Anjo da Guarda
No mês de Agosto multiplicam-se as festas de verão das aldeias e a Fatela não é excepção.
A festa do Anjo da Guarda realiza-se no 2º domingo de Agosto, altura em que os emigrantes estão também "em força" na terra.
Para além do programa pagão da festa, o momento alto é a procissão que ruma desde a Igreja Matriz ao recinto onde está a capela do Anjo da Guarda. Esta procissão é feita de noite, logo após a missa, à luz de velas. Não é descabido dizer, que quando as primeiras pessoas estão a chegar ao recinto da capela, ainda as últimas pessoas estão a sair da igreja, tal é a afluência de gente. Não só as gentes da terra participam em grande número, mas também as pessoas das terras próximas. Até aqui, a explicação não dá a noção correcta do número de pessoas, até se dizer que a distância entre a igreja e a capela (por estrada) é cerca de 900 m. Integram a procissão, os andores do Anjo da Guarda e do Senhor da Saúde, que são levados pela população.
No final da festa havia sempre "fogo preso", que se distinguia do usado agora, porque ardia em estruturas de madeira com peças que se movimentavam com o arder do fogo. De há uns anos para cá, o uso de foguetes e fogo-de-artifício é proibido durante o Verão.
A capela do anjo da guarda encontra-se vazia durante o resto do ano, por motivos de segurança.
Para além da capela, o recinto tem um salão que serve de edifício de apoio na festa, e uma fonte à entrada. Junto à fonte (estacionamento aconselhado) está um pilar com a imagem do santo.
O recinto tem vindo a sofrer melhorias ao longo dos anos, o piso deixou de ser em terra e agora existem bancos e mesas onde poderá fazer um piquenique. Por detrás da capela foi também construído um recinto desportivo.
Laje dos Cordões
Até há pouco tempo, a existência desta laje (pedra) e a sua lenda, estavam esquecidas, embora pertença ao imaginário popular dos Fatelenses.
Nos últimos tempos, esta lage tornou a ter divulgação, em especial na Rádio Cova da Beira, pelos relatos do Sr. Manuel Frade Lopes (meu tio), que explicou e valorizou o seu significado, como pertença da cultura popular local.
A laje tem alguns buracos em baixo relevo de formatos peculiares e duas linhas paralelas de cor diferente da predominante, que a atravessam em todo o seu comprimento. Segundo os populares, os buracos são as passadinhas do Menino Jesus e as linhas paralelas representam o trilho por onde Ele passou com a carroça.
Desconheço se a laje tem algum valor arqueológico, mas imagino que os desenhos que ela apresenta serão fruto do acaso.
Por pertencer à cultura popular local e de modo a valorizar a laje, foram feitos arranjos na sua envolvência.
A Cache:
Por se tratar de uma multi-cache, o conteiner não se encontra nas coordenadas publicadas. As coordenadas publicadas são da Laje dos Cordões.
O objectivo da cache é o de dar a conhecer o recinto, a capela e a laje. Os geocacher's devem deixar o veiculo no estacionamento aconselhado, onde encontram logo a resposta ao valor "A". Depois subindo os degraus, entram no recinto e caminhando sobre o corredor que conduz à capela, encontram o valor "B". No final do corredor, de frente para a capela, encontram o valor "C". Depois é só fazer as contas para obter a coordenada final.
Para obter os valores de "A", "B" e de "C", conta-se:
Valor "A" - Número de bicas da fonte (entrada do recinto).
Valor "B" - Número de arcos de festa com iluminação, sobre o corredor central.
Valor "C" - Último número da data que está por cima da porta principal da capela.
Cache final: N 40º 09.(B-5)(C)(C-8) W 007º 26.(A+2)(B+2)(A+4)
Leve material de escrita.
Peço que tire fotografias, junto à capela, consigo ou com as pessoas que forem fazer a cache.
Peço que indiquem no logbook: Nome do geocacher, data e hora, e localidade onde vivem (para estatistica). Até porque, em caso da cache ser acidentalmente descoberta por muggles, poderem ver as localidades dos que visitaram o local.