As primeiras Confrarias datam do século XII, época de grande agitação e insegurança, de momentos conturbantes, devido ás conquistas do Território; assim as populações mais isoladas precisavam, sobretudo de solidariedade e assistência face á desgraça. Não havia qualquer sistema de efectiva regulação da vida social, por isso as Confrarias acabavam por constituir, talvez as primeiras tentativas de reorganização das comunidades mais afastadas dos aglomerados urbanos.
A sua instituição era um acto autónomo dos habitantes, e eram erigidos fora da iniciativa das hierarquias eclesiásticas. Em Fungalvaz, surge assim, tanto quanto se sabe, a mais antiga Confraria do concelho de Torres Novas e uma das poucas conhecidas, remontando ao século XII.
Nesta altura, época medieval, a visão do mundo era fundamental religiosa, cristã, no nosso caso. Natural, pois, que as formas de associação popular, evocassem o Cristianismo e os seus valores como justificação da sua instituição existência.
No caso de Fungalvaz, era S. Maria a Padroeira da Irmandade . Logo no termo de abertura do texto do Compromisso, se refere a consagração a “ Santa Maria sua Mãe, a qual tomamos por Padroeira”.
A primeira Cláusula do Termo, regista o vínculo colectivo que ligará os Confrades da Confraria, mandando que “ um ame o outro irmamente e que lhe socorra quando lhe for mester e que o ajude quando puder”.
O texto regula também as condições de entrada na Confraria, fazendo distinção entre solteiros e casados; enquanto que o “Confrade casado paga um real e um alqueire de trigo, o solteiro pagará apenas metade desses bens.”
Depois segue-se uma série de disposições, que visam a ajuda colectiva, em caso de dificuldades várias que acometam um membro da Confraria.
O Apeadeiro situa-se junto à localidade de Fungalvaz, podendo ser acedido pela Rua dos Vales.
Este apeadeiro insere-se no lanço entre Entroncamento e Soure da Linha do Norte, que abriu à exploração em 22 de Maio de 1864.
Esta interface entrou ao serviço no dia 23 de Maio de 1955, com a categoria de apeadeiro; o primeiro comboio a parar ali foi o rápido da manhã, tendo desembarcado o chefe da 4.ª Circunscrição da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses, Daniel Cohen, e o presidente da Câmara Municipal de Torres Novas, Alves Vieira. Foram recebidos na gare por uma multidão, e por representantes das Juntas de Freguesia de Assentiz e Beselga.
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