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Desde o começo da humanidade que o Homem caça. Fazia-o por necessidade, pela sua existência. A antropologia admite que a espécie humana somente atingiu o atual estágio de desenvolvimento mental a partir do momento em que os primeiros hominídeos deixaram de ser coletores para se tornarem onívoros. Isso foi determinante no desenvolvimento do senso de colaboração entre humanos, bem como no desenvolvimento de ferramentas. Toda a evolução tecnológica que veio desencadeando durante a pré-história, foi orientada em redor da caça, no aperfeiçoamento dos seus métodos e utensílios. O instinto de caçar está presente no ser humano, seja na sua forma original ou na prática de desportos que ritualizam simulações de caçadas.
Dir-se-ia que foi a caça (como sustento), que estimulou o Homem a pensar e a desenvolver a sua inteligência. Nesse tempo, caça, era a única cultura.
Muitos séculos depois, o Homem, organizado politicamente e integrado em Povos constituídos por Monarquias, a caça, já não era para todos.
Os Homens já não eram todos iguais, estavam divididos em classes, que iam desde a Fidalguia até à Plebe (pobres). Os terrenos e os instrumentos de caça pertenciam aos Reis e Nobres que possuíam grandes Coutos Senhoriais espalhados por todo o reinado, podendo assim caçar as espécies conforme a época do ano, em função da situação geográfica de cada Couto, ex., (D. Manuel II, tinha um palacete em Monforte da Beira, para caçar lebres, a cavalo). A arte da caça era tida, como sendo o melhor treino para iniciar e formar jovens Cavaleiros, dentro da Realeza (Príncipes) e Nobreza.
Com a implantação da República, a mudança repentina das mentalidades, despertou-se nos membros das classes menos abastadas (a pobreza) a vontade de imitar o seu Senhor, caçando nos terrenos deste, a pé e com um pau, ou com arma e cão.
A caça por desporto, continua presente onde houver condições para sua prática, o Alentejo tem uma grande área de reserva de caça. Amada pelos que a defendem e a praticam, odiada por grupos sociais ligados à proteção da natureza e biodiversidade.
Privilegiamos com esta cache, a riqueza cinegética nesta área do Alentejo, é possível encontrar várias espécies como: perdizes, tordos, pombos, lebres e coelhos bravos. As práticas preventivas e de diminuição do dano à natureza que a prática da caça possa causar.
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