A cache que estou a plantar é para vos contar a história de Vila Chã de Ourique e mostrar-vos o Monumento Comemorativo da Batalha de Ourique (Saramaga).
Vila Chã de Ourique é uma freguesia do concelho do Cartaxo e distrito de Santarém, detentora de uma área de 33,2 quilómetros quadrados.
A história de Vila Chã de Ourique é indissociável da Batalha de Ourique ocorrida em 25 de Julho de 1139.
Apesar de existirem diferentes opiniões quanto ao local exato desta batalha, a mais usual é a acudida por Alexandre Herculano, que defendeu que o encontro se tratava no Baixo Alentejo, no atual concelho de Ourique; Borges de Figueiredo refere que a Batalha teria sido em Lisboa e José Saraiva indica Cortes, nas proximidades de Leiria, numa propriedade denominada Campo de Ourique; David Lopes é da opinião que D. Afonso Henriques nunca iria combater tão longe da sua fronteira, contrariando Alexandre Herculano e aponta Chã de Ourique, como no local de Batalha.
Apesar do seu povoamento ser bastante antigo, oficialmente a sua criação remonta a 29 Janeiro de 1907. Nesta altura, foi desanexada da freguesia de São Sebastião do Cartaxo e tomou o nome de Casal de Ouro.
Este nome terá sido retirado de um pequeno casal que pertencia a um duriense que se fixou nas terras férteis do Ribatejo.
Em 1926 adoptou o nome atual, Vila Chã de Ourique e encerra no seu território riquezas várias, quer a nível de património, com destaque para o Palácio dos Chavões, quer a nível gastronómico, com as deliciosas Fatias Paridas.
Destaque ainda para a população local conhecer o Monumento Comemorativo da Batalha de Ourique por Saramaga ou Maria Saramaga, uma forma de homenagear uma parteira desta Vila com o mesmo nome.
Lenda do Milagre de Ourique
A lenda conta que um pouco antes da Batalha de Ourique, D. Afonso Henriques foi visitado por um velho homem que o rei já tinha visto em sonhos.
O homem fez-lhe uma revelação profética da vitória. Disse-lhe também para na noite seguinte sair do acampamento sozinho logo que ouvisse a sineta da ermida onde o velho vivia.
O rei assim fez. Um raio de luz iluminou tudo em seu redor, deixando-o distinguir, aos poucos o Sinal da Cruz e Jesus Cristo crucificado.
Emocionado, ajoelhou-se e ouviu a voz do Senhor que lhe prometeu a vitória naquela e noutras batalhas.
No dia seguinte, D. Afonso Henriques venceu a batalha. Conforme reza a lenda, D. Afonso Henriques decidiu que a bandeira portuguesa passaria a ter cinco escudos, ou quinas em cruz, representando os cinco reis vencidos e as cinco Chagas de Cristo.
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