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MY HOUSE Traditional Geocache

This cache has been archived.

Bitaro: Caro owner,

Esta geocache foi arquivada por falta de uma resposta atempada e/ou adequada perante uma situação de falta de manutenção.
Relembro a secção das Linhas de Orientação que regulam a manutenção das geocaches:

O dono da geocache é responsável por visitas à localização física.

Você é responsável por visitas ocasionais à sua geocache para assegurar que está tudo em ordem para funcionar, especialmente quando alguém reporta um problema com a geocache (desaparecimento, estrago, humidade/infiltrações, etc.), ou faz um registo "Precisa de Manutenção". Desactive temporariamente a sua geocache para que os outros saibam que não devem procurar a geocache até que tenha resolvido o problema. É-lhe concedido um período razoável de tempo - geralmente até 4 semanas - dentro do qual deverá verificar o estado da sua geocache. Se a geocache não estiver a receber a manutenção necessária ou estiver temporariamente desactivada por um longo período de tempo, poderemos arquivar a página da geocache.

Se no local existe algum recipiente por favor recolha-o a fim de evitar que se torne lixo (geolitter).

Uma vez que se trata de um caso de falta de manutenção a sua geocache não poderá ser desarquivada. Caso submeta uma nova será tido em conta este arquivamento por falta de manutenção.

Obrigado pela compreensão,
Bitaro aka Vitor Sérgio
Geocaching.com Volunteer Geocache Reviewer
Revisor Voluntário em Geocaching.com

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Hidden : 9/19/2012
Difficulty:
1.5 out of 5
Terrain:
3 out of 5

Size: Size:   small (small)

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Geocache Description:


MY HOUSE
 

Numa vila... Bem pequena. Numa rua... Das poucas a mais povoada de casas. Numa quadra... A dos velhos casarões. Num terreno... Grande, ladeado de árvores ornamentais e frutíferas. Lá estava ela, a minha casa, aquela de onde guardo nos recônditos de minha memória, as mais ternas lembranças da minha infância. Era uma casa imponente, não pela beleza, nem pelo tamanho, mas pela cor. Lembro-me que meu pai, depois de uma chuva de pedra que pontilhou sua pintura, pintou-a numa cor verde água, chamava a atenção.
De arquitetura italiana, a velha casa tinha um porão que servia para guardar mantimentos, estoque das safras de feijão, arroz e milho que meu pai colhia, era também um depósito de quinquilharias de minha mãe... Era o local preferido por mim e pela meninada da rua para brincar de “casinha”. Saíamos de lá espirrando, o local Húmido provocava alergias, mas mesmo assim não deixávamos de brincar nele, acho que aquele amontoado de coisas e a penumbra por não ter janelas atiçava nossa imaginação.
Dois pés de pera deram sabor e embalo aos meus sonhos de criança. Minhas tardes eram preenchidas com as brincadeiras na balança feita de cordas, e pelo sabor das frutas suculentas que escorriam pelo canto da boca a cada mordida.
Nos fundos e na frente da casa, duas áreas grandes, assim eram chamadas as varandas cercadas de madeira, naquela época. Lembro-me de quando meu pai mandou construir a primeira, uma das lembranças mais antigas que guardo. Enquanto os homens trabalhavam, eu, na parte já construída, desenhava com o lápis de pedreiro, acho que esses foram meus primeiros rabiscos e permaneceram ali durante muito tempo, na madeira branca da grande varanda, até que a chuva e o tempo aos poucos fossem fazendo com que desaparecesse.
Do lado da rua de cascalho, ficava o cartório onde meu pai trabalhava, ele era “intendente”, uma profissão em extinção, eram como eram chamados os administradores de vilas ainda não emancipadas, uma espécie de prefeito sem tanta pompa, e também onde cumpria com suas funções de escrivão. Essa era a parte da casa que eu mais curtia. Sentada numa cadeira estofada de rodinhas e com uma caneta e um livro na mão vivia meus momentos de adultisse precoce. O duro era aguentar seus sermões quando desaparecia alguma coisa. Quando ele me olhava com sua testa franzida e olhar sisudo eu já sabia do que se tratava.
Casa humilde, o banheiro ficava do lado de fora, chuveiro de água fria, os banhos no inverno, um teste de coragem. As vezes, quando em dias de frio intenso, minha mãe colocava água quente em uma banheira e a gente ficavam felizes por poder tomar um banho mais demorado. Minha mãe, aliás era mestre nisso, ela sabia transformar as durezas da vida em verdadeiras lições de amor.
Os dias de vendavais e de chuva forte eram os mais temidos pela minha mãe, a casa velha de madeira ruía sob o alentado vento. Mas ela permaneceu firme por muito tempo ainda...
Até o dia em que foi demolida e cedeu lugar à uma casa mais moderna. Nesse tempo a gente já havia mudado. Fomos morar na cidade... Meu pai construiu uma casa grande, bem mais confortável, mas que apesar disso, nunca trouxera o aconchego e a alegria da primeira, acho que as casas têm alma e a velha casa de porão, essa tinha uma alma iluminada.
Memórias nunca são fáceis. As vezes, transformadas em tristezas, noutras, em saudade...
Da velha casa de madeira, sobrou apenas um retrato na parede e as lembranças na minha mente que me trazem o gostinho e a saudade da minha infância. E aí, ela continua ainda linda, imponente, aconchegante, iluminada...

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Elisangela Zampieri

Necessário levar lapis. Flag Counter

Additional Hints (Decrypt)

7´HC

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)