Resenha Histórica
A origem da povoação de Pereira parece estar ligada às vicissitudes do processo de Reconquista do território aos mouros. Conta a lenda que "… quando os mouros foram expulsos das fortalezas de Coimbra e Montemor-o-Velho, alguns se entrincheiraram num dos pontos altos da margem sul do Mondego, chefiados por Almindo (ou Alminde), muçulmano terrível que deixou fama de carrasco pelas atrocidades e devastações que fazia na região. Os cristãos viviam, nessa altura, em terror permanente perante as barbaridades do desumano Almindo. E, não podendo suportar tal estado de sítio, por muito mais tempo, organizaram contra ele, graças ao entendimento dos alcaides de Coimbra e Montemor-o-Velho, uma corajosa investida que resultou na morte do chefe e na fuga dos companheiros. Libertos do opressor e senhores do local, instalaram uma atalaia de defesa, que protegeram de audazes homens de armas, sob o comando do capitão Pereiro. A lenda adianta que o capitão Pereiro acompanhou Afonso Henriques na luta contra os mouros e que em reconhecimento dos seus feitos o rei lhe deu o senhorio da atalaia, com as suas terras cultivadas e por cultivar, tomando a povoação o nome de Pereira." Em 1158 o lugar já era habitado, uma vez que num documento datado desse ano Paio Guterres refere-se à terra no processo sobre a questão havida entre a Sé e o Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra. Teve foral dado pelo rei D. Dinis em 1282, o que atesta a importância da povoação; as suas excelentes condições fizeram com que fosse local de paragem e estadia dos infantes D. Pedro e D. Henrique, bem como do rei D. Fernando, em 1372. Em 1476, o rei D. Afonso V doou o senhorio de Pereira (e outras terras) a D. Álvaro, filho de D. Fernando Duque de Bragança, mas em 1496 a vila passou de novo à posse da Coroa devido à confiscação dos bens do Duque por este ter conspirado contra o rei. O rei D. João II deixou Pereira e o seu reguengo em testamento ao filho D. Jorge, criando a Casa de Aveiro; assim ficou até 1759, altura em que esta Casa foi extinta devido à conspiração levada a cabo contra o rei D. José I. Em 1513, Pereira recebeu foral novo dado pelo rei D. Manuel I. No final do século XVI a povoação e região assistem a um surto de desenvolvimento devido à introdução da cultura do milho, que tornou o vale do Mondego no celeiro de todo o litoral centro. Os séculos XVII e XVIII continuam a marcar épocas de apogeu como pode ser atestado pelo surto de construções civis e religiosas. O Colégio das Ursulinas, fundado em 1748 por D. Catarina Barreto e suas filhas D. Luisa e D. Maria, é o responsável por uma tradição na doçaria que ainda hoje se mantém: as queijadas, as barrigas de freira e os papos de anjo. Em 1831 havia apenas uma freguesia no concelho de Pereira, que contava 457 fogos e 1350 habitantes; o concelho foi extinto em 1836, tendo-se iniciado um período de estagnação e decadência. Em 1842 pertencia ao concelho de Santo Varão, até que este foi extinto em 1853, altura em que passou para o concelho de Montemor-o-Velho. Pela Lei 79/91 de 16 de Agosto, foi Pereira elevada à categoria de vila, a que se poderá juntar o epíteto de "vila-museu" tal é a variedade e importância do seu património histórico, cultural e paisagístico.
Pereira na Atualidade
A Vila de Pereira situa-se na margem esquerda do rio Mondego, tem uma área de 12,4 Km2 de terras planas, sendo parte ocupada pelos terrenos do campo e parte pelos terrenos do monte, proporcionando a quem visita esta bela terra paisagens únicas.
Ao visitar Pereira, é "obrigatório" uma passagem pelo vasto património arquitectónico desta Vila, onde se destacam o Celeiro dos Duques de Aveiro, Igreja da Misericórdia, Igreja Matriz de Santo Estêvão, Casa do Despacho e antigo Hospital, capelas de N. Sra. do Pranto, S. Tiago, N. Sra. do Bonsucesso, Santa Luzia e N. Sra. do Monte, Quinta de S. Luís, solares dos Mexias e dos Canelas e vários cruzeiros.
Para além do assinalável património arquitectónico, no extremo Este da freguesia situa-se a Reserva Natural do Paul de Arzila. Esta é uma zona baixa e húmida com uma área de 535 hectares distribuídos por um Núcleo Central com 165 ha e uma Zona de Proteção de 370 ha. É atravessado por três valas: a Vala da Costa, a Oeste, a Vala dos Moinhos, a Leste, e a Vala do Meio.
A Vila de Pereira proporciona ainda a quem a visita outros agradáveis locais que merecem especial destaque, como por exemplo o Alto do Outeiro, Quinta do Abade, Ermida de S. Tiago, Campos do Mondego, e a lindíssima praia fluvial.
Numa terra rica como a Vila de Pereira, a gastronomia acaba por ser um ex libris da qualidade dos produtos da região, sendo que todos os anos esta freguesia realiza a Festa da Queijada.
É também de salientar o diversificado Artesanato que esta terra tem por tradição, nomeadamente os trabalhos em ferro, madeira e verga, olaria, pintura em cerâmica, azulejo e vidro, escultura em madeira e xailes com franjas.
Venha conhecer esta fabulosa terra de costumes prazerosos e povo afável.
Urbanização Quinta de S. Luiz
A Urbanização Quinta de S. Luiz tornou-se um dos marcos mais recentes na Vila de Pereira, quer do ponto de vista cultural quer como marco geográfico.
A sua construção foi iniciada em 2003 e apresenta um número total de 565 apartamentos divididos por 110 lotes, dos quais 95 estão construídos, 1 em construção e 14 por construir. Apresenta 26 espaços comerciais disponíveis, dos quais 15 estão em funcionamento.
A localização privilegiada e ambiente agradável, tornam esta Urbanização num importante marco na vida de centenas de pessoas que nela habitam, bem como nas que nela passam e exercem movimentos pendulares quer para trabalho, quer (principalmente) para lazer.
A Cache
Esta cache está localizada junto a um dos marcos mais importantes e visitados da Urbanização Quinta de S. Luiz.
Um ponto de encontro de Pereirenses e amigos, bem como de inúmeros visitantes.
Caso procurem a cache em horário decente (hehehe), aproveitem para beber “Café com Bónus”... Ás vezes temos surpresas onde menos esperamos...