois lados e árvores no meio. depois de caminharmos mais um bocado deparamo-nos em frente á casa com um portão de ferro, no Halloween foi a primeira casa em que fomos pedir doces, lembras-te? Foi tão divertido, apesar do homem nos ter atirado com um ovo. Continuávamos a caminhar e entravamos na estrada de terra ladeada por árvores e muros, ali era tudo nosso, nada nos detinha, éramos felizes… íamos até á árvore dos cubos e parávamos para descansar sentados á sombra, aquela árvore traz me tão boas recordações, foi a 25 de Novembro que desenhamos com um prego dois cubos na madeira da árvore, com a esperança que no futuro ela cresça e as estrelas vissem a obre feita pelo nosso amor. Porque cubos? Nem eu sei, mas isso não interessa. mas o melhor era quando íamos até á árvore descíamos a pequena rampa e sentávamo-nos na margem do rio a ver os patos nadarem… Éramos felizes!

Leu a carta 2 vezes e depois dirigiu-se á varanda da casa de madeira. era uma vista magnifica para o mar, enquanto absorvia aquela beleza amarrotava a carta com a mão, como que o som do mar lhe dava mais força para destruir aquela memória. começou a caminhar pela areia e pelo caminho deitou a carta num dos caixotes que os apanhadores de lixo traziam.
chegou a beira da água e sentou-se, inspirou fundo sentindo o vento húmido com salitre entrar nos pulmões, ela sempre adorou o mar.
Algo lhe chamou a atenção... um brilho na areia, levantou-se com o coração aos pulos... não podia ser. aproximou-se, os olhos pregavam-lhe alguma partida ou aquilo era mesmo que ela desejava ver. uma garrafa transparente, dava para ver bem para o interior e tinha a certeza que continha um papel, não podia ser a dela, pois a garrafa que ela tinha mandado era de outra cor. as lágrimas saltaram dos olhos... de quem seria, seria a resposta tão esperada, seria o início de uma grande aventura. estendeu a mão e deixou que a paixão lhe abrisse a garrafa. 

Mas a história não acaba assim.
Como encontrar a cache?
Esta e uma cache mistério, as coordenadas não dão para o sítio da cache, mas para um sitio perto, para saberem o local têm de seguir as pistas que são dadas na carta que a Rose deitou a mar! 
no local quando encontrarem a cache saberão como acaba a história. Esta cache é composta por apenas 2 ponto: 1º onde dão as coordenadas (não têm de procurar nada apenas seguir as instruções) 2º: Ponto final onde deverão ir ter depois de lerem a carta da Rose.
A carta era do Kevin?
O que dizia a carta?
o que acontece depois? 

Deixa levar-te pelas tuas emoções e pelas histórias daqueles que ainda vivem na esperança de um dia receberem resposta, ou que alguém encontre as suas lembranças guardadas num recipiente de vidro bem lacrado por uma rolha.

“Num mundo cheio de maldades o jeito é viver como uma garrafa fechada lançada ao mar, a garrafa está na água, mas a água não esta na garrafa.” 
― Rafael Silveira