A Paisagem Protegida Local da Rocha da Pena foi criada pelo Decreto-Lei nº 142/2008, de 24 de Julho, situando-se nas freguesias de Salir e Benafim. Foi criada com o objectivo de proteger e conservar os valores físicos, estéticos, paisagísticos e biológicos do Barrocal, fomentando de forma equilibrada o desenvolvimento económico, social e cultural da região.
PERCURSO PEDESTRE
Propõe-se um percurso pedestre com uma extensão aproximada de 5 Km que permite conhecer alguns aspectos importantes da Geologia, Flora, Fauna e Património, assim como desfrutar de uma paisagem deslumbrante. Contudo ao efectuar este percurso deverá ter alguns cuidados, nomeadamente seguir sempre pelos trilhos demarcados, não fazer fogueiras nem colher plantas ou perturbar a fauna.
GEOLOGIA
A Rocha da Pena é uma cornija escarpada de calcários muito duros, cujo planalto tem aproximadamente 2 km de comprimento e uma escarpa com cerca de 50 metros de altura. A altura máxima deste local é de 479 metros.
Ao longo dos anos, a sua rocha calcária tem sofrido uma lenta erosão química, que foi formando fendas e grutas.
FAUNA
Devido à sua localização geográfica, a Paisagem Protegida Local possui uma grande diversidade de avifauna, tendo sido avistadas cerca de 122 espécies que são na sua maioria residentes, embora também se encontrem aves migratórias, invernantes, nidificadoras e estivais.
Das aves residentes destaca-se o gaio (garrulus glandarius) que é reconhecido pelo seu chamamento ruidoso; a águia de asa redonda (buteo buteo), uma importante ave de rapina bastante comum por toda a Europa; a águia de bonelli (hieraatus fasciatus), registando-se apenas a presença regular de um casal.
A garça real (ardea cinerea) e o tordo ruivo (turdus iliacus) são aves invernantes. Das aves nidificadoras estivais pode-se observar o abelharuco (merops apiaster) que escavam um túnel comprido nas barreiras para nidificar e o cuco (cuculus canorus), que deposita os seus ovos no ninho de outras aves.
Além da avifauna, existem também na Rocha da Pena mamíferos como o coelho (oryctolagus cuniculus) e o javali (sus scrofa) e pequenos predadores como a raposa (vulpes vulpes), a gineta (genetta genetta) e o saca-rabos (herpestes ichneumon).
Também existem duas espécies de morcegos: o morcego-de-peluche (miniopterus schreibersii) e o morcego-rato-pequeno (myotis blythi) que se encontram em perigo de extinção.
FLORA
Uma das riquezas da Paisagem Protegida Local é a grande diversidade da sua flora, possuíndo mais de 500 espécies.
Das espécies endémicas destaca-se o narciso (narcissus calcicola) – endémica de Portugal, e a palmeira-anã ou palmeira das vassouras (chamaerops humilis) que é a única palmeira espontânea da Europa e que é utilizada para o fabrico de produtos artesanais.
Nas espécies medicinais encontra-se a milfurada (hypericum perfuratum) e a avenca (adianthus capillus veneris).
Como espécies aromáticas temos o rosmaninho (lavandula stoechas) e o alecrim (rosmarinus officinalis).
Pode-se ainda ainda encontrar oliveiras (olea europea), alfarrobeiras (ceratonia siliqua) e o carvalho-cerquinho (quercus faginea).
PATRIMÓNIO CONSTRUÍDO
A Rocha da Pena tem tido uma grande influência na história local. No topo da Rocha da Pena existem dois amuralhamentos em pedra, que se julga remontarem à Idade do Ferro. Reza a lenda que esta fortificação foi mais tarde utilizada pelos mouros que se refugiaram no planalto da Rocha, onde se abrigaram numa gruta durante a conquista de Portugal, quando o castelo de Salir foi tomado por D. Paio Peres Correia. Devido a esse facto, a gruta ficou conhecida até hoje como Algar dos Mouros.
Informações retiradas do folheto “Paisagem Protegida Local – Rocha da Pena” editado pela Câmara Municipal de Loulé através da Divisão de Ambiente e Equipamentos Urbanos.
|
Situated in the villages of Salir and Benafim, the “Paisagem Protegida Local da Rocha da Pena” (Protected Landscape of Rocha da Pena) was created by Decree-Law Nº 142/2008, of July 24, with the aim of protecting and conserving the aesthetic, the scenic and the biological characteristics of the “Barrocal”, promoting in a balanced way, the economic, the social and the cultural development of the region.
PEDESTRIAN TRAIL
A pedestrian trail, approximately 5 km long, is the suggestion that will allow you to learn about important aspects of Geology, Flora, Fauna and Heritage, as well as enjoy a breathtaking scenery. However, if you take this walk, you should pay special attention to: always follow the marked trails; not light fires; not pick any plants nor disturb wildlife.
GEOLOGY
Rocha da Pena is an uneven hard limestone cornice, with a plateau about 2 miles long and a cliff about 50 meters high. The maximum height of this site is 479 meters.
Over the years, its limestone rocks have suffered a slow chemical erosion, creating slits and grottoes.
FAUNA
Due to its geographical location, the Protected Landscape Site has a great diversity of birds, having been spotted about 122 species, mostly residents, although there are also migratory, wintering, breeding and summer birds.
Of the resident ones, we highlight the Jay (garrulus glandarius), being recognized by its loud call; the Round-Winged-Eagle (buteo buteo), an important raptor quite common throughout Europe; Bonelli's Eagle (hieraatus fasciatus), with the presence of only one regular couple being registered.
The Heron (Ardea cinerea) and Red Robin (Turdus iliacus) are wintering birds. Of the summer breeding species we can find the Bee-Eater (merops apiaster) which digs deep tunnels into the slopes where it nidifys and the Cuckoo (cuculus canorus), which lays its eggs in the other birds’ nests.
Besides avifauna, there are also the Rocha da Pena mammals such as the rabbit (Oryctolagus cuniculus), the wild boar (sus scrofa) and small predators like the fox (Vulpes vulpes), the genet (Genetta Genetta) and mongooses (Herpestes ichneumon).
There are two species of bats: the Bent-wing-bat (miniopterus schreibersii) and the Lesser Mouse-eared bat (myotis blythi) which are in danger of extinction.
FLORA
Another richness of the Protected Landscape Site is the great diversity of its flora, with more than 500 species.
Of the endemic species we highlight the daffodil (narcissus calcicolous) - endemic to Portugal, and the dwarf fan palm (Chamaerops humilis), the only spontaneous palm tree in Europe which is used for making handicraft products.
As medicinal species we can find St. John’s wort (hypericum perforatum) and maidenhair fern (adianthus capillus veneris); as aromatic, the spanish lavender (lavandula stoechas) and the rosemary (Rosmarinus officinalis).
You can also still find olive (olea europea) and carob (Ceratonia siliqua) trees as well as portuguese oak(Quercus faginea).
BUILT HERITAGE
Rocha da Pena has had a great influence on local history. On its top there are two remaining structures of a stone fortification, which is believed to date back to Iron Age. The Legend says that this fort was later used by the Moors who took refuge in the highlands of the mountain sheltering in a cave during the conquest of Portugal, when the castle of Salir was taken by D. Paio Peres Correia. Due to this fact, the cave became known until today, as the “Algar dos Mouros”.
Information provided by the brochure 'Paisagem Protegida Local - Rocha da Pena' published by the Municipality of Loulé through “Divisão de Ambiente e Equipamentos Urbanos”.
|