Um mergulho num mar com mais de 300milhões de anos Traditional Geocache
Um mergulho num mar com mais de 300milhões de anos
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Difficulty:
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Terrain:
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Size:  (regular)
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A cache localiza-se numa pedreira abandonada. O acesso às pedreiras é feito por estradas de terra batida por onde a maior parte dos carros consegue passar no entanto a estrada de terra batida principal bifurca depois para estradas menores e caminhos mais acidentados. Aconselho aqueles que não circulem em veículos todo o terreno, a pararem o carro na estrada de terra batida principal e quando já estiverem próximos se aventurem a pé.
A exploração dos mármores |
Aproveito a oportunidade para partilhar com todos algumas curiosidades sobre os mármores de Estremoz. Entre Sousel e Alandroal existem vários depósitos de mármores explorados desde os tempos dos romanos. A compreensão da sua génese revela uma história complexa, onde os oceanos e altas montanhas foram, num passado remoto, a paisagem dominante na região onde agora predominam as planícies alentejanas. Os mármores são rochas metamórficas, ou seja, rochas que resultaram de um conjunto de transformações no estado sólido que levaram à reorganização à escala atómica dos elementos que constituem uma rocha pré-existente. Os mármores do Alentejo foram calcários puros depositados num oceano pouco profundo, durante o Paleozóico inferior (algures entre os 400 e os 540 milhões de anos). Isto significa que durante o metamorfismo a que foram sujeitos não sofreram alteração na sua composição química. Tanto os mármores como os calcários são formados essencialmente por carbonato de cálcio sob a forma de calcite, tendo ocorrido somente um processo de crescimento dos cristais de calcite; os cristais iniciais reorganizam-se, crescendo devido à migração das suas fronteiras. Para que este processo tenha ocorrido é necessário que os calcários iniciais tenham sido sujeitos a temperaturas da ordem dos 200 a 250˚C. Sabendo que em média a temperatura aumenta cerca de 30 ˚C por cada quilómetro de profundidade na crosta terrestre, conclui-se que os calcários que em tempos Paleozóicos existiam num oceano pouco profundo estiveram, terão estado, posteriormente (alguns milhões de anos) a profundidades superiores a 6/7 km. Ao mesmo tempo que se formam as cadeias de montanhas dá-se um ajuste isostático, fazendo com que a raiz da cadeia de montanhas cresça mais do que a altitude das montanhas. Assim, o facto de os calcários terem estado a 7 km de profundidade, não significa que essas montanhas atingissem os 7 km de altitude. Embora possa parecer estranha a passagem dos sedimentos e rochas dos fundos oceânicos para maiores profundidades na crosta terrestre esta é uma situação normal que acontece durante a formação de cadeias de montanhas associadas à tectónica de placas. O “fecho” de um oceano com origem na colisão de duas placas tectónicas provoca a deformação e consequente espessamento das sequências sedimentares formadas originalmente no fundo dos oceanos. A este processo de formação de cadeias de montanhas designa-se por orogenia. A orogenia que deu origem aos mármores de Estremoz tem o nome de Varisca ou Hercínica e ocorreu há cerca de 300 milhões de anos. Uma vez transformados em mármores pelas condições de pressão e temperatura existentes a maiores profundidades, foi ”apenas” necessário esperar a actuação dos agentes atmosféricos: milímetro após milímetro, ano após ano, mesmo a maior das montanhas acaba por ser sempre uma estrutura transitória na imensidão do tempo geológico; os mármores da região estavam finalmente à superfície.
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Additional Hints
(Decrypt)
Rager nf crqervenf nonaqbanqnf, n irtrgnçãb é rfpnffn...rapbagen b pneevy r rager pnyunhf, crqerthyubf, crqenf r crqevaunf, yá rfgneá ryn