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A cache localiza-se na localidade das Brancas – Batalha, numa zona de interesse geológico (o vale tifónico do rio Lena onde existem importantes reservas salinas). A zona é conhecida por Salgadas, topónimo popular que se deve precisamente à natureza salgada das águas do seu subsolo muito conhecida dos antigos pela salinidade das águas dos poços. Desde o século XVI que as qualidades termais da água das Salgadas são reconhecidas. O local teve umas termas privadas até à década de 50 do século XX, onde atualmente funciona o Centro Hospitalar Nossa Srª da Conceição.
A cache é uma multicache sendo o ponto inicial na Igreja de Nossa Srª da Conceição nas Brancas onde será necessário realizar um conjunto de observações para obter as coordenadas para o 2º ponto. No 2º ponto estarão as coordenadas finais e aqui poderá contemplar o vale tifónico do Lena. A cache final situa-se numa zona agradável com vista para um dos açudes do rio Lena, usados como reservatório de rega no tempo estival e onde se pode observar a avifauna deste rio.
O sal
Em química, sal é um composto resultante da interação de um ácido com uma base, ou da acção de um ácido sobre um metal. Cloretos, sulfatos, brometos, iodetos, carbonatos, fosfatos, etc. são sais. Porém, todos eles necessitam de um qualificativo que os distinga dos restantes (sal amargo ou sal de Epson – cloreto de magnésio; sal de Bertholet – cloreto de potássio; sal de fósforo – fosfato de sódio e amónia; sal de Glasser – sulfato de potássio; sal de Glauber – sulfato de sódio; sal de la Hiquerra – sulfato de magnésio; sal de la Rochelle – tartarato de sódio e potássio; sal de Vichy – bicarbonato de sódio). Só o cloreto de sódio dispensa esse cuidado. Basta-lhe a palavra sal dita ou escrita isoladamente. É este o constituinte essencial quer do sal marinho, ou sal de cozinha, quer do sal-gema extraído das entranhas da Terra.
A seguir à água, o sal é o composto mais abundante à superfície da Terra, na maior parte dissolvido na água dos oceanos, onde entrou, primeiro, na sequência da diferenciação planetária que deu origem à crosta, à atmosfera e à hidrosfera e, depois, em resultado da alteração química das rochas e transporte para o mar dos respetivos produtos. Os sais dissolvidos nas águas fluviais contribuíram, assim, ao longo de milhares de milhões de anos de evaporação, precipitação e regresso ao mar, para o atual teor salino dos oceanos, em média, na ordem dos 35 g/l.
Certamente, porque a vida surgiu no mar, a água e também o sal são partes integrantes e vitais dos organismos. E nós não fugimos a esta regra. Temos sal em todos os líquidos orgânicos: nas lágrimas, na saliva, na urina e no sangue. Respeitados os limites aconselhados pela profilaxia médica, o sal é-nos, assim, absolutamente indispensável.
O sal-gema, sal-pedra ou sal da mina é essencialmente constituído por cloreto de sódio (NaCl) e é uma entre as várias rochas salinas originadas por precipitação de sais, na sequência de evaporação excessiva das águas marinhas retidas em lagunas e de águas de lagos salgados. Em virtude do seu modo de formação, ao sal-gema e às outras rochas com origem idêntica, entre as quais o gesso (CaSO4.2H2O), deu-se o nome de evaporitos.
Foi em salinas naturais, existentes no passado, mais ou menos longínquo, da Terra, que se formaram as camadas de evaporitos intercaladas nas sequências sedimentares, entre as quais as de sal-gema e que, à semelhança do sal marinho, constituem importantes reservas desta valiosa matéria-prima com aplicação nas mais variadas indústrias.
As séries evaporíticas apresentam, às vezes, grandes espessuras de sedimentos que, por natureza, são próprios de pequenas profundidades. As rochas evaporíticas, em especial o sal-gema, são pouco densas e muito plásticas. Estas caraterísticas contribuem para que grandes massas de sal ascendam da profundidade, através de zonas de fraqueza, sob a ação da pressão das rochas sobrejacentes. Tais massas ascendentes deformam as camadas superiores em corpos abobadados, constituindo os diapiros ou domos salinos. As áreas diapíricas revelam anomalias gravimétricas negativas, devido à menor densidade das rochas, comportamento que auxilia a sua localização. Os diapiros são ainda matéria de interesse na prospeção petrolífera.
Alguns diapiros podem estar arrasados pela erosão e, nestas condições, as rochas salinas afloram. A continuação da atividade erosiva acaba geralmente por rebaixar a área que lhes corresponde, relativamente às formações envolventes, mais resistentes, originando formas deprimidas que facilitam o encaixe da rede fluvial e constituem os vales tifónicos. É o caso do vale do rio Lena.
Considerado o recurso mineral de mais longo e variado uso pela humanidade, o sal-gema determinou a localização de núcleos urbanos, no interior dos continentes, onde dificilmente chegava o sal marinho. Deste modo, o conjunto das aldeias das Brancas e de Cela situadas na margem do rio Lena a jusante da Vila da Batalha, graças à presença de fontes de água salgada (salinas) e das antigas “Termas Salgadas da Batalha” eram no século XVI, o maior núcleo populacional do Concelho.
Termas Salgadas da Batalha
As termas das Salgadas das Brancas já foram uma importante infra-estrutura termal no Concelho, sendo apontados benefícios terapêuticos no tratamento de doenças como a escrofulose, reumatismais, linfatismo, doenças das senhoras, lesões cutâneas tórpidas, hipertensão arterial. Há muito tempo que as qualidades termais da água das Salgadas são reconhecidas. Já no Aquilégio Medicinal, de 1726, há uma referência à 'fonte salina, perto da Batalha no lugar das Brancas […] Rebenta um olho de água, que tirada de uma concavidade em que se ajunta, e lançada em terra como salinas, se forma nele excelente sal, tão bom como o marinho. Muitas pessoas o fabricam e o usam dele como sal comum”. O local teve umas termas privadas até à década de 50 do século XX. Depois, a partir dos anos 70, serviu ainda como ala psiquiátrica do Hospital de Leiria, até que deixou também, já na década de 90, de ter essa função. A Câmara Municipal apostou na sua reativação, adquirindo o imóvel e os terrenos em 1998 e iniciando os estudos de prospecção e pesquisa de águas minerais naturais algum tempo depois. Atualmente funciona nesse local o Centro Hospitalar Nossa Srª da Conceição.
Igreja de Nossa Srª da Conceição
Também datada do séc. XVI, existe na localidade das Brancas a Igreja de Nossa Senhora da Conceição. Deste templo destaca-se a beleza arquitectónica do alpendre com cobertura de telhado de três águas e teto de madeira, portal com vãos trabalhados em cantaria e abóbada de meia laranja.
Bibliografia:
http://www.aguas.ics.ul.pt/leiria_salgadas.html
http://www.cm-batalha.pt
http://www.triplov.com/galopim/sal.htm
A Cache
A descoberta começa na coordenada inicial. No ponto inicial, descubram o seguinte:
A= o número total de cruzes (telhado e pátio)
B= o número de sinos
C = o número de oliveiras que ladeiam a igreja
D = número de polícia
E = ano gravado na calçada
F = ano gravado no portão
Agora dirijam-se ao segundo ponto em:
N 39º 38,AB(C*2)
W 08º 49, (D*3)+ (E-F)+1
Aqui encontrarão as coordenadas finais e poderão observar o Vale Tifónico na aldeia das Brancas e ainda as Termas Salgadas.
Agora dirijam-se para a cache final.
O container apresenta stashnote, logbook, lápis e alguns itens para troca. Recomenda-se discrição durante a remoção e colocação do container e se possível façam “CITO”, isto é, Cache In, Trash Ou.
Esperamos que gostem dos locais escolhidos e que seja para vocês um prazer tão grande encontrá-la como para nós foi a sua preparação e elaboração!
Divirtam-se!!
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